Beleza Sem Padrões: Como Os Cuidados Estéticos Afetam O Bom Humor
A busca por procedimentos estéticos não para de crescer. Mas, para além da imagem corporal, eles podem contribuir muito para a autoconfiança e o bom humor. Assista o vídeo para ver exemplos de como a estética e a felicidade podem caminhar juntas.
BELEZA SEM PADRÕES: SE CUIDAR FEZ BEM!
Viver plenamente é aceitar as próprias escolhas e se amar
De maquiagem ou "cara lavada", madeixas modeladas ou naturais... Beleza vai além de qualquer padrão estético. O que elas buscam? Autocuidado, confiança e autoestima.
Para a cantora Luiza Nobel, beleza é sinônimo de carinho. "Somos educadas para buscar uma outra imagem que não é, necessariamente, a nossa. Nem sempre eu me senti bonita porque as minhas referências não condiziam com quem eu era.", lamenta.
Já a maquiadora Aline Fernandes conta que, desde pequena, se identificava com o glamour das revistas e comerciais de televisão: "Eu usava os vestidos, sapatos e maquiagens da minha mãe". Ela explica que o excesso de peso passou a incomodar ainda durante a fase da adolescência. "A partir do momento que eu fui crescendo e amadurecendo, isso passou a me afetar".
PADRÃO DE BELEZA: AUTOCUIDADO OU ESCRAVIDÃO?
Luiza acredita que o padrão de beleza faz com que as pessoas se olhem no espelho e não gostem do que vêem: "Ou você para e tenta entender o porquê de não se amar ou você fica se manipulando e modificando".
A psicóloga Jamille Façanha explica que o culto à imagem foi reforçado, gerando assim, um nível maior de comparação. "Tudo é percebido e para tudo há uma solução: cirurgias plásticas, procedimentos invasivos, harmonização facial... A padronização é quase ditatorial", acredita.
Há quatro anos, Aline realizou o primeiro procedimento estético. "Eu tinha 22 anos quando realizei a minha primeira cirurgia. Fiz lipoaspiração e coloquei prótese de silicone porque eram áreas que me incomodavam. A minha autoestima, que sempre foi baixa, mudou... Eu me sentia linda!"
A busca pela melhora na aparência não parou por aí. A maquiadora revela que investe na aplicação de toxina botulínica e preenchimento nos lábios. "Esses cuidados me deram um "start" para eu pensar em fazer outras coisas no futuro, como plástica no nariz e outra lipo. Faço o que posso para me sentir bem!"
De acordo com o dermatologista Januário Júnior, as pessoas estão mais criteriosas e perfeccionistas. Ele explica que o carro-chefe é a busca por um rosto mais quadrado e com maior projeção no malar para alcançar o tão sonhado "top model look".
Essa, certamente, é uma filosofia de vida bem diferente de Luiza: "Eu sei que a gente gosta de se maquiar e se arrumar, mas existem outras maneiras de se curtir. Para mim, viver a minha beleza é isso: tentar dar espaço a todas as possibilidades que eu posso ser".
A professora Ireuda Guedes concorda: "Em primeiro lugar, precisamos gostar de quem somos." Ela conta que trocou a cirurgia plástica por bons hábitos, como boa alimentação e atividade física. "Acredito que é possível se sentir bonita sem consumir excessivamente ou ser fútil".
Aline já sofreu preconceito por ser vaidosa. "As pessoas associam esse jeito de ser a pessoas alienadas, que não é o caso. Eu sempre digo que a aparência só importa no primeiro momento. Por isso, precisamos ter muito mais a oferecer."
"A nossa imagem é um cartão de visita, mas não sustenta um trabalho, um relacionamento, uma vida social... As pessoas estão focando na imagem física como sendo a solucionadora de todos os problemas. Parece que se alguém se encaixa no padrão será mais amada, mais elogiada e mais feliz", lamenta a psicóloga. A dica, portanto, é fugir das expectativas e ser de verdade. "Perfeição não combina com humanidade", finaliza.
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