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Hipertireoidismo: como ele afeta o metabolismo

Os distúrbios da tireoide alteram a produção de hormônios e refletem no metabolismo sendo o hipotireoidismo a forma em excesso dessa produção.


Atualizado em:

Tempo estimado: 7 min

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Hipertireoidismo: como ele afeta o metabolismo

Com certeza você já ouviu falar em distúrbios da tireoide. Mas, você sabia que problemas nessa glândula alteram a produção de hormônios e todo o funcionamento do metabolismo

Assim, o hipotireoidismo e hipertireoidismo são condições que merecem atenção e acompanhamento de um endocrinologista para que não modifiquem a rotina negativamente.

Contudo, não adianta falar de disfunções tireoidianas se você não souber o que é tireoide e qual a função dela no nosso organismo. Já que é preciso também entender os sintomas para ajudar o médico a formular um diagnóstico preciso.

Neste artigo vamos tratar exclusivamente do hipertireoidismo e como ele afeta o metabolismo. Continue lendo e veja também os riscos de não tratar o problema e sua manifestação durante a gravidez!

Conhecendo a tireoide

A tireoide é uma glândula que tem a forma parecida com uma borboleta e fica na região do pescoço, abaixo das cordas vocais. Ela faz parte do sistema endócrino e tem a função de controlar o metabolismo basal do organismo, a partir da produção dos hormônios T3 e T4.

Desse modo, o metabolismo é responsável pela constante síntese de proteínas que nos mantêm ativos. Ou seja, ele tem influência sobre o funcionamento cardíaco, respiratório, temperatura do corpo, sistema nervoso e várias outras atividades relevantes para o nosso corpo. 

Portanto, qualquer alteração que ele sofra, nosso organismo também sentirá os impactos.

O que é hipertireoidismo?

Hipertireoidismo é quando a glândula tireoide produz hormônios tireoidianos em excesso. O aumento da produção desses hormônios, conhecidos como tri-iodotironina (T3) e tiroxina (T4), afeta diretamente o metabolismo, deixando-o acelerado

Com isso, é comum que as pessoas com esse problema sofram com insônia, ansiedade, sudorese, nervosismo e perda de peso. Também é importante ressaltar que a doença atinge homens, mas é mais comum em mulheres com idades entre 20 e 40 anos e pode alterar a menstruação

Se não for tratado do modo correto, pode acarretar outras doenças mais graves no coração, como arritmia cardíaca, e ossos, como osteoporose. 

Sinais do hipertireoidismo

É preciso ficar atento aos sintomas para ter o diagnóstico de um especialista. Se você não vive em lugares de altas temperaturas, mas tem percebido aumento da transpiração e sensação de calor, é bom fazer aquele check-up. 

Além disso, batimentos cardíacos acelerados, cansaço, fadiga, perda de peso, mãos trêmulas, fraqueza muscular, evacuações frequentes ou diarreia, também são sintomas.

Outros sinais são: infertilidade, irregularidade menstrual, irritabilidade, ansiedade e irritação nos olhos. Mas, atenção! Indivíduos com hipertireoidismo leve e idosos podem sofrer desse mal sem apresentarem qualquer sintoma.

Qual médico consultar?

O profissional indicado para tratar o hipertireoidismo é o endocrinologista, que fará um diagnóstico a partir dos sintomas relatados. Um relato detalhado é crucial para que o médico avalie, criteriosamente, para solicitar os exames corretos e em seguida, proceder com o melhor tratamento.

Muitos sintomas são similares aos de outras doenças, logo, quanto mais embasamento, maior segurança na hora de elaborar o laudo do diagnóstico. É preciso relatar quando os sintomas começaram, a frequência e intensidade.

Como é feito o diagnóstico?

Para diagnosticar, é necessário um exame físico e exames de sangue específicos, que avaliam os níveis hormonais de t4 e t3. Se eles estiverem mais altos que o normal, normalmente são solicitados exames complementares.

Dessa maneira, como a tireoide usa iodo para produzir t3 e t4, o especialista pode pedir o exame de captação de iodo radioativo, para avaliar quanto dessa substância sua tireoide é capaz de absorver do sangue. 

Também é comum a solicitação de exame de imagem, como ultrassonografia, para ver se há alterações físicas na tireoide, como tamanho ou existência de nódulos, por exemplo.

Hipertireoidismo na gravidez

Na gravidez existe o risco de surgirem complicações como aborto, parto prematuro, subpeso neonatal e insuficiência cardíaca na gestante, ao aumentar os hormônios da tireoide.

Assim, para quem antes da gravidez, apresentava taxas normais e ao identificar uma ligeira elevação dos hormônios T3 e T4 no período de gestação, geralmente estão isentas de tratamento, considerando a normalidade do quadro, necessitando somente de acompanhamento. 

Caso seja necessário, o obstetra responsável poderá recomendar medicações específicas sem o risco de afetar o bebê. O tempo de uso e a fase da gravidez em que será utilizado o medicamento só podem ser determinados por profissionais especializados. 

O que acontece se a doença não for tratada?

Caso o hipertireoidismo não seja tratado adequadamente e em tempo hábil, o risco de comprometer a visão e levar à cegueira é iminente. Além disso, pode ser que se desenvolva a osteoporose, ocasionando arritmias cardíacas e até mesmo morte.

Outro fator de risco é que se o tratamento não for iniciado logo, ele estimula o aumento do colesterol, acarretando obstrução das artérias, impedindo o fluxo normal da circulação sanguínea, o que pode levar ao infarto.

Quais as causas do hipertireoidismo e seus fatores de risco?

A causa mais comum é o Mal de Graves, que é uma doença autoimune da tireoide. Na prática, isso significa que os anticorpos do organismo atacam a glândula tireoide, alterando seu funcionamento e fazendo com que ela produza hormônios em excesso. 

Dessa maneira, é uma doença que se mantém a longo prazo e normalmente ocorre em famílias com histórico de doenças da tireoide. Outras causas menos comuns são:

nódulos na tireoide: tumores que podem ser responsáveis pelo excesso de hormônio tireoidiano;
tireoidite linfocítica: inflamação causada pela absorção de linfócitos, células brancas do sistema imune na tireoide, que comumente não causa dores;
tireoidite subaguda: inflamação dolorosa da glândula tireoide, causada por vírus;
tireoidite pós-parto: manifesta-se logo após o fim da gravidez.

Qual o tratamento para o hipertireoidismo?

A melhor forma de evitar complicações é adotando um tratamento adequado ao seu caso. Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia, somente o médico poderá determinar a melhor terapia a partir dos resultados de exames recomendados.

Alguns alimentos podem te ajudar nessa missão para balancear a produção de hormônios tireoidianos, mas há casos em que é necessário incluir medicamentos. 

Logo, se for preciso fazer uso de tratamento medicamentoso, o médico levará em consideração diversos fatores, como idade, causa, gravidade e condição física para escolher a melhor indicação para o paciente. Portanto, nada de automedicação.

Desse modo, alguns remédios são recomendados para reduzir a quantidade de hormônio produzido pela tireoide, como o metimazol (mais comum) e o  propiltiouracil (PTU), indicado para lactantes e gestantes. Porém, apesar de controlar, esses remédios não curam essa doença.

O tratamento com iodo radioativo cura a tireoide, mas também destrói a glândula de forma permanente. Será preciso fazer a ingestão de hormônios por meio de comprimidos pelo resto da vida.

A indicação de betabloqueadores, como atenolol, é feita para controlar sintomas graves do hipertireoidismo, como tremores, frequência cardíaca acelerada e ansiedade, mas não tem efeito para diminuir os níveis de hormônios produzidos pela glândula.

Já a intervenção cirúrgica é o tratamento mais extremo e definitivo, mas não é o preferido, pois pode causar danos aos nervos da laringe e a outras glândulas próximas. Somente o médico poderá indicar a melhor opção para cada caso, pois todas as terapias apresentam algum tipo de risco em maior ou menor grau.

Além disso, muitos dos sintomas são comuns a outros problemas de saúde, por isso, é necessário procurar um endocrinologista para fazer um diagnóstico correto e manter uma rotina de visitas ao médico para monitorar seu desenvolvimento clínico.

Portanto, cuidar da saúde é um ato de amor e mesmo para quem foi diagnosticado com hipertireoidismo, ao seguir as orientações médicas, poderá ter qualidade de vida. É importante que o acompanhamento seja sistemático para que, ao menor sinal de alteração, as providências sejam tomadas em tempo hábil.

Agora que você já sabe tudo sobre essa doença, avalie se é preciso procurar assistência de especialistas, para cuidar sempre bem de você mesmo.

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