Fevereiro Roxo: conheça a campanha e sua importância

Identificar uma doença em seu estágio inicial é muito importante para aumentar a eficácia de seu tratamento e controlar seu avanço. É por isso que são instituídas campanhas para contribuir com o diagnóstico de patologias, como o Fevereiro Roxo.

Seu foco é na propagação de informações sobre o Alzheimer, a fibromialgia e o lúpus, doenças que podem prejudicar muito o bem-estar físico e emocional das pessoas acometidas. Para explicar mais a fundo o intuito da iniciativa, além das características dessas patologias, produzimos este conteúdo. Boa leitura!

O que é Fevereiro Roxo?

Criada em 2014 por organizações da sociedade civil, a campanha Fevereiro Roxo busca conscientizar a população a respeito do diagnóstico precoce das três doenças já citadas: o Alzheimer, a fibromialgia e o lúpus.

O ponto em comum entre as patologias é que elas são crônicas, portanto, demandam cuidados a longo prazo e não têm cura. A ideia é que as doenças sejam identificadas o quanto antes, colaborando assim para o início do tratamento e, consequentemente, para a melhora da qualidade de vida dos indivíduos portadores.

Para que isso ocorra, é preciso que os sintomas de cada uma delas sejam amplamente divulgados, permitindo que os pacientes busquem por orientação e ajuda caso surja alguma manifestação.

Por esse motivo, a campanha foi adotada também por secretarias, instituições e órgãos de saúde, para difundir as informações sobre as patologias. Seu lema é: “Se não houver cura que, no mínimo, haja conforto”.

A seguir, traremos explicações a respeito do que são essas doenças, quais são seus sinais e como funcionam seus tratamentos.

O Fevereiro Roxo busca contribuir para o diagnóstico precoce de doenças que não têm cura, mas podem ser tratadas.

Alzheimer

O Alzheimer é uma patologia muito conhecida por afetar pessoas idosas. Os danos causados por ela são progressivos e comprometem as capacidades cognitivas dos indivíduos afetados. Entenda abaixo como ela atua, se manifesta e pode ser tratada!

O que é

A doença de Alzheimer é neurodegenerativa, isto é, causa a deterioração dos tecidos do cérebro, provocando a perda de funções mentais. Ela também gera alterações no citoplasma de neurônios e o acúmulo de uma proteína anormal que envolve as células nervosas, a beta-amiloide.

Entre as funções impactadas pela patologia, encontram-se a memória, a linguagem, o senso de localização e o controle comportamental. Por conta disso, a doença faz com que muitas pessoas acometidas deixem de conseguir desempenhar tarefas do cotidiano e cuidados consigo mesmo.

Em consequência, são desencadeados aspectos como a dificuldade de socialização e o sofrimento psíquico desses indivíduos. Não há uma causa exata para o desenvolvimento da patologia, mas estudos indicam a existência de uma certa predisposição genética.

De modo geral, o Alzheimer costuma se manifestar a partir dos 65 anos, mas há casos de surgimento precoce, a partir dos 50 anos.

Sintomas

Os principais sintomas da doença são perda de memória, desorientação em relação ao tempo e ao espaço, mudanças de personalidade, dificuldade de raciocínio, problemas na realização de atividades do dia a dia, alterações de humor frequentes, colocação de objetos em lugares inadequados e diminuição da capacidade de juízo.

Além disso, em estágios mais avançados, a patologia pode suscitar a deficiência motora, o surgimento de comportamentos impróprios, a dificuldade para falar e comer e a incontinência urinária e fecal.

O Alzheimer causa uma série de alterações neurológicas que compromete as capacidades cognitivas dos indivíduos.

Tratamento

Após o diagnóstico da doença, realizado por um médico com base no relato e na avaliação de sintomas, além de exames como a tomografia, o tratamento deve ser iniciado.

Seu foco é em dois pontos principais: a constituição de um ambiente seguro para o paciente e a administração de medicamentos para desacelerar o comprometimento das funções mentais.

As medidas que devem ser tomadas por familiares e amigos para apoiar e proteger a pessoa doente incluem adaptar o lar para ajudar na orientação do indivíduo, estruturar uma rotina de cuidados, estimular a socialização e encorajar a realização das tarefas cotidianas.

Fibromialgia

Essa síndrome é caracterizada por sintomas como dor generalizada em músculos, tendões e ligamentos, distúrbios do sono, fadiga e indisposição. Veja a seguir o modo como ela ocorre e como é seu tratamento!

O que é

A fibromialgia é uma patologia que gera inúmeros incômodos e afeta diretamente o bem-estar das pessoas acometidas. Ela ocorre principalmente em mulheres e provoca dores e desconforto generalizado.

Qualquer parte do corpo constituída de tecidos moles (músculos, tendões e ligamentos) pode ser atingida por ela. Além disso, pode haver rigidez em regiões como as mãos, os pés e as pernas.

Estudos apontam ainda que a fibromialgia pode ocasionar maior incidência de pontos de sensibilidade nos indivíduos que possuem a síndrome.

A sensibilidade e a dor generalizada são características da fibromialgia.

Os problemas no sono também são um ponto significativo da doença. Dificuldade para dormir, despertar muitas vezes durante a noite e sensação de que o sono não foi reparador são manifestações comuns.

Há ainda uma possível associação com distúrbios psicológicos, sobretudo a depressão, que pode contribuir para o agravamento dos quadros clínicos. A tensão, a ansiedade e a fadiga geralmente também são aspectos muito presentes em quem convive com a patologia.

Sintomas

Os principais sintomas da fibromialgia são a dor crônica, anormalidade do sono, dores de cabeça e enxaqueca, sensibilidade ao toque, problemas gastrointestinais, distúrbios de memória, cansaço e rigidez nas articulações.

Pode haver também formigamento nas mãos e nos pés, suscetibilidade ao frio, menstruação dolorosa, além de maior irritabilidade e nervosismo.

Tratamento

O diagnóstico da doença é realizado com base em alguns critérios médicos, já que sua ocorrência não pode ser observada em exames de imagem. A partir dele, o profissional pode indicar quais serão os recursos empenhados para tratá-la.

Normalmente, são utilizados medicamentos para o controle da dor e para melhorar o sono, e há uma recomendação para a prática de atividades físicas. Tratamentos utilizando massagens e sessões de fisioterapia também podem ser prescritos.

Em muitos casos faz-se necessário, ainda, a moderação do estresse e o acompanhamento de distúrbios psicológicos, fatores que podem provocar a progressão da fibromialgia.

O acompanhamento e tratamento de distúrbios psicológicos pode contribuir para a melhora do quadro de fibromialgia.

Lúpus

O lúpus é uma patologia que ocorre de forma específica em cada indivíduo afetado, variando também em intensidade. Confira as informações abaixo e saiba mais sobre ela!

O que é

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), também conhecido apenas por lúpus, é uma doença inflamatória e autoimune. Ela pode acometer apenas a pele, sendo caracterizada como cutânea, ou então um ou mais órgãos internos, configurando o tipo sistêmico.

A doença afeta principalmente as mulheres, mas também pode se manifestar em homens. O lúpus não tem uma causa determinada, mas pode estar relacionado com fatores genéticos, hormonais e também com infecções ou uso de alguns medicamentos.

A principal consequência da patologia, quando não tratada, é o comprometimento de diversas partes do corpo, gerando uma série de problemas e intercorrências.

Sintomas

Como já mencionado, cada paciente tem uma experiência distinta com o lúpus. Além disso, pode haver períodos de crise e de remissão, o que muitas vezes dificulta o diagnóstico da doença.

No entanto, seus principais sintomas são: lesões ou manchas avermelhadas na pele (principalmente no rosto); dor e inchaço nas articulações; inflamações em órgãos e tecidos; mal-estar; emagrecimento; anemia; fadiga; surgimento de hematomas; febre e úlceras na boca.

As dores nas articulações são um dos sintomas de lúpus.

Tratamento

Com o diagnóstico do lúpus, o médico irá avaliar quais serão os recursos terapêuticos empenhados no tratamento do quadro individual.

A intenção é controlar o avanço da doença, além de minimizar seus sintomas e os efeitos colaterais dos medicamentos, contribuindo para a melhora da qualidade de vida dos pacientes. O acompanhamento médico é recomendado ainda de forma recorrente.

O Fevereiro Roxo busca chamar a atenção para essas patologias crônicas que atrapalham muito o dia a dia dos indivíduos acometidos. Perceber o quanto antes sua ocorrência e buscar o tratamento adequado é fundamental para garantir uma convivência mais amena com as doenças.

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