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Veganismo: entenda o que prega esse estilo de vida

Clique no post para tirar suas dúvidas sobre o veganismo e entender as motivações e as diretrizes desse movimento.


Atualizado em:

Tempo estimado: 18 min

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Veganismo: entenda o que prega esse estilo de vida

Se há quinze anos dava para contar nos dedos as pessoas vegetarianas que você conhecia, apostamos que essa realidade mudou. Nos últimos anos, com o aumento da disseminação de informações na internet e o consequente crescimento da conscientização ambiental, da busca por hábitos mais saudáveis e do respeito aos animais, movimentos como o veganismo vêm ganhando cada vez mais espaço e se consolidando enquanto tendências mundiais de comportamento.

Isso, no entanto, não garante que apenas conteúdos verdadeiros sejam espalhados por aí: ainda existe muita desinformação e muitos mitos que precisam ser quebrados a respeito do assunto e é por isso que este post existe. Siga na leitura para tirar suas dúvidas e desmistificar o estilo de vida vegano — que, sim, vai muito além da alimentação.

O que é veganismo?

No site da Associação Brasileira de Veganismo é possível encontrar a definição original do grupo The Vegan Society, do Reino Unido, que cunhou o termo pela primeira vez, em 1944.

“Veganismo é uma filosofia e um estilo de vida que busca excluir, na medida do possível e praticável, todas as formas de exploração e crueldade contra animais na alimentação, no vestuário e com qualquer finalidade e, por extensão, que promove o desenvolvimento e o uso de alternativas livres de origem animal para benefício dos humanos, dos animais e do meio ambiente”.

Seguindo a explicação sobre esse estilo de vida, no site da Associação Vegetariana Brasileira é possível conferir os principais pilares de motivação que levam as pessoas a se encontrarem no veganismo. São eles:

  • Ética: os animais são seres vivos complexos, capazes de sentir prazer, felicidade e dor e, portanto, busca-se não compactuar com essa exploração.
  • Meio ambiente: segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o setor pecuário é o maior responsável pela erosão do solo e pela contaminação de aquíferos em todo o mundo; além disso, a maior parte do desmatamento da Amazônia, por exemplo, advém do mesmo fim. Reduzir o consumo de carne significa, consequentemente, reduzir os efeitos negativos de sua produção.
  • Saúde: estudos mostram que grande parte das pessoas que procuram levar uma alimentação à base de plantas o fazem para buscar uma vida mais saudável. Enquanto o consumo de carnes aumenta o risco do desenvolvimento de alguns tipos de câncer e doenças degenerativas, os grãos e vegetais trazem inúmeros benefícios — sobre os quais falaremos mais adiante.
  • Sociedade: somos sete bilhões de pessoas no mundo e estima-se que 800 milhões passam fome. Enquanto isso, são gastos entre dois e sete quilos de proteína vegetal para produzir cada um quilo de proteína animal. Esses alimentos desperdiçados fariam muita diferença na diminuição da fome e, além disso, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) afirma que 80% dos casos de trabalho escravo estão relacionados à pecuária.

Por meio disso tudo é possível entender, então, a amplitude do movimento que, até hoje, muitos ainda reduzem apenas à restrição alimentar. E mesmo quando o foco está no primeiro aspecto, é preciso saber que a exploração dos animais pela sociedade está em muitas outras esferas além da alimentar — o que as pessoas que se identificam como veganas fazem o possível para minimizar.

Indústrias como a da moda, a dos cosméticos e a do entretenimento também produzem muito a partir dos bichinhos: bolsas de couro, vestidos de seda, casacos de lã, cosméticos e medicamentos com ingredientes animais e testados em animais, rodeios, circos e até mesmo a venda de cachorrinhos em petshops, tudo isso está relacionado.

O movimento vegano luta contra qualquer tipo de exploração animal, o que vai para muito além do prato.

Como a própria definição prega, no entanto, cada pessoa que deseja seguir o veganismo precisa encontrar um caminho possível e praticável dentro das suas próprias limitações e da sociedade em que vivemos.

Algumas condutas são “mais obrigatórias” e óbvias, como não consumir produtos de origem animal, mas outras nem tanto: uma coisa é deixar de comprar batons e shampoos testados em bichinhos e optar por todas as outras opções já disponíveis — outra, muito mais delicada, é deixar de tomar um medicamento importante ou uma vacina por conta desses testes. O movimento vegano definitivamente não aconselha atitudes como essa, que são um risco tanto para a saúde individual como coletiva.

Viver em sociedade é entender que é impossível lutar uma batalha tão grande sozinho, mas fazer o possível dentro do que se acredita e ter certeza de que por menores que pareçam as escolhas individuais, elas estão sim refletindo no todo e alterando, aos pouquinhos, as esferas coletivas.

Os impactos do veganismo: algumas estatísticas

Segundo estatísticas publicadas no site da Sociedade Vegetariana Brasileira, de janeiro de 2016 a janeiro de 2021 o volume de buscas no Google pelo termo “vegano” cresceu 300% só aqui no país. No Reino Unido, entre os anos de 2005 e 2015 o número de pessoas que se declaram veganas aumentou em 360% e, nos Estados Unidos, essa quantidade dobrou entre 2009 e 2016.

Esses números podem parecer abstratos, mas não são constituídos do vazio: são formados por cada pessoa que, individualmente, começa a fazer essa escolha — e ela, aos poucos, passa a refletir em âmbitos que vão desde o mercado de consumo até as políticas públicas.

Segundo pesquisa da Allied Market Research, o mercado de alimentos veganos tem previsão de crescimento de 100% entre 2018 e 2026. Em paralelo, mercados como o da beleza limpa também demonstram forte tendência de aumento. Isso acontece porque as grandes entidades por trás das indústrias perceberam que existe uma mudança global em andamento e que é impossível ignorá-la.

Nas esferas públicas, os resultados são menos tangíveis e demoram mais a aparecer, mas partindo do fato de que o movimento é essencialmente político, é impossível ignorar que o ativismo vegano vem constantemente apresentando propostas e lutando por objetivos que, aos poucos, também começam a fazer diferença.

Imagens de um protesto com base no ativismo vegano em Londres, no ano de 2020.

Práticas e hábitos de veganos: conheça as diretrizes básicas

Como dissemos acima, cada pessoa que deseja adotar o estilo de vida deve buscá-lo dentro de suas possibilidades — mas é claro que, como em todo movimento, existem algumas premissas básicas. Conheça:

Alimentação

A dieta vegana é baseada em plantas e as pessoas que a seguem não consomem nenhuma comida de origem animal, o que, é claro, começa com a carne, mas passa também pelos derivados de leite, pelos ovos e pelo mel.

Alguns adeptos do movimento eliminam de sua alimentação, também, comidas que utilizam corantes retirados de insetos, como o carmim, presente por exemplo em diversas receitas da confeitaria e nas balas e gelatinas industrializadas.

Falando em gelatina… aí vem outra “bomba”: você sabia que essa iguaria aparentemente vegetariana é produzida a partir do colágeno extraído da raspagem dos ossos, do couro e dos tendões de bovinos? Pois é: tem exploração animal onde você nem imagina.

Além disso, o veganismo busca privilegiar alimentos frescos e orgânicos, tanto por questões de saúde quanto por questões políticas: o estilo de vida busca uma maior conscientização em relação aos cuidados com o meio ambiente, e grandes plantações dominadas por agrotóxicos ou mesmo produtos alimentícios industrializados e ultraprocessados não estão muito alinhados a esses valores, não é mesmo?

A alimentação vegana exclui qualquer produto que tenha origem na exploração animal.

E já que entramos na temática da alimentação, vamos aproveitar para esclarecer as dúvidas que surgem tanto em relação aos termos quanto em relação à vida com esse tipo de dieta.

Qual a diferença entre vegetarianismo e veganismo?

O vegetarianismo é uma escolha que se resume apenas à alimentação. O veganismo, como você pode entender no texto, vai muito além disso. Existem, ainda, diferenciações dentro do próprio vegetarianismo:

  • Ovolactovegetarinismo: corta-se a carne da alimentação, mas mantém ovos e laticínios.
  • Lactovegetarianismo: corta-se a carne e os ovos, mas mantém-se os derivados de leite.
  • Ovovegetarinanismo: corta-se a carne e os derivados de leite, mas mantém-se os ovos.
  • Vegetarianismo estrito: não consome nenhum alimento de origem animal.

Existe, ainda, de forma “extra-oficial”, a corrente do piscitarianismo, na qual se cortam todas as carnes da alimentação, exceto as de peixes e frutos do mar. Ela, no entanto, não é levada em consideração pela Sociedade Vegetariana Brasileira em suas classificações, já que existe o consumo da carne do peixe o que, por definição, não se encaixa no movimento.

Dieta vegana: desmistificando o assunto

A carne é a grande protagonista do prato de muitos e, até mesmo por isso, existe muito desconhecimento a respeito do assunto. Muitas pessoas acreditam que uma alimentação saudável depende dela, que ela é o único meio de obtenção de proteínas e por aí vai.

Aliás, essa questão da proteína dá muito o que falar e é um dos principais tabus da alimentação vegana que precisa de divulgação de informação para cair por terra. Segundo Fernanda Furtado, acadêmica do último período do curso de nutrição pela UFPR, uma dieta que combina cereais (arroz, trigo etc.) com leguminosas (feijão, lentilha, grão de bico etc.) supre muito bem as necessidades proteicas dos indivíduos.

É preciso desmistificar esse assunto porque não só essas afirmações como essas, que questionam a segurança alimentar das dietas veganas, não são verdadeiras como o contrário o é: a alimentação à base de plantas saudável traz muito mais benefícios à saúde do que a ingestão de carne.

Grifamos o saudável porque esse ponto é importantíssimo. Uma coisa é deixar a carne de lado para se concentrar nos vegetais, grãos e frutas. Outra bem diferente é levar uma dieta pobre em nutrientes, ainda que vegetariana.

De acordo com Fernanda, uma dieta variada, balanceada e não baseada em alimentos ultraprocessados é fonte das vitaminas e minerais necessários para o bom funcionamento do organismo.

A dieta vegana pode ser muito saudável, desde que seja vasta e focada em alimentos naturais.

O ferro, outro nutriente sobre o qual se questiona bastante, também pode ser obtido por meio das leguminosas e dos vegetais verdes escuros. Existe, ainda, a opção da suplementação para os indivíduos que estão com essa deficiência (que também é bastante comum a muitas pessoas que consomem carne).

Por fim, Fernanda ressalta a importância de que tanto os veganos quanto os onívoros (pessoas que também comem carne) devem realizar avaliações individualizadas para entender suas demandas nutricionais.

A única coisa que deve ser observada com mais atenção no caso dos veganos e vegetarianos é a vitamina B12, nutriente que, por ser sintetizado no intestino dos animais, não é encontrado em quantidades significativas em alimentos de origem vegetal e, em geral, demanda suplementação (que também pode ser necessária para indivíduos onívoros).

Para além disso, o site Vegan Business reuniu inúmeros estudos que demonstram o quanto a alimentação à base de plantas é saudável para as mais diversas áreas da saúde. Problemas de coração, hipertensão, colesterol, obesidade, desenvolvimento de doenças como diabetes e câncer são alguns dos que têm risco reduzido com esse tipo de dieta. Vale a pena conferir!

Vestuário

A exploração dos animais na indústria da moda é um assunto polêmico desde antes do veganismo virar tendência, e grandes grifes já sofreram severas críticas contra práticas como o uso de peles, pelos e couros de animais em roupas e acessórios.

Logo, outra premissa vegana básica é não consumir esse tipo de produto: nada de carteiras e bolsas de couro, tampouco casacos de pele ou de lã na lista de compras. Pode ser que peças como essa já estejam no seu guarda-roupa e você esteja passando agora pelo período de conscientização, e esse é outro capítulo da reflexão.

Caso opte por se desfazer delas, pense também no descarte responsável, tendo em mente que elas não precisam ser lixo e ainda podem ser muito úteis para outras pessoas. Pense conscientemente, sempre!

Entretenimento

Rodeios, circos com apresentações de animais (desde o poodle colorido até o leão, passando pelo chimpanzé), zoológicos, aquários: os bichinhos estão fora de seu habitat natural e sendo explorados de diferentes maneiras apenas para o entretenimento humano. Por isso, faz parte do movimento vegano não consumir/incentivar esse tipo de negócio.

O movimento vegano propõe a reflexão acerca da utilização de animais para o entretenimento humano: porque acreditamos que temos o direito de manter um leão atrás das grades só para podermos vê-lo de perto?

Animais de estimação

Um dos princípios do veganismo parte, justamente, de lembrar que animais são seres vivos e não objetos, portanto, se encaixa nas premissas fundamentais do movimento o não-incentivo à comercialização de bichinhos.

Por mais “humanizados” que sejam os criadouros de animais de estimação, é um ponto de reflexão para os veganos o fato de que não deveríamos obrigar os bichos a se reproduzirem e, ainda por cima, fazer dinheiro com isso, por mais que o resultado não seja um bife e sim um gato persa que dorme na cama do dono.

Isso não significa que o movimento vegano é contra animais de estimação. “Fábricas de filhotes” funcionam como qualquer mercado e visam o lucro, neste caso, sobre a exploração animal. Por outro lado, existem inúmeros bichinhos abandonados que podem ser adotados de forma responsável e trazer a mesma alegria para uma família que um cachorrinho de raça comprado.

Dentro desse assunto, um dos mais polêmicos, é ainda importante falar que a conscientização é construída e vivenciada pelas pessoas em momentos diferentes e, definitivamente, esse tópico não passa por se desfazer de um animal só porque ele foi comprado e agora você é vegano e descobriu que isso não é legal.

A questão não é sobre abandonar mais um animal, e sim sobre não tornar a comercializá-los e, consequentemente, incentivar e fortalecer esse mercado. O bichinho que já foi comprado, já foi comprado, e deve-se ser responsável sobre ele da mesma maneira que em um caso de adoção. O problema nunca é o animal, não desconte nele a sua conscientização.

Cuidados pessoais

São inúmeros os cosméticos que levam ingredientes de origem animal ou são testados em bichinhos. Com o avançar das pautas e a mudança nas tendências de consumo, no entanto, o mercado já ligou seu radar e cada vez mais aparecem novas opções de marcas exclusivamente veganas nesse nicho.

A indústria da “beleza limpa” vem crescendo nos últimos anos, e cada vez mais é possível encontrar opções de cosméticos veganos no mercado.

Para além disso, são muitos os outros nichos nos quais se encontram traços de exploração animal, e os veganos buscam se conscientizar cada vez mais para diminuir esse tipo de consumo.

Por fim, ainda dentro desta temática, é preciso falar que o veganismo precisa levar em consideração o recorte de classe. A desigualdade social estará intrínseca em qualquer movimento e não tem como ser ignorada, e é preciso ter consciência disso.

O mercado se movimenta a partir das tendências porque as indústrias visam o lucro e, por mais que algumas delas sejam mais conscientes, produtos novos e “da moda” costumam ser mais caros e, com isso, inacessíveis para a maior parte da população. Pensar no crescimento do movimento, portanto, é pensar em maneiras de torná-lo cada vez mais democrático e menos elitista.

Vamos falar de fatos aqui, repetindo dados que já foram citados neste texto: 800 milhões de pessoas passam fome no mundo e ainda existe escravidão humana. Isso deveria ser o suficiente para que se entenda que a discussão vai muito além da escolha de um creme facial sem ingredientes animais. Um movimento que prega a conscientização e o fim da exploração precisa pensar no ser humano.

Por último, ainda é necessário falar que cada pessoa tem seu tempo para esse tipo de evolução e, para muitas, inclusive, ela pode não ser almejável ou alcançável. O movimento não deve, de forma alguma, ser sobre ataques individuais e sim sobre divulgação de conhecimento e questionamentos constantes às esferas públicas e indústrias.

Bônus: indicação de conteúdos para expandir seus conhecimentos sobre as pautas do veganismo

Se você está interessado no veganismo, esperamos que este texto tenha ajudado a explicar resumidamente sobre as principais questões relacionadas ao movimento — mas ele é só um ponto de partida e, por isso mesmo, resolvemos reunir algumas indicações de conteúdos mais aprofundados sobre temáticas relacionadas ao assunto.

Documentários

Conheça documentários que convidam à reflexão sobre temas relacionados ao veganismo.

Os documentários são excelentes convites à reflexão e listamos aqui quatro opções bastante famosas, que falam do assunto sobre diferentes vieses. Todos podem ser encontrados na internet (os dois primeiros na Netflix e, os últimos, com distribuição gratuita).

Cowspiracy

Cowspiracy já é quase um clássico, justamente por ser o documentário mais famoso sobre o tema e acabar servindo como estopim para muitas pessoas. A produção acompanha a jornada do diretor Kip Andersen em suas pesquisas sobre as consequências do elevado consumo de carne para o meio ambiente e explica porque a pecuária é um caminho que vai na contramão da sustentabilidade.

Ele deixa claro no documentário, também, o quanto não é óbvio relacionar o bife no prato com o sofrimento de um animal, e que se dar conta de que eles sentem, sofrem e têm tanto direito à vida quanto os seres humanos é um passo importantíssimo da criação da consciência vegana.

What The Health

E para quem quer começar a repensar a alimentação com foco no viés da saúde, Kip Andersen também tem este outro documentário, que foca no questionamento sobre os danos que o consumo de carne e derivados trazem ao organismo.

Essa espécie de elefante branco é deixada de escanteio tanto pelas indústrias alimentícias (é claro) como pelas áreas da saúde, mas começar a pesquisar sobre o assunto é mexer num vespeiro, e Kip compartilha sua jornada de pesquisas e conhecimentos ao longo da produção.

Food Choices

Esse documentário também tem como ponto de partida as questões de saúde relacionadas ao consumo da carne, e conta com depoimentos e esclarecimentos de médicos e nutricionistas com o objetivo de desmistificar o assunto e enumerar os benefícios de uma dieta baseada em plantas.

Para além disso, ele aborda os outros pilares do movimento vegano, como a conscientização ambiental e a ética, além de, é claro, colocar em cheque a indústria de alimentos, em especial a pecuária.

Terráqueos

O documentário Terráqueos aborda a exploração animal em diferentes áreas: alimentação, vestuário, entretenimento, testes científicos e bichinhos de estimação e foca nas questões éticas envolvidas em todos esses contextos — o que o mercado faz o possível para esconder.

A obra é extremamente explícita, justamente por focar mais no sofrimento animal do que nos dados científicos e, por isso, traz imagens e abordagens que podem ser muito chocantes para pessoas sensíveis. É por isso, inclusive, que esse documentário é um ponto de virada na jornada de inúmeros veganos.

Livros

Conheça obras literárias que convidam à reflexão sobre temas relacionados ao veganismo.

Indicações de leitura também não poderiam ficar de fora, então confira abaixo três sugestões, também com diferentes vieses.

Comer para não morrer

Comer para não morrer é um livro escrito pelo médico Michael Greger, reconhecido internacionalmente e palestrante nas áreas de nutrição e segurança alimentar. Na obra, ele apresenta um guia sobre o poder dos alimentos e como eles fazem toda a diferença na longevidade e na saúde.

Ao focar em dados científicos e em muito embasamento teórico, Michael mostra o quanto a dieta alimentar a base de plantas é muito benéfica para a saúde e ajuda a prevenir, controlar e até mesmo reverter diversos problemas de saúde que são as principais causas de óbito nos tempos atuais.

Comer animais

Jonathan Safran Foer é um escritor americano muito reconhecido por suas obras de ficção, e Comer Animais é seu primeiro livro não-ficcional. O autor passou três anos pesquisando sobre a pecuária industrial nos Estados Unidos e a pesca em larga escala para compor essa obra, onde foca nas implicações do consumo de carne para o meio ambiente.

Por que amamos cachorros, comemos porcos e vestimos vacas

A obra de Melanie Joy já propõe a reflexão desde o título e passa, então, seu livro inteiro elencando as razões pelas quais a sociedade encara diferentes animais de maneiras tão distintas.

A ideia de jantar seu gatinho é completamente absurda — mas quem decidiu que ele é assim tão diferente do boi que virou sua picanha? E porque é que estamos simplesmente aceitando essa “verdade” e seguindo com a vida sem refletir? O objetivo de Melanie é mostrar o que está por trás dessas escolhas e, com isso, fazer um convite à conscientização, assim como este post!

Ufa! Depois de mais de 3 mil palavras, chegamos ao fim deste conteúdo que, esperamos, tenha te ajudado a sanar suas dúvidas sobre o assunto. O veganismo é uma escolha, ao mesmo tempo que essencialmente política, muito individual — e, por isso mesmo, tão delicada e cheia de nuances e é impossível falar na totalidade sobre uma questão com tantas e tantas camadas.

O que tentamos fazer por aqui, sempre, é trazer informação de qualidade para que você consiga fazer suas escolhas possíveis com consciência. Para conferir mais posts sobre os mais diversos assuntos relacionados a saúde, bem-estar, comportamento e beleza, continue acompanhando a plataforma Sempre Bem, a plataforma de conteúdo rede de farmácias Pague Menos.