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Como evitar que o trabalho afete a sua saúde mental

Neste Sempre Bem, iremos falar sobre os problemas causados pelo excesso de trabalho. A psicóloga Jamille Façanha fala sobre a síndrome do burnout e seus sintomas, além de dar algumas dicas para manter a saúde mental no trabalho. Assista e confira.

Quando o trabalho afeta a saúde mental

Pessoas workaholics podem sofrer com a Síndrome de Burnout, que se manifesta através de sintomas como depressão e ansiedade.

Pouca gente sabe, mas existem dois problemas causados pelo excesso de trabalho: a Síndrome de Bournout e também sobre pessoas que tem compulsão por trabalhar, conhecidas como whorkaholics.

A publicitária Elaine Quinderé sentiu na pele os prejuízos do excesso de tarefas e responsabilidades.

"Tudo começou com um episódio de preocupação excessiva e sobre coisas fúteis. Eu tinha crises de choro, de nervosismo, passava mal e não tinha lazer. Por passar o final de semana trabalhando, mal via o meu esposo e, em minhas raras saídas, o sentimento de culpa me dominava. Foi aí que eu descobri que os episódios de ânsia de vômito, febre e fraqueza tratavam-se da síndrome de Burnout. Nesse momento, eu desisti de tudo", desabafa.

O recomeço marcou uma nova fase na vida de Elaine. "Hoje, tenho tempo para tudo e uma saúde mental muito melhor do que antes".

Sintomas da Síndrome de Burnout

Segundo a psicóloga Jamille Façanha, a síndrome de Burnout consiste em sintomas de ansiedade e depressão derivados do trabalho. Outras manifestações podem ocorrer:

• falhas de memória;

dores musculares;

• distúrbios gastrointestinais;

• alteração nos batimentos cardíacos;

• dificuldade de concentração;

• agressividade;

• perda de prazer;

• cansaço excessivo;

• alterações de humor;

• depressão e pessimismo;

• apatia e desesperança;

distúrbios do sono;

• irritabilidade;

• dor de cabeça frequente;

• baixa autoestima;

• pressão alta;

fadiga;

• dificuldade de relacionamento;

• escassez de momentos de lazer.

Características do profissional Workaholic

Ainda segundo a profissional, o termo "workaholic" é usado para classificar uma característica de comportamento, muitas vezes extremamente valorizada no mercado de trabalho. "Infelizmente, diversas empresas ressaltam esse profissional como sendo competente e responsável por que trabalha mais do que os colegas de trabalho". As características desse profissional são:

• chega antes e sai depois;

• trabalha no horário de almoço;

• se isola do resto do time;

• estresse e ansiedade;

• depressão;

• sempre adiciona mais tarefas;

• tem o trabalho como o único assunto.

"A questão é que o workaholic pode ser o primeiro passo para o burnout, por que quanto mais o indivíduo tenta fazer, mais vai querer reconhecimento. Também aumentam as chances de desenvolver problemas de saúde e afetar a vida pessoal", explica Jamille.

Caso de sucesso: Cassiano Gadioli

O publicitário Cassiano Gadioli Cipolla conta que sempre gostou de trabalhar. "Comecei muito cedo e, por trabalhar muito, eu sempre estava doente e no meu limite. Em um único ano, cheguei a tomar antibiótico nove vezes e foi aí que eu vi que havia algo errado." A mudança nos hábitos começou através da prática de atividades físicas e do tempo para o lazer, mas foi com a pandemia que novas prioridades surgiram. "Minha saúde é outra e agora eu sinto que estou fazendo a coisa certa", comemora.

A psicóloga Jamille Façanha explica que, muitas vezes, os sinais do excesso de trabalho são percebidos pelos outros. "São mudanças de humor, uma demora maior para realizar tarefas, dificuldade de investir na profissão, alteração no sono, dificuldade de organização do tempo, enxaquecas frequentes, dor de cabeça e até infecção urinária".

No caso do burnout, a psicóloga explica que o tratamento envolve terapia e medicação. "Precisa de uma ação conjunta de psiquiatra e psicólogo. Em casos extremos, o paciente pode precisar fazer algum tipo de isolamento do trabalho".

Prevenção

"Todos nós devemos entender qual é o lugar do trabalho na nossa vida. A nossa profissão é uma forma de cada um contribuir com aquilo que faz de melhor. Porém, recomendo entender também quais são os nossos outros papéis", diz Jamille.

Quando perguntada em relação ao home office, a profissional explica que, também neste formato, é preciso respeitar o horário de trabalho. O médico Vicente Freire vem buscando alternativas para manter o equilíbrio diante do cenário pandêmico atual:

"A família é um ponto forte e me ajuda a humanizar a minha relação com os pacientes através da empatia. Também busco manter a rotina de atividades físicas e, recentemente, adquiri o hobbie de cuidar das plantas. São hábitos que ajudam a trazer um pouco de normalidade aos nossos dias", acredita.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre a Síndrome de Burnout, leia também sobre como acabar com o cansaço em 3 passos!

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