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6 dicas de segurança e proteção para crianças na internet

Manter adolescentes e crianças na internet seguros é importantíssimo para evitar os perigos. Confira neste post dicas do que fazer.


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6 dicas de segurança e proteção para crianças na internet

Adolescentes e crianças na internet são cada vez mais comuns. Só em 2021, 93% das pessoas de 9 a 17 anos estavam conectadas ao mundo digital, de acordo com a pesquisa TIC Kids Online Brasil. Os dados, que são comemorados por mostrar que o grupo tem acesso a essas tecnologias, também fomentam a importância de se discutir segurança no ambiente online.

Se você é pai, mãe ou responsável preocupado em como monitorar melhor o uso do celular e do computador pelos pequenos, continue neste conteúdo e confira dicas de proteção na internet.

Os perigos da internet para crianças e adolescentes

A internet tem muita coisa boa a oferecer, não há dúvidas. Nela, os pequenos podem brincar, conectar-se aos amigos, assistir filmes, séries e desenhos, assim como estudar e aprender coisas novas. 

Por outro lado, é um ambiente de fácil acesso a muitas coisas, inclusive a estranhos, conteúdos não apropriados e formas de violência. Segundo o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, os principais malefícios da internet são:

  • Abuso sexual de crianças e adolescentes.
  • Cyberbullying e assédio virtual (qualquer forma de agredir, perseguir, ridicularizar ou assediar).
  • Exploração sexual de crianças e adolescentes.
  • Exposição a conteúdos inadequados, como violência, pornografia e ódio, que podem prejudicar o desenvolvimento.
  • Grooming (técnica de manipulação contra crianças e adolescentes para abuso ou exploração sexual).
  • Publicações dos próprios dados pessoais.
  • Happy slapping (grupo de pessoas que humilham alguém e transmitem nas redes sociais).
  • Sexting (envio de fotos ou vídeos com conteúdo sexual para outra pessoa).
  • Sextorsão (chantagens de propagação de imagens ou vídeos com conteúdos sexuais gerados pela própria vítima).

Crianças na internet: isso é permitido?

A SaferNet Brasil, associação civil de direito privado, explica que sim, crianças e adolescentes podem fazer uso da internet, desde que de forma orientada e acompanhada por pais e responsáveis

A instituição não indica a proibição como forma de proteger ou prevenir que situações como as citadas anteriormente ocorram. Até mesmo porque esse tipo de educação não impede que, em outros ambientes, o seu filho navegue pelo ambiente digital. 

Mediar o uso da internet não significa deixar a criança ou adolescente usar o celular ou computador quando você estiver em casa. É muito mais do que isso e requer dedicação e bastante atenção. No próximo tópico, você confere dicas de como fazer isso.

Mãe acompanhando filha pequena no computador.
Crianças podem navegar pelo meio digital, desde que sejam tomados alguns cuidados ao acessar a internet. 

Dicas de segurança na internet para crianças: como orientá-las?

Se mediar os filhos é muito mais do que ficar por perto enquanto eles navegam no mundo online, quais são as ações necessárias para protegê-los? Confira agora!

Faça acordos

Diálogos são o início de tudo. Pais que conversam com os filhos, sempre de forma respeitosa, conquistam a confiança do pequeno e estabelecem uma relação segura e sem mentiras. Com o uso da internet, isso não deve ser diferente, afinal, é crucial bater um bom papo sobre o assunto. 

O primeiro passo para o uso seguro é que os pais façam acordos com os filhos. É importante que os pequenos entendam quais são os perigos, o que podem ou não fazer no ambiente digital, quais acessos vão ser permitidos a eles e, até mesmo, o limite de horário por dia. 

É necessário relembrar que ter liberdade também significa ter responsabilidades. Ou seja, permitir que eles façam uso da internet sempre cientes de que há acordos e limites que devem cumprir, afinal, no ambiente online as consequências de um compartilhamento errado podem ser grandes. 

Acompanhe as atividades na internet

Mais uma vez, voltamos ao exemplo de que monitorar não é permitir que o seu filho use o celular só porque você e ele estão no mesmo ambiente. É necessário, de fato, estar de olho em quais são as atividades que as crianças realizam na web e fazer controle de sites impróprios

Para isso, você pode contar com ferramentas oferecidas por sites e aplicativos próprios para esse tipo de tarefa. Confira opções! Family Link

 Family Link

Este é um aplicativo desenvolvido pelo Google e com o objetivo de monitorar o tempo de uso do dispositivo, compartilhar a localização, gerenciar a privacidade e aceitar ou não o download de aplicativos. 

É uma ótima forma de auxiliar os pequenos dentro da rotina e a ter acesso a conteúdos de qualidade, totalmente aprovados e supervisionados por você.

O Family Link também permite saber onde o seu filho está e receber alertas de quando ele chega ou sai de um local. O uso é para crianças com menos de 13 anos.

 Messenger kids

Algumas crianças amam conversar com os amiguinhos a todo o momento. Uma forma segura de permitir isso é por meio do Messenger Kids, que oferece a possibilidade de monitorar quem são as pessoas com quem os pequenos conversam (seja por mensagem, ligação ou vídeo), remover contatos a qualquer momento, saber com que o seu filho interage, fazer o download de todas as informações e definir tempo de uso.

Menina feliz enquanto usa computador.

Controle parental em dispositivos

Celulares, consoles e outros dispositivos, atualmente, já estão preparados para oferecer mais segurança aos pequenos por meio do controle parental. Para acessar essa opção, procure nas configurações do aparelho do seu filho. 

Redes sociais e streamings

Redes sociais também podem oferecer essa alternativa, como o Instagram, que tem a Central da Família com dicas para os pais melhorarem a experiência e a segurança de adolescentes (considerando que as redes sociais só podem ser usadas por maiores de 13 anos).

O YouTube também é um exemplo de rede com esse tipo de proteção, já que disponibiliza de forma gratuita o YouTube Kids, em que todos os conteúdos são totalmente voltados para crianças. 

Em streamings, como a Netflix, é possível criar uma conta infantil para que o seu filho tenha acesso apenas a filmes e séries compatíveis com a idade dele. 

Fique de olho nas redes sociais

A pesquisa TIC Kids Brasil também observou que as redes sociais são uma das atividades online que mais cresceram — em 2021, 78% dos usuários de 9 a 17 anos acessaram esses conteúdos. Instagram, TikTok e Facebook são os favoritos desse grupo.

As redes sociais podem ser um dos aspectos mais difíceis de segurança na internet, especialmente entre adolescentes que querem estar cada vez mais conectados. 

Os diálogos são fundamentais e, novamente, é importante estabelecer acordos e buscar reflexões sobre como os perigos da internet podem afetar gravemente a vida dessa criança ou adolescente. 

Lembre-se que crianças só podem criar os seus perfis nas redes após os 13 anos. Depois, é uma responsabilidade dos pais e responsáveis monitorar as atividades deles dentro desses ambientes. 

Algumas dicas para o uso seguro são:

  • Manter o perfil em modo privado.
  • Fazer controle parental das atividades dentro das redes.
  • Não compartilhar dados pessoais, como idade, cidade, local onde estuda, endereço.
  • Concordar que será permitido apenas amigos e familiares na lista de amigos. 
  • Estipular um horário para uso.

Coloque limites para o uso de telas

Pode parecer contraditório, mas, quando o assunto envolve adolescentes e crianças na internet, limite e liberdade devem andar juntos. 

Nos tópicos anteriores, já citamos que uma boa prática é o uso diário de telas dentro de horários estipulados. Além de ser uma forma de estimular a segurança, também é necessário para que o seu filho tenha uma rotina saudável e organizada.

Menina adolescente mexendo no celular.
Uma das dicas de segurança na internet é o controle de horas em telas. 

O tempo de tela deve mudar de acordo com a idade da criança e adolescente, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). A indicação do órgão é:

  • Menores de 2 anos: nenhum contato com telas ou videogames;
  • Dos 2 aos 5 anos: até uma hora por dia;
  • Dos 6 aos 10 anos: entre uma e duas horas por dia;
  • Dos 11 aos 18 anos: entre duas e três horas por dia.

Parece desafiador, certo? De fato, especialmente quando pensamos em adolescentes acima dos 11, é complexo conversar sobre o limite das telas. Entretanto, é essencial preservar essa faixa etária, justamente porque são pessoas vulneráveis emocionalmente, que estão construindo a autoestima e têm mais chances de desenvolver distúrbios psicológicos.

Experiências onlines negativas podem ser prejudiciais e trazer impactos significativos para a saúde mental dos jovens. 

Para evitar o uso prolongado de telas, o ideal é os pais e responsáveis incentivarem os jovens a encontrarem hobbies, como desenhar, praticar esportes, tocar algum instrumento, ler, enfim, atividades que afastam crianças e adolescentes de ficarem constantemente no mundo digital.

Oriente sobre os perigos da internet

Pais e responsáveis devem pesquisar e se informar sobre quais riscos os menores correm na internet. Além disso, é importante educar os filhos sobre o assunto. 

É necessário lembrar que crianças e adolescentes são vulneráveis e nem sempre vão ser capazes de identificar que algo está errado. Há muitos adultos escondidos em perfis falsos e que entendem muito bem de técnicas para manipular e tirar proveito do menor. 

Orientar sobre todos os perigos é uma ação mais do que necessária. Não tenha vergonha ou desconforto em falar sobre questões sexuais relacionadas à internet, pois essa é uma forma de prevenir abusos sexuais, vício em pornografia e outras situações prejudiciais para o desenvolvimento do jovem. 

Fique atento às mudanças de comportamento, pois elas podem sinalizar que o seu filho está passando por algo. O cyberbullying, a baixa autoestima pelo consumo de conteúdos manipulados, o assédio e outros podem ser fatores que estão afetando os pequenos. Nem todo mal acontece somente no mundo físico, o virtual também gera sofrimento!

Em caso de denúncia

Se o seu filho compartilhar alguma situação que esteja relacionada aos perigos já citados, é necessário agir. Não normalize ou veja como “coisa de adolescente” acontecimentos que podem ser crimes. 

Para denunciar, o primeiro passo é recolher todas as provas. Deixe salvo mensagens, tire prints, armazene informações, como e-mail, nome do perfil, celular ou links, enfim, guarde tudo o que pode mostrar o que está acontecendo.

Menino triste com celular na mão.
O mau uso da internet pelos jovens pode resultar em cyberbullying e outras práticas. 

Em seguida, pegue as provas e faça um boletim de ocorrência. Se não houver a possibilidade de identificar o agressor e não houver espaço para resolver de forma preventiva, a SaferNet indica que o caso seja comunicado ao Conselho Tutelar, ao Ministério Público ou à delegacia de polícia em casos de agressão moral ou física. 

A SaferNet também oferece uma página de denúncias para os mais diferentes tipos de crimes cibernéticos, como racismo, pornografia infantil, LGBTfobia etc. 

Proteger os filhos é uma preocupação que consome qualquer pai e mãe, não há dúvidas. A informação é essencial para auxiliar os responsáveis a combater violências e prevenir casos graves. 

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