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Como ajudar o meu filho a conquistar autoestima infantil?

Quer entender mais sobre autoestima infantil? Confira neste conteúdo tudo o que se deve saber a respeito do assunto.


Atualizado em:

Tempo estimado: 8 min

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Como ajudar o meu filho a conquistar autoestima infantil?

Todo adulto é o reflexo da própria infância, o que significa que as experiências que você teve quando criança refletem em tudo na sua rotina: desde o jeito como faz as coisas, até como se sente perante diferentes situações. 

Considerando isso, é indispensável conversar sobre autoestima infantil e como a educação torna os pequenos confiantes e saudáveis para enfrentar qualquer dificuldade que surgir ao longo da vida. 

Educar o seu filho para ser um adulto confiante pode ser desafiador, afinal, isso depende de muitos fatores, inclusive, da sua relação com você mesmo, sua história e suas feridas. Neste conteúdo, vamos te ajudar a entender melhor o tema e quais os benefícios de uma boa autoestima para as crianças. 

Infância: onde tudo começa

Você já refletiu sobre os impactos da sua educação na vida adulta? Se tirar um tempo para pensar nisso, é muito provável que comece a encontrar aspectos que gostaria que tivessem sido diferentes. Talvez desejasse que os seus pais fossem mais afetuosos ou que a cobrança fosse menor. Sem dúvidas, todos nós temos algum tipo de ferida, umas maiores e outras menores. 

A verdade é que isso faz parte de muitas famílias, afinal de contas, ninguém nasce sabendo ser mãe ou pai, e isso deixa qualquer um suscetível a cometer erros com os filhos. A diferença é que algumas pessoas são autocríticas e buscam maneiras de melhorar a forma como educam, enquanto outras são inflexíveis e não aceitam mudanças — e é aí que muitos problemas começam. 

Crianças são terrenos férteis, ou melhor, são como esponjas e absorvem tudo o que está ao redor delas. Desde a etapa de bebê, os pequenos observam como o pai e a mãe reagem, se comportam, conversam, se relacionam, e tudo isso, aos poucos, molda a personalidade dele, afinal, os seus criadores são a referência. 

Isso significa que, quando o pai e a mãe são carinhosos, positivos e acolhedores, o bebê se sente mais tranquilo e confiante dentro daquele espaço. Quando o contrário acontece e a criança cresce em um lar hostil e violento, é de se esperar que o pequeno se sinta ameaçado, estressado e ansioso. 

Autoestima infantil
A família é fundamental para a formação da autoestima em crianças. 

Se é na infância que começamos a construir nossa percepção de mundo, comportamento e relacionamento, fica claro o quão importante é uma educação que respeita os pequenos e que os incentiva a serem confiantes e a cultivar a autoestima. Aliás, é necessário lembrar que muitos traumas acontecem nessa época e, se nunca for cuidado, podem se tornar problemas complexos na fase adulta. 

Qual a importância da autoestima da criança?

Nós já sabemos que lares hostis afetam de forma drástica os pequenos — explicaremos, adiante,  com mais detalhes. Agora, vamos entender um pouco melhor a importância da autoestima para a vida das crianças. 

Primeiramente, a autoestima é crucial para que a infância seja saudável. Se o seu filho se sente confiante, vai conseguir resolver desafios, realizar as próprias vontades, se sentir bem consigo (seja psicologicamente ou fisicamente), relacionar-se melhor com outras pessoas e, até mesmo, conquistar autonomia. 

Além disso, o pequeno que acredita em si mesmo se sente mais seguro para lidar com problemas, críticas e mudanças na vida. Sem falar que ele se sentirá amado, especial, querido e, claro, também pode transmitir melhor as próprias emoções, sem medo de julgamentos. 

Agora, imagine que, durante a infância e adolescência essa pessoa foi incentivada, recebeu afeto e aprendeu a acreditar em si mesmo… Os frutos dessa educação serão excelentes na vida adulta! É claro que, neste caso, estamos narrando um cenário no qual não aconteça nenhuma experiência traumatizante, pois elas são capazes de mudar a personalidade e o comportamento. 

Então, como vimos, a autoestima na infância gera adultos seguros, com melhor inteligência emocional e mais preparados para lidar com dificuldades e todas as demandas dessa fase da vida. Sem falar que esse comportamento positivo, muito provavelmente será refletido em seus relacionamentos amorosos, familiares etc. 

Pilares da autoestima

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, ter autoestima não é apenas se sentir bonito, tem a ver com diversos aspectos. De acordo uma pesquisa da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), há seis pilares!

1. Autoaceitação

A autoaceitação é um dos principais pilares e ela, inclusive, é indispensável. Está ligada à ideia de atribuir valor a si mesmo, sejam às características físicas e psicológicas, assim como à própria história de vida. 

Este pilar é sinônimo de respeitar vontades, sonhos, desejos e sentimentos, mas também de compreender a importância da própria vida e “do seu lugar no mundo”.

Podemos dizer que a autoaceitação é como ser amigo de si mesmo e aceitar os defeitos, os erros e as qualidades. 

Autoestima infantil
A autoaceitação é um dos principais pilares da autoestima.

2. Viver consciente

Isto significa compreender os próprios atos, ou seja, entender os sentimentos, as motivações, os objetivos e os limites. Quem vive de forma consciente sempre será coerente com as vontades e com o que acredita. 

3. Autoafirmação

Neste pilar, a pessoa deixa de viver como plateia e passa a protagonizar a própria vida. Não tem medo de revelar a personalidade ou de não ser aceito pelos outros, ou seja, tem liberdade e conforto suficiente para expôr quem é.

4. Autorresponsabilidade

Aqui, significa responsabilizar-se pelas próprias escolhas, como se comporta com outras pessoas, as ações, os erros e os acertos. Portanto, uma pessoa com autoestima não busca culpar ninguém pelo o que não deu certo, e sim refletir e encontrar formas de melhorar. 

5. Intencionalidade

Viver com propósito é um ato de amor. Espera-se que a pessoa com autoestima tenha foco nos objetivos, nas coisas que quer realizar, na trajetória até alcançar uma meta e que aproveite bem e respeite a vida, dando a ela um significado. 

6. Integridade pessoal

Por último, a integridade pessoal é a junção de todos os pilares. Significa ter responsabilidade pelos atos, ser sincero ao falhar, saber pedir desculpas, compreender os próprios motivos que levaram a praticar alguma ação, ser empático e agir com os outros de forma que gostaria que fossem com ele. 

Sintomas de autoestima baixa em crianças

Fique atento aos seguintes comportamentos nos seus filhos:

  • Agir de forma negativa
  • Agressividade
  • Desânimo
  • Tristeza
  • Falta de confiança

Causas

As causas para a baixa autoestima infantil são diversas. Podemos apontar:

  • Bullying
  • Dificuldades em determinada matéria 
  • Cobrança excessiva por parte dos pais
  • Comparação com irmãos ou outras crianças
  • Abuso físico
  • Abuso sexual
  • Abuso emocional
  • Negligência (falta de cuidados, que podem ser na higiene ou alimentação; ausência de afeto; criança “deixada” muito tempo na rua).

Como trabalhar a autoestima infantil?

Se você chegou até aqui, já compreende bem a importância da autoconfiança para crianças. Confira, abaixo, algumas atividades para melhorar a autoestima infantil. 

Valorize

Independente do resultado, reconheça o esforço que a criança fez ao se dedicar a alguma atividade ou situação. Mais importante que a beleza de um desenho ou o trabalho manual, é o processo que o pequeno criou para produzir. 

Ver o seu filho se desafiar, se esforçar e criar algo é incrível, e isso deve ser valorizado e incentivado. 

Autoestima infantil
Valorizar o que o seu filho faz é muito importante para evitar problemas de autoestima.

Saiba corrigir

Não fale sobre elas, mas, sim, sobre o comportamento. Por exemplo, ao invés de dizer "você é muito bagunceiro!", prefira dizer "seu quarto está muito bagunçado, que tal organizarmos juntos?".

Corrigir nem sempre é algo simples, aliás, sabemos que outras gerações têm um modo mais severo de fazer isso, inclusive, com castigos físicos. O ideal é manter tudo à base do diálogo, sem ser ofensivo. 

Ajude a resolver o problema

Não basta identificar o problema, é importante estimular as soluções, como pedir ajuda ou desculpas.

Não compare

A comparação é muito prejudicial para a autoestima de qualquer pessoa. Essa é uma forma de inferiorizar a criança e, inclusive, estimular que ela faça isso consigo mesma. 

Leve a sério os sentimentos

Não diminua os sentimentos das crianças. Quando elas estiverem tristes, chateadas ou com medo, não minimize essas emoções. Ouça com atenção e auxilie-a a lidar da melhor forma possível. Pergunte como pode ajudar e o que pode ser feito para que elas se sintam melhores

Elogie o comportamento positivo

Reconheça o progresso, e não apenas o resultado final. Elogiar estimula!

Mostre o que realmente importa

Diga que a aparência não é o mais importante. Mostre que as crianças não precisam estar dentro de padrões de beleza para se sentirem bonitas e valorizadas. Procure também não criticar seu próprio corpo ou aparência na frente de seu filho/a. Isso pode fazer com que as pessoas fiquem inseguras em relação à própria imagem. 

Educar um outro ser humano é desafiador. Saber que todos os seus atos podem ter consequências na vida dessa pequena pessoa torna o processo ainda mais complexo. Entretanto, pais que buscam cuidar da própria saúde mental, interessam-se pela temática e encontram alternativas que respeitam a criança tendem a ter ótimos resultados. 

Aqui no portal Sempre Bem, buscamos trazer temáticas sobre comportamento, além de saúde e beleza. Continue acompanhando os nossos conteúdos e mantenha-se informado!