Logo Sempre Bem
Ícone de busca
Ícone do ecommerce
Ícone de busca

Cuidados Com A Saúde Na Adolescência

A adolescência é uma fase de muitas mudanças corporais e cognitivas. Por isso, é necessário que a família converse com o adolescente sobre essas novas descobertas e os cuidados com a própria saúde. Confira tudo sobre o assunto na matéria!

A adolescência é uma fase de maturidade crescente que envolve uma série de transformações físicas, emocionais, cognitivas e sociais. Segundo o pediatra e hebiatra Almir Neves, de 10 a 14 anos acontecem todas as mudanças que vão transformar o corpo da criança em um corpo de adulto. "As pessoas têm o costume de falar em explosão hormonal mas, na realidade, o que acontece é que os órgãos que provocam essas mudanças ficam mais sensíveis aos hormônios e isso representa um processo de crescimento que, a princípio, é esquelético. É um momento de muita mudança e isso repercute, é claro, na parte psíquica".

A psicóloga Ana Maria Maia explica que os adolescentes costumam estar em grupos na busca por identificação. "Muitas vezes, isso acaba trazendo conflitos para os familiares devido a necessidade de se autoafirmar". A profissional explica a importância de não associar estigmas a esse público, pois tais características são comuns a essa fase da vida.

SAÚDE EM FOCO NA ADOLESCÊNCIA

Esse tempo de descobertas do mundo e de si exige novos cuidados com a saúde. Na adolescência, muitos jovens ficam expostos a doenças como o Papiloma vírus ou HPV. O médico pontua que trata-se de um grupo de vírus com mais de 150 tipos. Desdes, cerca de 80 são capazes de produzir doenças sendo, inclusive, oncogênicos. "A forma de transmissão mais frequente é através de relações sexuais, mas pode ser transmitido pelo manuseio de secreções e contato interpessoal."

A vacina foi incorporada no Programa Nacional de Imunizações, é extremamente eficaz e deve ser aplicada aplicada entre 9 e 14 anos nas meninas e 11 a 14 anos nos meninos.

A professora Erika Teodísio fez questão de vacinar a filha. "É uma prevenção a mais para a saúde da Raquel. Em casa, temos essa proximidade e eu explico que é uma vacina que previne de uma doença no útero que pode progredir e virar um câncer, podendo até levar à morte". Erika acredita que o despertar sexual ocorre nessa fase e cabe às famílias manterem um diálogo aberto e saudável com os adolescentes: "Sobre a primeira menstruação, educação sexual e envolvimento sexual... Faz parte da educação".

Raquel, que encontra-se no início da adolescência, diz que o tabu nas famílias pode incentivar o aprendizado através da internet e de fontes não seguras. "O apoio da minha família é fundamental", acredita.

A psicóloga ressalta que, muitas vezes, a dificuldade em falar sobre sexualidade está na família, e não no adolescente. "É importante que as famílias encarem como algo natural e esperado do desenvolvimento".

O pediatra e hebiatra Almir Neves lembra, também, a importância de conscientizar os jovens o autoconhecimento, que começa na sobre a higiene íntima. "Ela protege tanto para as doenças infecciosas como para o câncer e tumores. Além disso, na medida que o adolescente se conhece e conhece o próprio corpo, ele pode se palpar. Pedimos para as adolescentes mulheres, em um determinado momento do ciclo menstrual, palpar a mama em busca de nódulos. Os adolescentes homens devem palpar os testículos, pois tumores nessa região são uma possibilidade muito frequente na adolescência", esclarece.

ALIMENTAÇÃO, CORPO E AUTOESTIMA

Na adolescência, a modelo Nayany Oliveira tinha uma relação difícil com a alimentação: "Comia muitos doces, salgadinhos, refrigerantes e bolo de todos os tipos... Cheguei a pesar 120 kg com apenas 13 anos".

Almir explica que a obesidade é, atualmente, uma das maiores preocupações dos profissionais da saúde. Segundo o Ministério da Saúde:

• 12,9% das crianças brasileiras são obesas;

• Crianças acima do peso possuem 75% mais chances de serem adolescentes obesas.

"Essa dieta pode ficar comprometida pela rotina deles. Muitas vezes, consomem alimentos com alta densidade calórica enquanto passam muitas horas no computador. Trata-se de uma conduta sedentária."

Com o tempo, Nayany foi sentindo as consequências do sobrepeso na autoestima. "Eu não me sentia bonita e achava que as pessoas olhavam para mim por pena".

"Os adolescentes já tem dificuldade de se reconhecer nesse corpo novo, que já não é mais o corpo de criança. Além disso, o protótipo da obesidade não se enquadra no esquema corporal socialmente aceito, e isso acaba ocasionando, muitas vezes, o bullying por parte dos colegas. Isso vai minando a autoestima desse adolescente", explica a psicóloga.

Para Nayany, esse foi um gatilho para a grande virada no estilo de vida. "Comecei a praticar atividade física e perdi 55 kg. Não vou dizer que todos os meus traumas da infância e da adolescência acabaram, mas sei que eu consegui superar muita coisa. Hoje, eu percebo que tenho mais força de vontade e acho que se eu consegui, todo mundo consegue".

Você pode gostar

No Ad: conheça o movimento que retira anúncios de vídeos de primeiros socorros
Últimas do Sempre Bem

No Ad: conheça o movimento que retira anúncios de vídeos de primeiros socorros

Guia sobre diabetes: o que você precisa saber
Saúde

Guia sobre diabetes: o que você precisa saber

PodSempre: Sheila Mello conta sobre assédio que sua filha sofreu na escola
Mente e Comportamento

PodSempre: Sheila Mello conta sobre assédio que sua filha sofreu na escola