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Depressão e suicídio entre jovens

Descubra como reconhecer a depressão em adolescentes


Atualizado em:

Tempo estimado: 4 min

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Depressão e suicídio entre jovens

A Universidade Johns Hopkins, localizada em Baltimore, nos Estados Unidos, realizou uma pesquisa, entre os anos 2005 e 2014, com 245 adolescentes de 12 a 17 anos e 459 adultos na faixa etária de 18 a 25 anos sobre bem-estar psíquico. O resultado, divulgado no final do ano passado, preocupa: o número de adolescentes sofrendo episódios de depressão subiu 37%, principalmente entre as meninas. Uma a cada seis delas alegaram ter tido episódios de depressão em 2015.

Os autores do estudo ainda não sabem explicar com clareza o que pode estar causando essa tendência não apenas nos EUA, mas no mundo todo. Especialistas apontam que as novas tecnologias e o consequente uso delas para ciberbullying e jogos perigosos podem ser alguns dos vilões. Além disso, questões hormonais e culturais podem estar envolvidas. O fato de as meninas serem mais impactadas que os meninos pelo padrão de beleza e as exigências por trás dele, pode ser a explicação do maior número de garotas deprimidas.


Depressão e suicídio
A adolescência normalmente é o momento de maior desenvolvimento social e escolar, por isso quadros de depressão nessa fase preocupam mais os pais e profissionais da saúde. Psicólogos explicam que o motivo da apreensão dos adultos é porque, entre os 12 e 17 anos, os jovens tendem a desenvolver quadros de depressão mais graves e possuem menos experiências de vida para lidar com o problema.
Os sintomas da depressão, tal como piora no rendimento escolar, irritabilidade, isolamento, automutilação e falta de interesse, podem ser acompanhados de tendências de consumo de álcool e maconha, além de aumentarem o risco de suicídio. O mesmo levantamento da Universidade Johns Hopkins aponta que as mortes por suicídio na faixa dos 10 aos 14 anos superam as mortes por acidente de carro. No Brasil, esses casos ainda são subnotificados, mas, ainda assim, é possível notar o crescimento.
Para especialistas, ainda faltam serviços especializados para atender crianças e jovens com quadros de depressão. Além disso, os estudiosos do assunto apontam o despreparo de postos de saúde e escolas no reconhecimento e posterior tratamento desses casos.


Jogo da Baleia Azul
O ‘jogo da Baleia Azul’ tem causado preocupação entre os pais de adolescentes do mundo todo. Isso porque o passatempo, disputado via redes sociais, é composto por 50 desafios, sendo o último deles o suicídio. O jogo funciona como um "siga o mestre", com uma pessoa oferecendo os desafios para os jovens via um aplicativo de mensagens e pedindo fotos que provem que o jogador cumpriu o que foi proposto.
No início os desafios são simples, tais como assistir a filmes de terror, ouvir músicas psicodélicas ou desenhar uma baleia azul em um papel. Mas, à medida que o jogador vence as primeiras fases, as orientações ficam mais perigosas e envolvem automutilação e suicídio. Os primeiros relatos do jogo surgiram na Rússia, em 2015, depois de uma jovem de quinze anos cumprir a última tarefa e pular do alto de um edifício. A preocupação com o jogo aumentou no ano passado, quando várias fontes divulgaram a morte de 130 jovens supostamente vinculados com comunidades virtuais do jogo.
Com o aumento exponencial dos casos de suicídio e mutilações, países como Inglaterra, França e Romênia expediram alertas aos pais, recomendando que eles monitorem o uso da internet dos filhos, observem comportamentos estranhos, e mantenham o diálogo aberto sobre as consequências de práticas perigosas. Psicólogos alertam que jovens que apresentam tendências à depressão devem ter atenção redobrada dos pais, uma vez que eles são mais atraídos por jogos como este.


10 atitudes de adolescentes que podem estar ligadas ao jogo da Baleia Azul:
1. Ele assiste a filmes de terror/psicodélicos com frequência.
2. Desenhos de baleia.
3. Posts em redes sociais com os dizeres “#i_am_whale” (Eu sou uma Baleia).
4. Mutilações na palma da mão.
5. Mutilações nos braços – cortes grandes com desenhos de baleia ou qualquer outro animal.
6. Arranjar brigas.
7. Sair de casa em horários estranhos – madrugada principalmente.
8. Cortes nos lábios.
9. Furos nas mãos com agulhas.
10. Evitar conversar durante muitas horas.