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O que é o puerpério? Entenda essa fase da vida da parturiente

Você sabe o que é o puerpério? Considerado um momento bastante delicado na vida de qualquer parturiente, uma vez que traz transformações no corpo e alma de quem passou os últimos meses gestando uma vida, esse período requer acolhimento, compreensão e cuidados especiais. Continue no texto para saber mais.

O que é o puerpério?

Termo mais atual e amplo para o que antigamente conhecíamos como resguardo, o puerpério é o período de recuperação, a fase que segue o parto, tendendo a durar de 6 a 8 semanas. Como contamos anteriormente, esse período é marcado por mudanças físicas e psicológicas para pessoas que acabaram de parir.

Segundo pesquisa, esse costuma ser um momento de maior risco para o surgimento ou piora de distúrbios ansiosos, podendo, em casos mais graves, levar a uma eventual depressão pós-parto e ao desenvolvimento de outros transtornos psicológicos.

Isso porque mães que anteriormente levavam uma vida agitada, repleta de compromissos sociais e de trabalho, se deparam com uma nova realidade. Responsáveis diretas por uma nova vida, essas pessoas precisam lidar com modificações no corpo e psicológicas, com expectativas muitas vezes frustradas e com bebês que até os 3 meses não costumam interagir tanto.

O puerpério é caracterizado como um período de recuperação do corpo e do psicológico daquelas que acabaram de parir.

Como se não bastasse, vivemos em uma sociedade que impõe diversas cobranças àquelas que acabaram de parir, exigindo um amor ideal e pouco verossímil destinado ao bebê, solicitando beleza e disposição para receber visitas e exigindo que, em meio a tudo isso, a limpeza e organização continuem sob a sua responsabilidade.

Assim, novas mamães precisam lidar com a junção da pressão e cobranças das tarefas e sentimentos romantizados, com a falta de colaboração de amigos e familiares, problemas como a falta de sono e dificuldades na amamentação e, ainda, a fragilidade que marca o momento.

Baby blues

Caracterizada como a melancolia pós-parto, o baby blues ou blues puerperal pode acontecer com cerca de 60% daquelas que acabaram de parir. Quando não é bem assistida, essa tristeza pode evoluir para um quadro depressivo, gerando um alerta para novas mamães, companheiros e companheiras, familiares, amigos e rede de apoio: o choro e a sensação de desespero durante o puerpério precisam ser levados a sério!

Segundo estudos, dentre as características destacam-se, além dos já citados, a instabilidade do humor, a perturbação do sono, crises de ansiedade, a diminuição da concentração e a apatia. Por isso, fique de olho em mudanças de comportamento e, se for preciso, procure auxílio de um profissional.

Psicose puerperal

Definida como distúrbio que leva a alucinação, perda do senso de realidade e delírios, os sintomas da psicose puerperal podem dar os primeiros sinais logo após o parto. Conforme artigo do portal Viva bem, essa é uma condição mais rara do que a depressão pós-parto ou o baby blues, podendo acometer uma em cada mil pessoas.

Apesar disso, é essencial que pessoas próximas à mãe e ao bebê conheçam suas complicações, visto que o aleitamento não é recomendado nesses casos e é preciso um cuidado redobrado para evitar riscos.

A irritação e o esgotamento são alguns dos sintomas que podem indicar condições como o baby blues e a depressão pós-parto.

Depressão pós-parto

Considerada um quadro clínico severo, a depressão pós-parto pode acometer cerca de 25% das parturientes. Dentre seus sintomas, destacamos, a irritação, o choro, a falta de energia, dores de cabeça e no peito, hiperventilação, insônia, perda de peso, problemas de concentração e memória, sentimentos como a culpa e a falta de interesse, bem como a falta de apetite.

Nesses casos, recomenda-se a procura por um profissional especializado, além de grupos de apoio e, quando necessária, ajuda medicamentosa.

Como ajudar parturientes a passar pelo puerpério

Entendido o que é puerpério, chegou o momento de descobrir como ajudar novas mães a passar por esse período.

Não espere que elas peçam ajuda

A primeira dica que podemos dar nesse sentido é: não espere que elas peçam ajuda! Como sabemos, o momento inicial da vida de uma criança é, assim como todos os outros, marcado por cobranças excessivas em cima das mães. Por isso, é bastante comum que elas sintam medo ou tenham a ideia de que serão fracassadas caso compartilhem o que estão sentindo.

Por isso, cabe à rede de apoio ser solícita, ficar de olho em possíveis sinais de depressão ou baby blues, oferecer auxílio em todos os âmbitos possíveis e, especialmente, ter uma postura ativa nesse processo.

Vale mandar ou fazer comida, limpar a casa, ter disposição para conversar, ou mesmo passar umas horas com o bebê para que elas consigam tomar um banho, dormir ou só dar uma volta.

Alimentação equilibrada e higiene

Ainda nesse sentido, é bastante comum que novas mamães não tenham tempo hábil ou mesmo se lembrem de tarefas cotidianas, como:

  • Comer
  • Beber água;
  • Tomar banho;
  • Dormir;
  • Trabalhar;
  • Descansar.

Por isso, cabe aos familiares, amigos e rede de apoio se certificar de que essas atividades sejam realizadas diariamente. Assim, você garante ao menos o básico para a boa recuperação e a saúde mental e física das parturientes.

Sono

Sabemos que a privação de sono pode gerar irritabilidade, problemas de memória e ainda causar diversas doenças, como a diabetes. Porém, o sono do bebê demora diversos meses (às vezes anos) para se tornar regulado, o que leva mães e pais a se desdobrar durante as madrugadas para atender a todas as demandas da criança.

Por isso, garantir momentos de soneca e descanso ao longo do dia pode ser essencial para evitar que as parturientes não desenvolvam condições mais graves, como as citadas anteriormente.

Durante esse período, é essencial que as mães tenham suporte através de uma rede de apoio que garanta sua alimentação, seu conforto e descanso.

Evite palpites desnecessários

Ao contrário do que alguns pensam, oferecer ajuda diz mais sobre atos de serviço e sanar necessidades das mães do que sobre dar dicas ou “pitacos” desnecessários. Isso porque, como nós já comentamos, esse é um momento de extrema fragilidade e culpa.

Assim, ofereça dicas e palpites apenas quando isso for solicitado e, em todos os casos, tenha empatia!

Busque ajuda psicológica

Destacamos, mais uma vez, a importância de se procurar diagnóstico e ajuda profissional caso haja sintomas de alguma das condições mais sérias citadas no texto.

Rede de apoio, boa alimentação e descanso podem auxiliar no processo de recuperação do corpo e do psicológico das parturientes, mas algumas vezes esse momento só pode ser superado com ajuda profissional. Por isso, em casos de sintomas de baby blues, psicose puerperal ou depressão pós-parto, consulte um médico e jamais recorra à automedicação.

Apesar de bastante complexo e doloroso, é importante lembrar que o puerpério é uma fase, um período e, como tal, ele passa!

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