Insuficiência renal: entendendo o problema

A insuficiência renal vem preocupando os sistemas de saúde do Brasil e do mundo. Saiba por quê:

Segundo o nefrologista Frederico Lima Verde, o primeiro passo para entender esta doença é esclarecer a função dos rins. "Eles funcionam como um filtro do organismo, expulsando algumas impurezas e toxinas. Ajudam também no controle da pressão, de líquidos e sais minerais, além da produção de alguns hormônios."

Ainda de acordo com o profissional, em um rim saudável, as impurezas são eliminadas através da formação da urina. Já em um rim comprometido, durante a formação da urina, a eliminação de tais impurezas fica prejudicada.

A insuficiência renal pode ser:

• Aguda: Tem um fator reversível e o rim pode voltar ao normal.

• Crônica: Dano renal que impossibilita a sua completa recuperação. A degradação pode persistir fazendo com que perca a função com o tempo.

Quando perguntado sobre os sintomas, o médico esclarece: "Muitas vezes, a insuficiência renal é assintomática e os sintomas só se manifestam quando o rim está extremamente comprometido". Mas, é possível perceber se houverem quadros de:

• Mudança na coloração da urina;

• Ardência ao urinar;

• Inchaço;

• Aumento da pressão.

A dona de casa, Daniela Cirne, sentiu na pele este problema. "Eu não tive dificuldade para urinar. Os meus sintomas eram náusea, vômito, inchaço, pressão alta, sensação de empachamento após me alimentar, gosto ruim na boca e mal estar generalizado."

Estes sintomas são consequência do aumento de toxinas no organismo. Normalmente, os sintomas aparecem quando o rim apresenta mais de 50% de comprometimento.

A boa notícia é que é possível prevenir quadros de insuficiência renal por meio de hábitos simples:

• Beber muita água;

• Controlar a pressão;

• Em casos de diabetes, mantê-la controlada;

• Não usar medicamentos sem prescrição médica.

Ainda segundo o médico, é importante manter os exames de rotina em dia para detectar a doença em seu estágio inicial. "Os exames para verificar o funcionamento do rim são simples: de sangue e de urina. Esse acompanhamento pode se feito com um ginecologista ou clínico geral, por exemplo".

Frederico finaliza com uma mensagem de conscientização: "Muitas pessoas têm familiares que dependem de hemodiálise. Acho muito importante falar em doação de órgãos. Órgãos podem mudar várias vidas, não só tirar da hemodiálise".

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