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O que é leucemia? Entenda a doença

Acesse o conteúdo para saber mais sobre o que é leucemia, quais são os principais tipos, sintomas, tratamentos e muito mais.


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O que é leucemia? Entenda a doença

Câncer que afeta os leucócitos (glóbulos brancos), a leucemia é subdividida em diversos tipos e pode acometer todas as faixas etárias. Ela é, inclusive, o câncer mais comum em crianças.

Para entender melhor o que é leucemia, quais são os principais sintomas e tratamentos indicados, continue no post. Ao final do texto, abordamos também a importância em ser um doador de medula óssea. Confira!

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O que é leucemia

A leucemia é um tipo de câncer que ataca as células-tronco da medula óssea, incitando a produção excessiva de glóbulos brancos (leucócitos). Como efeito, afeta também a quantidade normal das demais células sanguíneas (hemácias e plaquetas). A doença tem início na medula, mas se espalha pelo corpo por meio do sangue.

Atualmente, a comunidade médica segmenta a leucemia em doze tipos possíveis. Essa divisão é feita pelo tipo de quadro — agudo ou crônico — e pelas células atingidas – mieloides ou linfoides.

Casos crônicos são aqueles nos quais a doença progride lentamente, assim como os sintomas. Já os agudos se caracterizam pelo avanço acelerado das células leucêmicas, causando o agravamento rápido dos sintomas.

Embora não exista um consenso universalmente aceito sobre a origem e causas da leucemia, o tabagismo, a exposição contínua à radiação e questões genéticas são apontados como fatores que podem aumentar o risco de aparecimento desse tipo de câncer.

células sanguíneas afetadas pela leucemia
A leucemia é um tipo de câncer que ataca os glóbulos brancos e afeta a produção normal das células sanguíneas.

Principais tipos de leucemia

De acordo com Ministérios da Saúde, dentre os 12 tipos de leucemia conhecidos até o presente momento, os quatro principais são: leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfoide aguda (LLA) e leucemia linfoide crônica (LLC).

Leucemia mieloide aguda (LMA)

A LMA ocorre quando há a multiplicação acelerada de células-tronco mieloides que não atingiram o nível de maturação para atuarem de forma funcional. Além disso, há a proliferação dos blastos (células jovens e não-maduras).

Como resultado, as células sanguíneas saudáveis não conseguem funcionar adequadamente. A grande maioria dos casos não é considerado um câncer hereditário, mas há maior probabilidade de desenvolvê-lo ao longo da vida se houver histórico familiar.

Conforme o Oncoguia, o principal tratamento do LMA é a quimioterapia. Em alguns casos, pode exigir transplantes. De qualquer forma, faz-se necessária a avaliação de um oncologista e um hematologista para indicação adequada.

Leucemia mieloide crônica (LMC)

A LMC acomete células mieloides da medula óssea. Contudo, a progressão da doença é lenta.

É um tipo de leucemia mais frequente em adultos e não é hereditária. Por progredir lentamente, as células sanguíneas saudáveis conseguem se desenvolver e atuar normalmente. Isso quer dizer que pessoas acometidas com a patologia, quando tratadas, podem ter sintomas consideravelmente mitigados.

De acordo com o Ministério da Saúde, os tratamentos para LMC podem promover remissões significativas. Por esse motivo, considera-se que a doença tenha “cura funcional”. Embora não seja curável, as pessoas podem ter uma boa qualidade de vida.

O tratamento mais indicado pode ser recomendado somente pelo médico ou médica oncologista que estiver acompanhando o quadro do paciente.

mulher e criança em um hospital
A leucemia mieloide crônica é mais comum em adultos.

Leucemia linfoide aguda (LLA)

A LLA é causada pela presença de linfócitos imaturos que sofreram alteração em seu material genético (DNA), os linfoblastos. Como mencionado anteriormente, por ser um quadro agudo, a multiplicação dessas células atípicas ocorre de forma acelerada. 

É o tipo mais comum durante a infância. As causas desse tipo de leucemia ainda são desconhecidas. Por conta da progressão rápida, as células sanguíneas saudáveis não conseguem exercer suas funções e tampouco se reproduzirem.

O tratamento da LLA inclui três fases:

  • Indução: eliminação de todas as células cancerígenas.
  • Consolidação: impedir a regressão e posterior progressão das células cancerígenas. Pode envolver o transplante de medula óssea.
  • Manutenção: prolongação do tratamento a fim de eliminar quaisquer células doentes remanescentes.
símbolo da campanha de prevenção da leucemia
Dentre os tipos de leucemia infantil, a LLA é a mais comum.

Leucemia linfoide crônica (LLC)

A LLC é caracterizada pelo crescimento atípico de linfócitos B, um tipo de glóbulo branco que amadurece ainda na medula óssea. Ele é responsável pela imunidade adaptativa, ou seja, aquela que é gerada a partir da resposta imunológica aos antígenos.

Essa produção acelerada dos linfócitos B impede que as células sanguíneas saudáveis exerçam sua função, gerando os sintomas da leucemia, como fadiga e anemia. Trata-se de uma doença adquirida, ou seja, não é hereditária. Acomete adultos acima dos 50 anos principalmente. Por ser crônico, tem progressão lenta.

O tratamento mais comum também é a quimioterapia que, novamente, só deve ser indicada por uma pessoa especialista em oncologia ou hematologia.

Quais são os sintomas

Para entendermos os sintomas da leucemia, é importante ter em mente a função das células sanguíneas saudáveis e como elas são produzidas pelo organismo.

Resumidamente, a medula óssea possui células-tronco, responsáveis pela produção das células sanguíneas: os leucócitos (glóbulos brancos), as hemácias (glóbulos vermelhos) e as plaquetas. Esse conjunto celular é, então, liberado para o organismo pela circulação, desempenhando suas funções.

Os leucócitos são as células que combatem as infecções virais e bacterianas, além de fortalecerem o sistema imune como um todo. As hemácias, por sua vez, possuem alta concentração de hemoglobina e transportam oxigênio para todas as células do corpo. Por fim, as plaquetas permitem a coagulação do sangue.

Pensando nisso, as alterações nas células sanguíneas causadas pela leucemia induzem inúmeros sintomas diferentes entre si. A redução dos leucócitos faz com que o paciente sofra com infecções oportunistas. A baixa nas hemácias provoca anemia, fadiga, dores no corpo e na cabeça.

Sem plaquetas saudáveis, a coagulação do sangue fica comprometida, fazendo com que a pessoa apresente sangramentos no nariz e gengivas, e manchas roxas na pele. Outros sintomas são o inchaço dos gânglios linfáticos no pescoço, axila e cotovelos, febre, perda de peso, dores nos ossos e articulações, náuseas, vômitos, suores noturnos.

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Como diagnosticar

O diagnóstico da leucemia pode ser feito em exames de rotina, pois o paciente leucêmico vai apresentar alterações nas células sanguíneas em seu hemograma (leucócitos em grande quantidade, enquanto as hemácias e plaquetas estão baixas). Além disso, o mielograma – exame de medula óssea – e biópsia podem ser solicitados pelo oncologista e hematologista, para um diagnóstico mais exato.

tubo de sangue para hemograma
Por afetar a produção das células sanguíneas, a leucemia pode ser diagnosticada por meio do hemograma.

Tratamentos para leucemia

Os tratamentos possíveis da leucemia têm como objetivo a destruição das células cancerosas, para que a medula óssea seja capaz de produzir novas células sanguíneas saudáveis. A intervenção depende do tipo do câncer e pode envolver radioterapia, quimioterapia e, em última instância, transplante de medula óssea.

A definição do tratamento é feita após avaliação médica, conforme o quadro clínico do paciente. O diagnóstico é feito por um hematologista ou oncologista.

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A importância de ser um doador de medula óssea

A doação de medula óssea é extremamente importante porque ela pode ser a única esperança de pacientes em estágios avançados da leucemia e que precisam de transplantes de medula.

Outro ponto importante é que, segundo o site do Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea), apenas 25% das famílias brasileiras conseguem um doador ideal, que seria um irmão compatível. Os demais pacientes (75%) dependem de doadores alternativos: voluntários e familiares parcialmente compatíveis.

Portanto, quanto mais doadores, maior a chance de encontrar pessoas compatíveis.

Como funciona o banco de doadores

Para quem tem interesse em doar a medula óssea, antes de mais nada, é preciso procurar um hemocentro para esclarecimentos e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE).

Depois disso, um exame de sangue é realizado, para posterior análise de compatibilidade com os dados de pacientes que precisam do transplante de medula óssea. Todas essas informações são registradas no Redome e, caso o doador seja compatível, será contatado para que decida se deseja, de fato, realizar a doação.

Os demais procedimentos necessitam de exames complementares e acompanhamento médico. Todos os protocolos e etapas só acontecem mediante consentimento do doador.

Filha carregando mãe na cadeira de rodas.
A doação de medula óssea representa uma grande esperança para pacientes que precisam de transplante.

Como se cadastrar

No Brasil, o cadastro para doadores voluntários é realizado em hemocentros ao redor do país. Posteriormente, os dados cadastrais são arquivados pelo Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea.

Além disso, é importante verificar o cadastro de tempos em tempos, para garantir que as informações estejam atualizadas.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), apenas em 2020, foram notificados 10.810 novos casos de leucemia no Brasil. A detecção precoce do câncer é primordial para aumentar as chances de sucesso dos tratamentos. Por isso, realize seus exames de rotina regularmente.

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