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Transtornos mentais: conheça 6 bastante comuns

Confira o post para conhecer seis transtornos mentais comuns, assim como os principais sintomas e tratamentos indicados.


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Tempo estimado: 11 min

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Transtornos mentais: conheça 6 bastante comuns

Segundo dados da OMS, 10% da população do mundo sofre com algum tipo de transtorno mental. A depressão, por exemplo, acomete aproximadamente 280 milhões de pessoas em termos globais.

E por mais que as discussões sobre saúde mental tenham ganhado centralidade nos últimos anos, 76% a 85% dos pacientes com transtornos emocionais em países de baixa renda não são tratados. Nas regiões de alta renda, esse número é reduzido para uma média entre 35% a 50%, o que ainda é preocupante.

Com isso em mente, neste post, explicamos seis transtornos mentais comuns, seus sintomas e tratamentos sugeridos, a fim de trazer mais informações e centralidade à pauta. Em caso de identificação com quaisquer dos sintomas mencionados, procure ajuda médica especializada para diagnóstico. Boa leitura!

O que é um transtorno mental

Um transtorno mental pode ser definido como uma síndrome que altera as emoções, cognição e comportamento dos indivíduos. Eles podem ser decorrentes de circunstâncias sociais, traumas ou geneticamente determinados.

De maneira geral, os transtornos mentais impactam a vida da pessoa acometida por um distúrbio em todos os sentidos. Em casos extremos, os problemas causados por essas patologias podem conferir um perigo à vida do indivíduo. Por isso, jamais hesite em procurar ajuda e, se alguém próximo de você apresentar perturbações emocionais visíveis, esteja presente e incentive o auxílio médico especializado.

Dentre os transtornos mentais mais comuns estão a depressão, o Transtorno de Ansiedade Generalizada, o Transtorno Obsessivo Compulsivo, o Transtorno de Personalidade Bipolar, o Transtorno de Personalidade Borderline e os distúrbios alimentares.

Transtornos mentais acometem 10% da população mundial e, muitas vezes, os pacientes não possuem acompanhamento e tratamento adequados.

1. Depressão

A depressão, também conhecida como transtorno depressivo maior, compreende uma subdivisão de distúrbios, como a distimia (transtorno depressivo persistente), o transtorno disfórico pré-menstrual e o transtorno depressivo induzido por medicamento, além de fazer parte de outras patologias, como a bipolaridade.

De maneira geral, a depressão é diagnosticada quando o paciente apresenta episódios de pelo menos duas semanas de duração, nos quais sente tristeza ou raiva profundas e persistentes, apatia e alterações do ciclo do sono – como insônia ou hipersonia.

Além disso, o paciente vai apresentar respostas psicossomáticas – sintomas físicos decorrentes das alterações emocionais – que podem variar conforme o quadro. Dores no corpo, dores de cabeça, dificuldade na concentração, perda de apetite e peso são alguns dos sinais mais comuns. Não é incomum que indivíduos diagnosticados com depressão também apresentem quadros ansiosos.

Os tratamentos para depressão devem ser indicados por um médico psiquiatra e incluem acompanhamento psicológico aliado à administração de remédios anti-depressivos. Caso você apresente algum dos sintomas mencionados, procure ajuda médica. Jamais se automedique.

A depressão é marcada pelo humor triste persistente, apatia e perda de interesse nas atividades cotidianas.

2. Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)

A ansiedade pode ser caracterizada pelo medo e antecipação excessivos frente à situações – reais ou imaginárias – consideradas como ameaça iminente ou futura. Trata-se de uma resposta emocional e somática que, assim como a depressão, pode variar de quadro para quadro.

O Transtorno de Ansiedade Generalizada, especificamente, é diagnosticado quando o indivíduo apresenta preocupação persistente e excessiva sobre vários aspectos de sua vida, desde o trabalho, autoimagem, relacionamentos. Conforme a angústia cresce, os sintomas físicos se manifestam, os mais comuns sendo inquietações, palpitações, fadiga física, dores de cabeça e tensões musculares.

Ademais, o paciente com TAG muito provavelmente vai apresentar dificuldade em se concentrar, lapsos de memória, irritabilidade, problemas de sono, exaustão mental. Como consequência, pessoas ansiosas acabam tendo problemas para lidar com relacionamentos e atividades cotidianas, alimentando sua sensação de angústia.

O Transtorno de Ansiedade Generalizada, em alguns casos, pode incitar o desenvolvimento de vícios, quando o indivíduo sob constante estado de estresse e angústia passa a buscar por soluções rápidas para aliviar esses sentimentos negativos.

O tratamento para o TAG deve ser indicado por um médico psiquiatra e pode incluir uso de medicação contínua e psicoterapia. Além disso, o cuidado com a alimentação, atenção à qualidade do sono e prática regular de exercícios físicos podem ser atenuadores de alguns sintomas.

3. Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)

O Transtorno Obsessivo Compulsivo é um tipo de quadro ansioso marcado por pensamentos recorrentes (obsessivos) e comportamentos ritualizados (compulsivos), frutos de um medo ou incômodo específico. Alguns sinais podem ser observados na infância, mas a patologia se agrava ao longo da vida, principalmente quando associada a um evento traumático ou quadro depressivo.

Os exemplos mais comuns de TOC são a preocupação excessiva e compulsória com limpeza e organização, acumulação de objetos, obsessão por simetria, verificação constante de portas, janelas e trancas em geral.

O diagnóstico do TOC deve ser realizado por um médico especializado, que pode indicar medicação de uso contínuo aliada a alguma modalidade de terapia, sendo a TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental) bastante comum.

A obsessão por simetria é um dos tipos mais comuns de TOC.

4. Transtorno Bipolar

O Transtorno Bipolar, assim como o Transtorno Depressivo Maior, é subdividido em diferentes classes de diagnóstico mas, de maneira geral, envolve a alteração sazonal de humor, comumente percebida por um período de mania (episódios eufóricos e compulsivos), seguido de um episódio depressivo maior. A classificação da patologia se dá de acordo com o quadro sintomático e histórico genético familiar.

Durante o período de mania, também chamado de episódio maníaco ou hipomaníaco, o indivíduo apresenta humor elevado persistente, irritabilidade alta e muita energia. Como resultado, a pessoa tem a necessidade de sono bastante reduzida e sofre com desvios de atenção, impulsividade e comportamentos compulsivos, sejam eles alimentares, sexuais, relacionados a compras e investimento, entre outros.

Já no episódio depressivo maior, o humor triste se instala e a pessoa perde o interesse e prazer em suas atividades cotidianas. A perda de apetite, insônia, hipersonia e falta de energia também são bastante comuns.

Outros sintomas que podem surgir são dificuldade para se concentrar, culpabilidade intensa e constante e, de forma geral, um sofrimento que compromete a capacidade social do indivíduo. Em casos graves, a pessoa tem pensamentos de automutilação, em vista da tristeza profunda que sente.

Os tratamentos para o Transtorno Bipolar incluem psicoterapia e uso de medicação contínua para estabilização de humor. O diagnóstico da patologia deve ser feito por um psiquiatra, assim como a orientação dos remédios. O acompanhamento e suporte emocional dos pacientes também é essencial, principalmente em períodos de risco.

5. Transtorno de Personalidade Borderline (TPB)

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o Transtorno de Personalidade Borderline envolve padrões de instabilidade que englobam a esfera de relacionamentos, autoimagem e afetos, todas marcadas por um alto grau de impulsividade.

Nesse sentido, os sintomas comportamentais vão desde abuso de drogas, compulsão alimentar e sexual, até comportamentos automutilantes. As oscilações decorrentes desse tipo de transtorno emocional podem durar por apenas alguns minutos ou se estender por dias e são marcados por níveis elevados de ansiedade, raiva ou tristeza.

Não é incomum que o Transtorno de Personalidade Borderline seja confundido com o Transtorno Bipolar, em vista das alterações de humor e alto grau de impulsividade presentes em ambos os quadros clínicos. Contudo, a grande diferença entre as patologias é o tempo dos episódios.

Enquanto a bipolaridade é marcada por períodos depressivos e maníacos que se estendem por meses, o paciente borderline oscila em intervalos menores. Ademais, os episódios envolvem alto grau de instabilidade e, geralmente, um acontecimento que incita os altos níveis de estresse, raiva e angústia no indivíduo.

Como estamos falando de um transtorno comumente confundido com a bipolaridade, o diagnóstico correto é essencial para determinar tratamentos eficazes para os pacientes borderline. Além disso, o acompanhamento psicoterápico é indispensável para auxiliar os acometidos com o distúrbio.

O Transtorno de Personalidade Borderline é marcado por episódios de alto grau de impulsividade e instabilidade emocional.

6. Distúrbios alimentares

Os distúrbios alimentares englobam uma série de transtornos que possuem como elo em comum a perturbação dos padrões e comportamentos relacionados à alimentação. Essas alterações são decorrentes de conflitos emocionais e traumas, podendo envolver o consumo exagerado de comidas, a privação parcial ou completa delas, a indução de vômitos, entre outros.

Os principais distúrbios alimentares - identificados pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – são a compulsão alimentar, o transtorno alimentar restritivo, a anorexia nervosa e a bulimia nervosa.

Compulsão alimentar

A compulsão alimentar, como o nome sugere, envolve um comportamento compulsivo na maneira como a pessoa se alimenta. O transtorno é marcado por episódios nos quais há a ingestão de grandes quantidades de alimentos de maneira descontrolada, seguida pela sensação de culpa e falta de controle.

Além disso, indivíduos que sofrem com a compulsão alimentar tendem a comer muito e mais rápido, mesmo quando não estão com fome. Por isso, sentem-se demasiadamente cheios e apresentam desconfortos físicos.

Por sentirem muita vergonha e desprazer com relação ao comportamento alimentar, essas pessoas começam a vivenciar os episódios de compulsão escondidas. O diagnóstico do transtorno é confirmado quando os episódios ocorrem, pelo menos, uma vez por semana durante um período de três meses.

Assim como os demais transtornos alimentares, o acompanhamento com médico psiquiatra e nutricionista comportamental é essencial, para que o indivíduo acometido pelo distúrbio possa identificar os gatilhos emocionais e sociais que incitam seus episódios.

A compulsão alimentar envolve aspectos emocionais e sociais, sendo marcada por episódios de descontrole alimentar.

Transtorno alimentar restritivo

O transtorno alimentar restritivo é caracterizado pela aparente perda de interesse por alimentos e pela alimentação de maneira geral. Ele pode decorrer da aversão às características dos alimentos, preocupação excessiva em ganhar peso e problemas com a forma corporal.

Para que o diagnóstico do distúrbio seja confirmado, o indivíduo precisa apresentar perda de peso significativa e deficiência nutricional que cria uma dependência de suplementação. O transtorno alimentar restritivo não engloba qualquer tipo de restrição decorrente da falta de alimentos e práticas culturais.

O tratamento do distúrbio deve ser feito com o auxílio de nutricionistas e médicos especializados, para solucionar a deficiência nutricional, mas também tratar os aspectos emocionais e circunstanciais que contornam o transtorno.

Anorexia Nervosa

A anorexia nervosa, assim como o transtorno alimentar restritivo, é marcada pela restrição no consumo de calorias, fazendo com que a pessoa perca muito peso e passe a apresentar alterações fisiológicas significativas. O transtorno é fruto de um medo persistente e intenso de engordar, mesmo quando se está excessivamente magro.

Esse processo decorre pela forma como a autoimagem distorcida é vivenciada. Em outras palavras, a pessoa, mesmo quando muito magra, apresenta problemas em se reconhecer e, por esse motivo, não enxerga a gravidade da perda de peso.

Além de jejuns persistentes, pacientes com anorexia nervosa podem apresentar comportamentos compensatórios, como indução de vômito, prática excessiva de exercícios físicos e uso de remédios de forma inapropriada.

Como a anorexia nervosa e outros distúrbios alimentares envolvem a distorção da autoimagem, não é incomum que o transtorno seja identificado por amigos ou parentes próximos. Em todos os casos, a busca por auxílio profissional é indispensável e inclui acompanhamento médico e nutricional.

A anorexia está ligada a um medo constante em ganhar peso e problemas de reconhecimento da própria imagem corporal.

Bulimia Nervosa

A bulimia nervosa envolve dois principais aspectos: um episódio de compulsão alimentar, seguido de uma atitude compensatória indevida, que pode envolver a indução do vômito, uso de medicamentos como laxantes e diuréticos, prática excessiva de atividade física ou mesmo jejuns prolongados.

Esses comportamentos compensatórios decorrem de um medo de ganho de peso ou alteração da imagem corporal e, para que o paciente seja diagnosticado com bulimia nervosa, os episódios devem se repetir, no mínimo, uma vez na semana durante um período de três meses, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.

É comum que a bulimia nervosa surja na adolescência e se desenvolva na vida adulta, tendo menor ocorrência em crianças e adultos acima dos 40 anos. Para ser diagnosticado como tal, o transtorno deve ser persistente ou intermitente por alguns anos.

O diagnóstico de qualquer distúrbio alimentar deve ser investigado por um nutricionista comportamental em conjunto com um médico psiquiatra, assim como a orientação para uso de medicamentos e reposição nutricional, caso necessário. Jamais se automedique.

A saúde emocional é essencial na vida de qualquer indivíduo, uma vez que os transtornos mentais afetam diretamente a capacidade dos indivíduos em participarem do corpo social e viverem de maneira tranquila, organizada e equilibrada.

Contudo, um distúrbio emocional não precisa ser um fardo por toda a vida. Com a assistência adequada, é possível viver bem e de maneira saudável. E para isso, informação de qualidade, empatia e compreensão são essenciais. Portanto, se você estiver passando por um período difícil ou conhecer alguém nessa situação, procure ajuda.

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