Primeira consulta com psicólogo: o que esperar desse momento?

A primeira consulta com o psicólogo é um momento que pode gerar bastante ansiedade, sobretudo para quem nunca teve experiência com psicoterapia. Dúvidas, como “O que devo falar? O que acontece? O que vão me perguntar”, são comuns e, por isso, neste post, vamos bater um papo sobre o assunto.

Continue a leitura e entenda o que esperar da primeira sessão, como funciona a terapia e mitos e verdades sobre psicólogos.

Como é a primeira consulta com psicólogo?

O primeiro contato com o psicólogo funciona como uma triagem e introdução. O profissional vai buscar entender o porquê de você ter procurado a terapia. É muito importante que ele tenha essa resposta, para compreender melhor qual abordagem tomar e personalizar o atendimento.

É comum que ele faça algumas perguntas sobre você, assim como qual o seu objetivo com a terapia, o que gostaria de trabalhar e o que espera com as sessões. O psicólogo registra essas respostas para que, futuramente, possa compará-las com os seus avanços e verificar se o que era esperado foi atingido.

Além disso, o profissional vai conversar sobre a abordagem, explicar como acontecem as sessões e resolver todas as dúvidas em relação ao tratamento. Portanto, aproveite o momento para entender com mais detalhes como funciona a consulta com psicólogo.

Outra informação interessante é que, ao contrário do que vemos nos filmes, nos quais as pessoas ficam deitadas no divã e falando, na sala do psicólogo, você se sentará de frente para ele enquanto conversam.

O que acontece nas próximas sessões?

As primeiras sessões são importantes para que o psicólogo, aos poucos, vá “cavando” os assuntos e entendendo melhor o que está acontecendo. Você não precisa ter medo de falar, pois o objetivo do profissional é justamente ajudar a encaixar os pensamentos e sentimentos.

Geralmente, elas vão começar com o psicólogo fazendo uma pergunta que te faça comentar os acontecimentos recentes ou, então, o que você tem sentido e pensado. Daí em diante, ele vai conduzir toda a sessão, então, fique tranquilo em relação a preparar assuntos para levar para o consultório.

Entretanto, se você tem diversas questões que quer conversar e sente dificuldades em organizá-las, preparar um roteiro pode ser uma mão na roda. Em relação à duração das consultas, elas podem ter 30, 50 minutos, ou então, 1 hora, a depender de como o profissional trabalhar.

Sobre a frequência dos encontros, tudo vai depender da sua necessidade e, também, do que é financeiramente acessível. Portanto, elas podem acontecer uma ou duas vezes por semana, ou então de 15 em 15 dias.

O que o psicólogo faz?

Se você nunca teve contato com a psicologia, pode ser que ainda tenha dúvidas sobre o papel do psicólogo, como ele trabalha e como vai te ajudar. Primeiramente, não precisa se sentir mal por procurar um. Apesar de, antigamente, haver muito preconceito e tabu sobre as sessões, sempre vistas como “coisa de louco”, atualmente, muitas pessoas frequentam por conta dos diversos benefícios.

O psicólogo, portanto, vai auxiliar você a lidar com pensamentos, sentimentos, situações delicadas e mudanças de comportamentos e hábitos. Por meio de métodos científicos, ele busca compreender o seu funcionamento.

Ele é indicado para todas as idades e, portanto, tanto pode ser um paciente infantil como um adulto — esse profissional é preparado para lidar com as questões de cada faixa etária.

Mitos sobre a terapia

Tão importante quanto entender como funciona a primeira consulta com o psicólogo, é saber que existem muitos mitos sobre as sessões, seja por falta de informação ou por preconceito. Por isso, vamos conversar sobre falsas ideias bastante comuns.

O psicólogo vai me julgar

Falar sobre pensamentos e sentimentos para uma pessoa estranha pode parecer um pouco constrangedor para alguns. Porém, é sempre importante lembrar que o psicólogo é formado e preparado para fazer exatamente isso: ouvir as suas questões e te ajudar com elas.

Dessa forma, o medo de ser julgado não faz tanto sentido, afinal, não é papel desse profissional criar um juízo de valor sobre você, e sim te acolher.

Durante a faculdade, o psicólogo é preparado para que os seus julgamentos fiquem em segundo plano, ou seja, eles não são importantes para realizar o atendimento e não vão mudar a vida de um paciente.

O profissional parte, então, do pressuposto do respeito com a vida de cada um, com quem cada um é e de que ponto essa pessoa está partindo. Promover saúde e bem-estar é o maior objetivo do psicólogo.

Psicólogos sabem tudo sobre o paciente

Uma ideia bastante comum é de que psicólogos, só de olhar, conseguem saber tudo sobre o paciente. Isso não é verdade, obviamente. Esse profissional leva diversas sessões para estudar e compreender o funcionamento da pessoa, portanto, apenas bater o olho não será o suficiente.

Além disso, o profissional tem acesso ao que você diz. O que prefere não compartilhar, ele não ficará sabendo.

Psicólogos são conselheiros

Outra imagem bastante disseminada sobre esses profissionais é que o papel deles é ser conselheiro, o que não é real! O psicólogo, por meio de técnicas científicas, oferece ferramentas para que os pacientes possam compreender melhor o que pensam e sentem, assim como lidarem melhor com isso.

Quem vai decidir o que deve ser feito é o próprio paciente, com a ajuda de tudo o que foi desenvolvido dentro do consultório. Portanto, não espere que nas consultas o psicólogo fale o que fazer, pois isso não acontecerá.

Psicólogo é para loucos

Nós já comentamos anteriormente sobre essa crença e o quanto ela é ultrapassada. Todos os seres humanos têm problemas, isso é fato. E, obviamente, não significa que alguém é louco.

Buscar ajuda de um profissional é uma forma de resolver a sua vida de forma mais saudável e com mais clareza, respeitando seus limites e sentimentos.

Psicólogo e psiquiatra são a mesma coisa

Ambas as áreas são diferentes. Enquanto o psiquiatra é um médico especializado no tratamento de doenças mentais, o psicólogo atua no cuidado de hábitos, comportamentos e emoções. Os dois podem atuar em conjunto em um único paciente para tratar transtornos mentais.

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