Dezembro Laranja - Cuidados e proteção contra o câncer de pele (Parte 1)

Dezembro é o mês de combate ao câncer de pele, o Dezembro Laranja. Para entendermos melhor o que é essa doença, como prevenir e quais os tratamentos, trouxemos uma matéria completa para te manter bem informado e atento à saúde. Confere aqui!

A cada ano, o Instituto Nacional do Câncer registra cerca de 180 mil novos casos dessa doença, que é o tipo de câncer mais frequente e corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no país.

Segundo o oncologista Aurillo Rocha, nossas células sofrem mutações e com as células da pele não é diferente. A melatonina é um promotor de alterações que pode evoluir para um melanoma. Mas, existem outros tipos de câncer de pele comuns.

"O câncer de pele do tipo não melanoma é o tipo mais comum dentre todos os cânceres. Por isso, essa campanha é tão importante. Quanto antes for realizado o diagnóstico, de modo geral, tende a ser um tratamento mais simples para o médico e para o paciente", explica a dermatologista Lia Albuquerque.

PRINCIPAIS CAUSAS DO CÂNCER DE PELE:

• Exposição ao sol

• Excesso de radiação

• Fatores hereditários

A dermatologista explica, ainda, que tanto a pele quanto os olhos claros são um fator de risco para o câncer de pele. "Pessoas com essas características precisam ter um alerta e um cuidado maior. Já nas pessoas de pele mais pigmentada, a melanina acaba protegendo a pele. Ou seja: quanto mais melanina, maior a proteção. Porém, vale ressaltar que essas pessoas também precisam ter cuidados, assim como podem vir a ter um câncer de pele."

QUAL A DIFERENÇA DE CÂNCER DE PELE NÃO MELANOMA E MELANOMA?

Uma grande diferença é o tipo de célula que origina o câncer. De modo geral, o carcinoma espinocelular ou carcinoma basocelular afetam mais as células da epiderme. Já o melanoma, está mais associado ao melanócito. É importante dizer que o câncer de pele não melanoma, que é o carcinoma basocelular, é o tipo de câncer mais comum e, se diagnosticado precocemente, tende a ter um tratamento muito mais simples.

O oncologista explica: "Muitas vezes, desprezamos várias manchas e isso vai se acumulando. Existe essa cultura do bronzeamento... Inclusive, o bronzeamento artificial que, hoje, é proibido por lei no Brasil. Isso vai, de certa forma, perdendo a prevenção precoce para detectar o câncer de pele".

QUAL A DIFERENÇA ENTRE OS RAIOS UVA E UVB?

Os raios UVA atravessam de forma mais fácil a camada de ozônio, as camadas de proteção da terra e atingem a nossa pele. Já os raios UVB têm uma dificuldade maior. É importante destacar que o UVA está mais associado ao processo de envelhecimento da pele e o UVB, mais associado ao câncer de pele. Além disso, Lia explica que os protetores solares precisam ter a proteção contra ambos, para garantir uma maior proteção em relação ao câncer de pele.

QUANDO UMA PINTA PODE SER UM CÂNCER?

O oncologista explica as categorias do câncer de pele. "A: observamos a assimetria; "B" as bordas; "C" a cor; "D" de densidade da lesão e "E" de evolução, ou seja: se mudam as características. "Se crescem ou voltam rápido, é um aletra para que se pense em um câncer de pele."

Por isso, as consultas regulares são tão importantes. "Nós costumamos dizer que, pelo menos uma vez ao ano, as pessoas devem ir ao dermatologista para que o profissional examine toda a pele e veja se tem alguma lesão suspeita ou alguma lesão de câncer de pele para que o diagnóstico seja o mais precoce possível." E, mais uma vez, a dermatologista ressalta: "Se você tem uma lesão nova ou uma lesão que mude de formato, de cor ou que sangre, procure um dermatologista, mesmo antes das consultas regulares anuais."

Fonte: Aurillo Rocha (oncologista) e Lia Albuquerque (dermatologista)