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Ansiedade E Depressão Na Juventude

Os adolescentes de hoje não conhecem o mundo sem internet, além de que estamos vivendo uma recessão econômica mundial. Esse cenário pode trazer alguns problemas de saúde mental como ansiedade e depressão.

De acordo com a psicóloga Jamille Façanha, a geração “pós-millenial” é, de fato, mais conectada e exposta a um “boom” de informações. “Talvez, por isso, tenham uma certa dificuldade nas tomadas de decisão, já que muitas opções geram um pouco de ansiedade. Outro ponto é que com o mundo virtual, nem sempre o que intermedia as relações é a presença, embora acredite que isso tem mais relação com o contexto social do que com a geração”.

Esse volume de informações pode gerar um pensamento excessivo no futuro, levando a transtornos depressivos quando as expectativas não são atendidas. “Serem validados, curtidos, elogiados, sentirem-se populares e terem seguidores são metas que o adolescente ou qualquer pessoa nas redes sociais se coloca para ter prazer, mas pode virar um ciclo e a exigência ficar maior e cada vez mais cedo”, acrescenta a profissional.

A psiquiatra Dafne Albuquerque ressalta que alguns sinais podem indicar que o jovem está mais ansioso:

·         Não consegue dormir;

·         Mudança no apetite;

·         Falta de produtividade em atividades que antes eram comuns e fáceis de serem feitas.

“Esses indicativos precisam ser avaliados para descobrir se caracteriza algum transtorno e, então, fazer alguma intervenção psicológica ou medicamentosa”, acrescenta.

Porém, mesmo em casos onde a ansiedade não é patológica mas compromete a qualidade de vida do adolescente, é possível procurar uma ajuda terapêutica. “A terapia não só é vista como tratamento, mas como uma ajuda no processo de crescimento e autoconhecimento”, ressalta Jamile.

ANSIEDADE X DEPRESSÃO

Diante de mudanças no comportamento do jovem, muitas famílias confundem sintomas de ansiedade e depressão. A psiquiatra Dafne Albuquerque esclarece que em casos de depressão predomina:

·         Isolamento social

·         Humor rebaixado

·         Falta de vontade em fazer atividades que antes davam prazer

Alguns sintomas, no entanto, são comuns às duas comorbidades, como a insônia – inicial em casos de ansiedade e terminal em casos de depressão.

O tratamento normalmente associa psicoterapia e medicamentos. “A gente precisa do processo terapêutico, a gente precisa olhar para as relações interpessoais do adolescente (família, amigos, namoros e sexualidade), das medicações e também do estilo de vida, já que alimentação e atividade física também são fatores fundamentais para a retomada de uma vida mais funcional. Muitas vezes, além do psicólogo e do psiquiatra, o paciente é encaminhado para um nutricionista e um profissional de educação física”, explica a psicóloga.

Jamile acredita que a pandemia proporcionou uma maior convivência da família, possibilitando perceber mais as emoções dos adolescentes e ressignificando o papel de cada membro no núcleo familiar. Por fim, a dica para as famílias é permitir e estimular o desenvolvimento da autonomia do adolescente, estimulando-o a se posicionar, dialogar e expor suas opiniões tendo a certeza de que está sendo ouvido e validado.

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