Alergia a insetos: tudo o que você precisa saber sobre o assunto

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 35% da população mundial é alérgica a algo, incluindo a alergia a insetos. Algumas picadas desses pequenos animais podem ser o suficiente para que alguém fique com um inchaço ou, nos piores casos, corra risco de morte. 

É muito importante saber o que fazer perante uma reação alérgica à picada de inseto, para evitar qualquer problema maior. Por isso, preparamos este post com informações sobre cuidados, sintomas e dicas. Boa leitura!

Por que algumas pessoas têm alergia a insetos?

Você já se perguntou o porquê de algumas pessoas terem alergia a insetos? Esse é um fato curioso e acontece pelas diferenças de cada sistema imunológico — o seu organismo não age igual ao dos seus pais ou ao dos seus vizinhos, por exemplo. 

A picada e a ferroada carregam agentes estranhos para o nosso organismo, e alguns deles não fazem nada bem. Por isso, quando acontece esse contato com o nosso corpo, começam a surgir as reações alérgicas.

O sistema imunológico, ao identificar a presença desses agentes, ativa a histamina,  neurotransmissor responsável por enviar mensagens entre as células nervosas e o cérebro. 

Durante uma alergia, os mastócitos (células humanas) são liberados para combater o agente estranho e, nisso, é liberada a histamina de forma descontrolada. Esse neurotransmissor aumenta a circulação sanguínea e daí surgem coceiras, vermelhidão e inchaço. 

Nos casos mais leves, todas essas reações acontecem na pele, nos mais graves, isso pode ocorrer em outros órgãos.

Ser alérgico não significa que o seu sistema imunológico é fraco, isso é um mito! O que acontece é que o seu organismo está trabalhando com mais força para te proteger desses agentes. 

Tipos de reações

Como vimos, as reações alérgicas à picada de insetos podem acontecer de forma mais leve e mais agressiva, tudo vai depender de como o seu sistema imunológico vai reagir à presença do agente estranho. Vamos entender.

Reações locais

É o tipo de reação mais leve e, como o nome explica, acontece na região onde ocorreu a picada ou ferroada. É nesse mesmo local que vai surgir inchaço, vermelhidão, dor, coceira e incômodo. 

Reações sistêmicas

A reação sistêmica é aquela que todo o corpo pode ser afetado, por exemplo, com manchas espalhadas pela pele. Mas há casos em que os sintomas podem ser muito mais graves e afetar o sistema respiratório (tosse, coriza, dificuldades para respirar e garganta apertada) ou, então, gerar anafilaxia, que é o estado mais perigoso e pode levar à morte.

Sintomas

Os sinais mais típicos de alergia são os leves, ou seja, os que surgem nas reações locais. Confira!

• Coceira
• Dor
• Vermelhidão
• Inchaço
• Saída de líquido da região picada

Já os sintomas de casos mais graves, que são as reações sistêmicas, abarcam os seguintes aspectos:

• Dificuldade para respirar
• Taquicardia
• Inchaço no rosto, na boca ou nos olhos
• Tonturas
• Confusão mental
• Queda brusca da pressão arterial

Tudo isso pode acontecer em minutos, portanto, ao notar esses sinais, leve imediatamente a pessoa para o hospital.

Insetos para ficar atento

Alguns insetos podem ser mais perigosos do que outros quando pensamos em alergia. Enquanto há espécies que apenas provocam reações leves, há outras que podem levar o indivíduo à morte. 

Abelhas, vespas e formigas fazem parte desse grupo perigoso. O grande problema desses dois primeiros insetos é que eles nunca atacam sozinhos, sempre em enxame. Nesse caso, até as pessoas menos alérgicas podem se prejudicar, já que as múltiplas ferroadas são graves para qualquer um e podem, até mesmo, afetar órgãos, como o rim e o fígado. 

Já as formigas, mesmo que não ataquem em grupo, são igualmente perigosas. Pessoas menos alérgicas também podem, em algum grau, ser afetadas pela picada. Já as mais sensíveis podem, também, ter risco de morte. 

Vale, também, falar das picadas de pernilongos e das mordidas de pulgas que, apesar de não serem nocivas, causam bastante incômodo, dor e coceira.

Alergia à picada de inseto em bebê

No caso dos nenéns, eles podem ser muito mais afetados por picadas e mordidas. Em alguns casos, pode haver febre, inchaços maiores e, até mesmo, bolhas — esse último é preciso ter cuidado, pois pode gerar infecções. 

Alergia a insetos: o que fazer

Em casos mais leves e com reações locais, as compressas frias podem ajudar a diminuir os sintomas. O uso de antialérgicos e de pomadas próprias também são bem-vindos, mas apenas com indicação médica ou farmacêutica. 

Para situações graves, leve a pessoa o quanto antes para um serviço de emergência. Não tente fazer receitas caseiras, sobretudo se não forem recomendadas por um profissional. 

Após tudo ficar bem, marque uma consulta com o alergista, sobretudo se for a primeira vez que você passa pela situação. Esse é o médico responsável por investigar quais são os agentes que não fazem bem para você, além de indicar os medicamentos certos para a sua necessidade.

Como evitar insetos?

Outra forma de combater a alergia a insetos é evitando esses pequenos animais — o que nem sempre é possível, mas ainda assim é sempre importante proteger-se. 

A primeira dica é manter a casa limpa, isso vai afastar formigas, aranhas, ninhos e outros. Evite acumular itens em excesso, deixe a cozinha sempre higienizada, limpe bem áreas de serviço e guarde vedados objetos que não serão usados por um longo tempo. 

Fique atento à ração dos animais e à exposição de outros alimentos, que podem ser chamativos para insetos, como formigas e baratas. Mantenha sempre tudo bem guardado e fique de olho nos potinhos de comida dos pets, para identificar se há algum bichinho. 

Use telas de proteção em berços e janelas, para evitar a entrada de moscas, mosquitos e qualquer outro inseto voador. 

Fique atento aos pratos de vasos, para que a água não acumule. Além de atrair mosquitos, também são ambientes propícios para a proliferação do aedes aegypti.

O uso de repelentes, spray e eletrônicos desenvolvidos para manter os insetos afastados também são bons aliados. 

Por último, feche todas as janelas de casa antes do pôr do sol, para evitar que os pernilongos entrem. 

Evitar esses animais tão pequenos é bastante desafiador, afinal, eles conseguem passar despercebidos e fazer casinhas nos locais menos prováveis. Entretanto, especialmente para quem tem bebês em casa, os cuidados devem ser redobrados para manter os insetos longe. 

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