Coração Acelerou: Quando Se Preocupar com Taquicardia?
Tem muita gente que se assusta quando o coração acelera de forma repentina, é o que chamamos de taquicardia. Daí surge uma dúvida, quando a gente deve realmente se preocupar e ir ao médico? É disso que vamos falar agora com o cardiologista, Felipe Carrhá. Confira!
Tem muita gente que se assusta quando o coração acelera de forma repentina. É o que a gente chama de taquicardia. Daí surge uma dúvida: quando a gente deve realmente se preocupar e ir ao médico? É disso que o Sempre Bem vai falar agora com o cardiologista Felipe Carrhá.
O que é a taquicardia?
“Quando a contagem de batimentos dentro de um minuto está acima de 100. A gente considera a frequência cardíaca normal entre 50 e 100. Acima de 100 é taquicardia e abaixo de 50 é bradicardia”, explica o cardiologista.
Mas a pessoa sozinha consegue perceber?
Na maioria das vezes não! De acordo com o médico, em alguns casos as pessoas sentem palpitações ou “batedeira” no peito. São formas que o indivíduo tem de perceber que o coração está batendo um pouquinho mais rápido que o normal.
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Em que situação é normal ter a taquicardia?
- Quando você tem emoções fortes
- Medo
- Susto
- Exercícios físicos mais vigorosos
Essas são situações que você tem normalmente uma descarga de adrenalina e, portanto, tem uma ativação do sistema que acelera o batimento cardíaco.
Síndrome do Pânico também pode causar taquicardia?
“Durante o pânico, o indivíduo tem medo e pânico. Com isso, ele tem uma descarga de adrenalina que eventualmente vai acelerar o coração, vai dar sudorese e vai dar, às vezes, falta de ar e dormência (parestesia nas mãos). Então, isso pode acontecer em vigência de uma de uma Síndrome do Pânico e uma crise de pânico”, ressalta Felipe Carrhá.
Quando o coração acelera sem motivo aparente e sem uma reação que a gente consiga identificar. O que acontece e o que a gente deve fazer?
Quando a pessoa tem o sintoma e sabe que o coração está acelerado, “o ideal é procurar um pronto-socorro para fazer uma avaliação adequada daquela taquicardia, porque existem taquicardias que são benignas e taquicardias que são malignas”, pontua Felipe.
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As taquicardias sinusais, que ocorrem dentro do ritmo normal e que são originadas no sistema condutor normal do coração (nó sinusal) são benignas. Já as taquicardias malignas podem levar a consequências mais sérias.
É muito comum a pessoa ter taquicardia em vigência de dor, infarto e ataque do coração. Segundo o especialista, a taquicardia vai se manifestar como uma consequência de outra patologia que está acontecendo. Por isso, é importante procurar ajuda médica, fazer um eletrocardiograma e avaliar se a taquicardia é benigna ou não.
Pode acontecer o contrário e o coração bater mais lento? Isso pode ser preocupante?
“Existem situações em que o coração bate de forma mais devagar e que são perfeitamente normais, por exemplo, no sono. Nós baixamos a frequência cardíaca durante o sono sem que isso seja patológico. Outra situação comum são as pessoas que têm um condicionamento físico bom, que também frequência cardíaca mais baixa”, aborda o cardiologista.
Existem algumas substâncias que a gente ingere e que podem gerar uma taquicardia?
Segundo o médico, a taquicardia pode acontecer em vigência de substâncias estimulantes excessivas, por exemplo, café, energéticos e termogênicos, e bebida alcoólica quando consumida em excesso.
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Ou seja, essas substâncias devem ser consumidas de uma forma moderada e de preferência com acompanhamento de um profissional da saúde.
Além do coração acelerado, quais são os outros sintomas que podem vir junto com a taquicardia?
- Falta de ar
- Dor no peito
- Formigamento nas mãos
- Tontura
- Sensação de desmaio
- Turvação visual
- Suor frio
Eles são sintomas de alerta que devem fazer a pessoa procurar imediatamente ajuda médica.
Uma taquicardia pode levar à morte?
“Pode levar à morte especialmente se você já tiver uma condição e uma reserva do coração diminuído por algum problema prévio. Então, pacientes com insuficiência cardíaca ou com obstruções nas artérias do coração não toleram a taquicardia da mesma forma que uma pessoa saudável”, salienta Felipe.
Outra possibilidade são as taquicardias que são naturalmente malignas e que podem levar à morte por falta de oxigenação adequada. A taquicardia ventricular, por exemplo, é muito comum após um infarto do coração e pode levar ao óbito, porque o coração não bombeia o sangue adequadamente. Essa é uma taquicardia maligna, na maior parte das vezes, e precisa de atendimento médico urgente.
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Matéria originalmente veiculada no programa de 8 de dezembro de 2019.