Outubro Rosa: prevenção e conscientização do câncer de mama

O câncer de mama, segundo o Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA), é o tipo de câncer com maior incidência entre mulheres, sendo assim, atinge bastante a saúde feminina. Estima-se que, durante o ano de 2018, pelo menos 600 mil novos casos do câncer de mama tenham sido diagnosticados.

Quando consideramos estatísticas mundiais, os dados são mais alarmantes: a doença figura em 25% dos casos de câncer entre as mulheres. Portanto, todo ano, a campanha do Outubro Rosa é posta em prática, como uma forma de conscientizar as pessoas sobre a gravidade dessa doença.

História

O Outubro Rosa acontece no mundo inteiro e, junto com o Setembro Amarelo e o Novembro Azul, é um dos maiores movimentos internacionais de saúde da atualidade.

A campanha nasceu em alguns estados dos Estados Unidos, durante a década de 1990, e não demorou para que fosse reconhecida oficialmente pelo Congresso Americano. Depois disso, outubro foi reconhecido naquele país como o mês da prevenção contra o câncer de mama.

No Brasil, a campanha demorou um pouco mais para chegar. Apenas em 2008 várias cidades brasileiras se envolveram com o movimento, realizando projetos de conscientização sobre o câncer. Ao longo do tempo, o Outubro Rosa cresceu no Brasil e hoje acontece em praticamente todo o país.

Tipos de câncer de mama

Engana-se quem pensa que há apenas um tipo de tumor mamário, isso porque há diferentes doenças que podem ser configuradas como câncer de mama, sendo elas:

Carcinoma ductal in situ ou não invasivo

Esse tipo de câncer ocorre de forma não invasiva, ou seja, as células cancerígenas ainda não se apropriaram de toda a mama. Sendo assim, as chances de metástase são quase nulas e há altas chances de cura, por ser um estágio inicial do câncer. Entretanto, caso não tratado pode avançar rapidamente para quadros mais críticos.

Carcinoma ductal invasivo

Cerca de 70% dos casos de câncer de mama são do tipo invasivo. Esse câncer é caracterizado pelo atingimento das células cancerígenas ao tecido adiposo da mama, se disseminando de forma rápida. Caso não seja tratado de forma precoce, pode evoluir para ums metástase através da rede sanguínea.

Carcinoma lobular in situ

Esse câncer é caracterizado pela alocação das células cancerígenas nas glândulas produtoras de leite. Porém, pode ser ou não invasivo, quando não invasivo, como o próprio nome sugere, o câncer ainda não atingiu o tecido adjacente da mama, já no caso de ser invasivo ocorre o atingimento desse tecido.

Esse câncer é bastante difícil de identificar, já que os estágios iniciais não contam com sintomas muito aparentes.

Câncer de mama inflamatório

Sendo um tipo raro de câncer, responsável por aproximadamente de 1% de todos os casos, esse tipo é caracterizado pela obstrução dos nódulos linfáticos, impedindo que a drenagem mamária seja realizada de forma correta. Por ser bastante raro e não apresentar nódulos, o câncer de mama inflamatório tem um diagnóstico mais complicado e tratamento mais impreciso.

Prevenção

Segundo o INCA, 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com hábitos saudáveis. Esses hábitos podem ser aplicados na rotina e geralmente estão associados à prevenção de outras doenças também. O instituto elenca alguns, como:

• Prática regular de atividades físicas;
• Alimentação saudável;
• Consumo moderado ou inexistente de bebidas alcoólicas;
• Controle do peso corporal;
• Amamentação.
  

Um dos principais objetivos da campanha é promover a prevenção da doença, reduzindo assim os casos. Com essas atitudes, as chances de desenvolver o câncer diminuem bastante.

A importância da mamografia

O câncer de mama é o que mais atinge as mulheres de meia idade, sendo mais comum a partir dos 40 anos, geralmente é diagnosticado em estágios avançados. Por isso, é essencial que a importância do diagnóstico precoce, possível através de exames periódicos e de rotina, seja pautada.

O diagnóstico precoce é responsável pelo aumento de cerca de 90% das chances de cura, já que quando diagnosticada em estágios iniciais, é possível contar com um tratamento mais efetivo e um planejamento médico mais estruturado.

É importante ressaltar que o câncer de mama pode ser ou não hereditário, devendo assim todas as mulheres, com ou sem histórico familiar da doença, realizar os exames periodicamente a partir da recomendação médica.

Pode ser que, mulheres com predisposição para a doença tenham que realizar exames antes dos 40 anos, a fim de prevenção.

O autoexame

O autoexame da mama não é a análise definitiva para o diagnóstico do câncer de mama, mas a sua prática pode fazer a mulher a conhecer melhor o corpo e identificar deformidades na região mamária. Esse exame pode ser feito uma vez por mês, três a cinco dias após o surgimento da menstruação. Ele é feito da seguinte maneira:

1. Durante o banho, ensaboe as mãos e levante o braço esquerdo, pondo a mão atrás da cabeça;
2. Com a mão direita livre, junte os dedos e os deixe bem esticados. Apalpe o seio esquerdo em movimentos circulares e para cima e para baixo;
3. Pressione o mamilo, para verificar a saída de qualquer líquido estranho;
4. Repita o mesmo processo com o seio direito.

Outros sintomas

O diagnóstico precoce do câncer de mama é uma das principais metas da campanha que ocorre em outubro, portanto, atentar-se aos sinais e sintomas é de extrema importância. O nódulo no seio, que pode ser identificado na mamografia ou em casa, é apenas um dentre outros que também merecem certa atenção, como:

• Sensação de inflamação na região dos seios, como dores, calor e vermelhidão na região;
• Textura irregular na mama atingida;
• Deformações no formato e no tamanho do seio;
• Feridas e coceira;
• Secreção de sangue e/ou pus;
• Inchaço nas axilas.

Caso você identifique qualquer um destes sintomas, procure um médico e obtenha o diagnóstico da forma mais apropriada possível.

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