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O que é epilepsia: saiba tudo sobre o assunto

Você sabe o que é epilepsia? Clique no post para conhecer essa condição e ajudar a desestigmatizá-la com informações.


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Tempo estimado: 8 min

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O que é epilepsia: saiba tudo sobre o assunto

Você sabe o que é epilepsia? É muito comum que as pessoas relacionem a condição, automaticamente, à imagem de uma pessoa convulsionando — mas essa é só uma das formas de manifestação da doença que acomete cerca de 50 milhões de pessoas ao redor do mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Apesar de ser mais comum em crianças, a epilepsia pode afetar pessoas de qualquer idade e afetar bastante a vida do paciente. Como o preconceito e o estigma ao redor do problema também fazem parte das dificuldades que uma pessoa diagnosticada sofre, este post tem o objetivo de trazer mais conscientização sobre o tema. Siga na leitura!

O que é epilepsia

Nosso cérebro é formado por células nervosas chamadas de neurônios. Bilhões delas, que se organizam em grupos para cuidar de funções específicas em nosso corpo, como os movimentos, a cognição, os sentimentos, sentidos e assim por diante.

Para que os comandos e respostas dos neurônios cheguem a todas as partes do corpo, no entanto, eles precisam se comunicar entre si — e o fazem por meio de impulsos elétricos. É justamente uma “falha” neste processo que caracteriza a epilepsia.

As crises epiléticas são causadas por alterações temporárias na emissão de sinais elétricos no cérebro.

Segundo a Liga Brasileira de Epilepsia (LBE), durante uma crise epiléptica o cérebro está emitindo sinais elétricos incorretos, que podem tanto ficar restritos ao local como se espalhar pelo órgão. Essas alterações, no entanto, são temporárias e reversíveis e são consideradas relacionadas à epilepsia quando não estão associadas a febres, uso de drogas ou qualquer outro distúrbio metabólico (que, por sua vez, também podem causar as chamadas convulsões).

Causas da epilepsia

Em grande parte dos casos, as causas da epilepsia são desconhecidas. No entanto, são diversas as questões que podem dar origem a ela, incluindo histórico familiar.

A maior parte dos casos têm início na infância e podem estar relacionados com malformações, problemas no parto, traumas, tumores, infecções uterinas (causadas, por exemplo, pelo contágio da gestante por zika vírus ou toxoplasmose), infecções pós-natais e até mesmo doenças neurológicas genéticas que, por provocarem crises convulsivas recorrentes, se caracterizam como síndromes epilépticas.

No caso dos adultos e idosos, a epilepsia está mais comumente relacionada a traumas, tumores cerebrais, AVCs ou doenças degenerativas.

Como identificar uma crise epiléptica

Como as alterações que dão origem às crises podem acontecer em diferentes partes do cérebro, os sinais são bastante diversos por dependerem da área que foi afetada e é preciso ficar muito atento para reconhecê-los.

As crises que se restringem a apenas uma área do cérebro são chamadas de parciais e causam sintomas mais isolados, que podem ser desde distorções sensoriais (alterações no olfato, na visão ou na audição) até sensação de tontura, alucinações ou movimentos involuntários dos braços e pernas.

As crises que se expandem para todo o cérebro recebem o nome de generalizadas e podem levar até à perda momentânea de consciência. Enquanto crises não trazem sintomas motores e são chamadas de crise de ausência, nas quais o paciente se torna não responsivo por alguns segundos mesmo mantendo os olhos abertos, muitas outras se caracterizam por sinais como músculos que falham, espasmos, lentidão ou rigidez nos braços e pernas ou, a mais famosa, crise convulsiva.

Embora seja o mais conhecido entre os sintomas de epilepsia, as crises convulsivas configuram apenas um dos tipos de manifestação da doença.

Neste último caso, todo o corpo do paciente convulsiona e acontece a perda da consciência. Ela é considerada mais grave que as anteriores não por deixar consequências ao cérebro, mas porque o paciente perde totalmente o controle de seu corpo e de sua mente, o que pode gerar quedas que provoquem ferimentos perigosos.

É importante ainda saber que, em geral, uma crise dura de poucos segundos a dois minutos. Se passar de cinco minutos, o ideal é procurar um atendimento emergencial, para evitar danos às funções do cérebro.

Como agir diante da crise epiléptica de um paciente

É muito importante que as pessoas próximas a um paciente com epilepsia saibam como agir durante uma crise, para tornar a situação o mais segura e confortável possível. Talvez ainda mais importante, inclusive, seja saber o que não se deve fazer, já que alguns comportamentos baseados em mitos sobre a doença podem dificultar ainda mais a situação.

A primeira recomendação é: mantenha a calma. Sabemos o quanto pode ser difícil, principalmente para familiares que estão lidando com uma crise convulsiva pela primeira vez, mas é possível se acostumar um pouco mais com a situação. Estresse e alvoroço em torno do paciente não vão facilitar o momento.

Se a crise ocorrer em um lugar público, é ideal também acalmar as pessoas desconhecidas que estão em volta para evitar a aglomeração, a agitação e a interferência desnecessária (mesmo que com boas intenções).

A partir disso, faça o possível para que o paciente não caia, podendo se machucar gravemente. Ofereça suporte ao seu corpo e posicione-o delicadamente no chão, se possível colocando a cabeça dele sobre algo macio.

Ofereça suporte para o paciente para que ele não caia bruscamente no chão.

Lembramos que oferecer suporte é totalmente diferente de segurar a pessoa com o intuito de conter seus espasmos e movimentos! Deixe que eles aconteçam, apenas tire de perto qualquer objeto no qual ela possa se bater e se machucar e coloque-a, preferencialmente, de lado: dessa forma, o excesso de saliva sairá da boca, evitando engasgos e sufocamentos.

E falando em boca, é muito comum que as pessoas tenham medo que um paciente em crise epiléptica enrole sua língua, mas isso é um mito. Não coloque as mãos na boca do paciente para “esticar sua língua”, pois isso sim pode atrapalhar a entrada de ar e, além de tudo, trazer consequências como mordidas bruscas desintencionais.

Por fim, afrouxe as roupas do paciente para que ele fique o mais confortável e livre possível, permaneça ao seu lado até que a consciência retorne e monitore o tempo. Como já falamos acima, caso a crise passe de cinco minutos é necessário chamar um médico com urgência.

Como diagnosticar a epilepsia

A ocorrência das crises é um fator chave para o diagnóstico de epilepsia: ter duas crises (não relacionadas a febre, uso de drogas ou distúrbios metabólicos) em um intervalo maior que 24h é um forte indício.

Para além da análise dos relatos clínicos e do histórico familiar do paciente, o médico provavelmente requisitará exames complementares como o eletroencefalograma (que mapeia a atividade cerebral), a ressonância magnética e a tomografia ou até mesmo testes genéticos, no caso da busca pelo diagnóstico de uma síndrome neurológica.

O eletroencefalograma é um exame bastante utilizado para o diagnóstico de epilepsia.

Tratamentos para epilepsia

O objetivo do tratamento para a epilepsia é tornar as crises o menos frequentes possíveis e, até mesmo, vir a cessá-las. É comum que, após o protocolo medicamentoso, crianças diagnosticadas parem de apresentar episódios.

Para além dos medicamentos, talvez algumas adequações no estilo de vida sejam necessárias, a depender dos gatilhos das crises: existem pacientes, por exemplo, que têm dificuldade em lidar com muita estimulação visual, como luzes e cores fortes e, nesses casos, evitar a exposição desnecessária pode ajudar.

Existem, ainda, casos de epilepsia refratária, que resistem à abordagem medicamentosa. Para esses casos, o indicado pode ser cirurgia, estimulação do nervo vago ou mesmo a utilização de fármacos alternativos à base de canabidiol. O assunto infelizmente ainda é polêmico, já que o canabidiol é extraído da planta Cannabis Sativa (maconha) — mas esse é outro grande tabu que precisa ser deixado de lado para que a saúde e a qualidade de vida dos pacientes melhore.

O uso do composto é legalizado desde 2015 no tratamento de pessoas com epilepsia refratária e pesquisas de elevado rigor técnico comprovam seus efeitos extremamente positivos no controle das crises.

Pensar em medicamentos é pensar no AME, programa oferecido pela rede Pague Menos. O serviço oferece toda a estrutura e tecnologia necessária para armazenar e controlar medicamentos inovadores, mesmo para as áreas mais complexas da saúde. Para o caso da epilepsia, entre outros remédios, trabalhamos com o Canabidiol Prati-Donaduzzi, produzido a partir do princípio ativo puro, sem nenhuma outra substância encontrada na Cannabis Sativa, como o THC, responsável pelos efeitos psicoativos da planta.

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