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O que é meningite: conheça sintomas, causas e tratamentos

Clique no post para entender o que é meningite, quais são as causas dessa doença, os sintomas e como ela pode ser evitada.


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O que é meningite: conheça sintomas, causas e tratamentos

Uma coisa é certa: a pandemia de Covid-19 monopolizou todos os olhares e preocupações relacionadas à saúde pública nos últimos anos, mas isso não fez com que outros problemas desaparecessem. Em setembro de 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma estratégia global para lutar contra a meningite, uma doença que mata e debilita milhares de pessoas ao redor do mundo todos os anos.

O objetivo do plano é eliminar, até 2030, as epidemias locais de meningite bacteriana (forma mais letal da doença), reduzir o número de casos pela metade e o número de mortes em pelo menos 70%. Para entender a importância dessas ações, siga na leitura do texto para saber mais sobre o que é meningite, quais seus tipos, sintomas, tratamentos e, é claro, prevenção.

O que é meningite

Para entender o que é a meningite, é preciso saber, primeiro, o que são as meninges. Elas são três membranas (dura-máter, aracnóide e pia-máter) que envolvem o sistema nervoso central (composto pelo cérebro, o cerebelo, o tronco encefálico e a medula espinhal), tendo como as funções de protegê-lo contra eventuais choques mecânicos e regular a pressão intracraniana.

A meningite é uma infecção inflamatória nessas meninges, o que além de afetar toda essa região craniana, dificulta o transporte de oxigênio para as células do corpo. A doença pode atingir pessoas de todas as idades, mas é mais comum em crianças, devido a falhas no sistema imunológico.

A meningite é uma infecção que atinge as meninges, membranas protetoras do sistema nervoso central.

É preciso levar a meningite muito a sério, já que além de muito contagiosa ela progride muito rapidamente e, caso não seja tratada cedo, pode levar à morte ou a sequelas severas. O assunto havia reacendido no Brasil em 2019, pois no dia 1º de março daquele ano faleceu o menino Arthur, neto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com apenas 7 anos, vítima da doença — mas a pandemia acabou por tirá-lo do foco.

Tipos de meningite

A meningite pode ser causada por diferentes agentes infecciosos, sendo que alguns casos são potencialmente mais perigosos que outros. Conheça um pouco sobre cada um deles.

Meningite viral

Como o próprio nome deixa claro, a meningite viral é provocada por um vírus. Na maior parte dos casos, seu agente é o enterovírus, espécie que tende a se alocar no trato intestinal. Outros vírus, no entanto, como o vírus causador da herpes e o causador da catapora também podem provocar infecções na meninge.

Bastante infecciosa, a meningite viral pode ser transmitida por diversos meios, inclusive pelo ar e pelo contato com fluídos corporais, depende muito do vírus específico que irá causá-la. A maioria dos casos, no entanto, acaba sendo ocasionado pela transmissão do vírus (que já está dentro do corpo) por meio da corrente sanguínea até as meninges.

A boa notícia é que, em geral, os casos de meningite causados por vírus são menos graves e têm pouco potencial de gerar muitas complicações, quando comparados aos outros tipos.

Meningite bacteriana

Entenda a meningite bacteriana.

A meningite bacteriana é a forma mais grave da doença, pois tende a evoluir muito rapidamente e gerar graves complicações. São alguns tipos de bactérias que podem causar a doença, mas a mais comum é a conhecida como meningococo, o que faz com que a condição seja conhecida também como meningite meningocócica.

Sua transmissão se dá por meio de secreções respiratórias durante o contato direto com a pessoa infectada, embora seus agentes não sejam tão infecciosos quanto os vírus.

Meningite fúngica

Bastante rara, a meningite fúngica é causada por fungos do tipo Cryptococcuse coccidioides que chegam às meninges por meio da corrente sanguínea. Costuma acometer pessoas que possuem doenças crônicas ou outras condições debilitantes à imunidade, e ela merece atenção especial pois seus efeitos são muito semelhantes aos da meningite bacteriana.

Meningite eosinofílica

Também bastante raro, esse tipo de meningite é causado pelo parasita Angiostrongylus cantonensis, que pode infectar o ser humano por meio da ingestão de alimentos contaminados. A doença não é transmissível de uma pessoa para outra, e os sintomas dessa meningite, apesar de incômodos e semelhantes aos outros tipos, costumam desaparecer rapidamente.

Meningite tuberculosa

A meningite tuberculosa é uma complicação da tuberculose, que acontece quando a bactéria causadora (pertencente ao complexo Mycobacterium tuberculosis) sai do pulmão e se dissemina, por meio da corrente sanguínea, e consegue atingir os nervos cranianos.

Meningite traumática

Diferente das anteriores e, como o próprio nome sugere, essa meningite não é causada por um agente infeccioso e sim, cria uma inflamação decorrente de um traumatismo na região que acaba por afetar as meninges.

A meningite traumática não é causada por agentes infecciosos, e sim por traumatismos que podem gerar inflamações locais.

Sintomas

Os sintomas da meningite podem variar um pouco de acordo com o seu tipo, principalmente em relação ao grau.

No caso da meningite viral, é importante ter em mente que os primeiros sintomas são muito semelhantes aos de qualquer outra infecção por vírus, incluindo a gripe — e, com a evolução da doença, os sintomas mais clássicos começam a aparecer. São eles:

  • Dor de cabeça
  • Rigidez na nuca e no pescoço
  • Febre
  • Vômito
  • Confusão mental
  • Surdez

Possíveis sequelas da meningite

Quando não tratada rapidamente e da maneira adequada, a evolução da meningite (em especial, a bacteriana) pode causar algumas sequelas que prejudicam a qualidade de vida do indivíduo.

Quando a doença atinge crianças, adultos e adolescentes, as sequelas podem ser problemas de memória e concentração, paralisia de membros, incontinência urinária, perda da audição, perda da visão e até mesmo a necessidade da amputação de membros.

Nos casos em bebês, no entanto, ainda podem aparecer sequelas como a hidrocefalia, a paralisia cerebral e o atraso no desenvolvimento motor.

Como é feito o diagnóstico

A suspeita de meningite surge por meio do relato dos sintomas e da avaliação clínica do médico. A partir disso, ele certamente requisitará exames que comprovem ou descartem a existência da inflamação e dos agentes causadores no organismo.

Exames de sangue e de imagem podem ajudar a encontrar tanto o causador quanto os pontos de infecção no corpo, mas o mais específico é o exame de líquor, que consiste na extração do líquido existente nas meninges, por meio de punção lombar, para identificar corretamente o agente causador.

O exame de líquor é o mais indicado para identificar com precisão o agente causador da meningite.

Prevenção

Ajudar a combater a meningite significa levar a sério os métodos de prevenção. Felizmente, essa é uma doença para a qual existe vacina, e algumas delas estão no calendário de imunização do país e são disponibilizadas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A vacina Meningo C previne contra a meningite bacteriana causada especificamente pelo meningococo do tipo C, e ela é administrada pelo SUS para crianças, adolescentes e adultos imunossuprimidos.

A vacina Pneumo 10 protege contra a meningite bacteriana causada pela bactéria pneumococo e é administrada para crianças e adolescentes e adultos imunossuprimidos.

A vacina Pentavalente previne contra a meningite viral causada pelo vírus Haemophilus influenzae e é administrada em crianças e adolescentes e adultos com doenças crônicas ou imunossuprimidos.

A vacina BCG, por sua vez, previne contra a tuberculose e, consequentemente, contra a meningite tuberculosa. Ela é administrada em crianças, logo após o nascimento.

A vacina contra a meningite bacteriana causada por meningococos do tipo A é oferecida pelo SUS apenas em casos de surto da doença. Ela é oferecida também, no entanto, pela rede privada, e também oferece proteção contra os tipos B, C, Y e W. Se você já ouviu falar na famosa vacina ACWY, ela é uma combinação que previne contra diferentes bactérias causadoras da meningite e é aplicada na rede privada.

A vacina é o meio mais poderoso de proteção contra a meningite.

Para além das vacinas, no entanto, vale sempre tomar aqueles cuidados no dia a dia que servem, também, para prevenir diversas outras doenças, como se lembrar de higienizar sempre as mãos, não compartilhar itens pessoais como copos e escovas-de-dente com outras pessoas, evitar aglomerações em ambientes muito fechados e manter a imunidade em dia, alimentando-se bem e cuidando da saúde como um todo.

Tratamento

O tratamento contra a meningite depende, é claro, do tipo, mas de qualquer forma, é importante saber que não existe um medicamento específico que atue contra a doença: o que precisa ser feito é combater o agente infeccioso e reforçar a saúde do organismo como um todo, para que ele se recupere o mais rápido possível.

Enquanto a meningite viral tende a desaparecer sozinha após dias de cuidados como repouso, boa alimentação e bastante hidratação, a meningite bacteriana precisa da ação rápida de antibióticos e monitoramento constante. Como a doença tende a evoluir bastante rápido, o protocolo, em geral, é hospitalar — para que o paciente seja acompanhado de perto por uma equipe médica.

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