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Saúde emocional: como está a sua?

Quem cuida da mente, cuida da vida.


Atualizado em:

Tempo estimado: 3 min

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Saúde emocional: como está a sua?

O primeiro mês do ano é dedicado ao debate sobre a saúde mental. Como anda a sua saúde emocional?

Por Janaína Marques

O primeiro mês do ano marca a importância de se falar sobre a saúde mental por meio do Janeiro Branco. Para a médica psiquiatra, Andrea Pontes Lima, a campanha é relevante pois busca estratégias contra a estigmatização deste problema, visando uma maior aceitação da população e do próprio indivíduo em relação aos transtornos mentais. “É primordial compreender que o Janeiro Branco surgiu em um contexto de conscientização sobre a importância da saúde mental e seu papel como parte fundamental para o bem-estar físico e social”, afirma. Por isso, saiba mais sobre a saúde mental.

Doenças mais frequentes

“Transtornos de ansiedade (atingem cerca de 30% da população durante a vida) e os transtornos depressivos (cerca de 20%). Podem gerar diversos prejuízos como afastamentos do trabalho, absenteísmo e menor desempenho laboral, perda de funcionalidade, distanciamento social, perda de autonomia e dependência emocional de outros familiares, entre outros.”

Transtorno de ansiedade

“Possui sintomas como: preocupação antecipatória, dificuldade de relaxar, medo excessivo e irracional, alterações de sono, tensão muscular, alterações do apetite, irritabilidade, inquietação, sintomas físicos (palpitação, falta de ar, tontura, sensação de desmaio, sudorese). Algum grau de ansiedade é necessário e saudável. Entretanto, quando vários desses sintomas se manifestam de forma sustentada e simultânea, geram prejuízo, queda da funcionalidade e sofrimento em algumas ou várias áreas da vida. Por isso, torna-se necessário buscar atendimento psicológico ou médico para avaliação dessa condição.

Diagnóstico

“Para chegar a um diagnóstico, analisamos a história do paciente (muitas vezes contada também por familiares), e a observação do paciente em sua forma de falar, pensar e agir, guiam essa avaliação inicial e são os instrumentos mais importantes para a compreensão do estado do paciente e para o desenvolvimento do tratamento.”

Tenho os sintomas, e agora?

“Buscar atendimento com profissional da saúde mental (psiquiatra e/ou psicólogo). Entretanto, muitas vezes o atendimento inicial é realizado por um médico generalista (que não é especializado em saúde mental). Esse profissional deve reconhecer o diagnóstico e estabelecer as condutas inicias. Em casos mais graves, esses pacientes devem ser direcionados para os serviços especializados de saúde mental.”

Vencendo o estigma

“A pessoa com transtorno mental, que já é acometida com limitações e sofrimentos decorrentes do próprio transtorno, tem sua condição prejudicada por estigmas da sociedade e do próprio indivíduo (como medo, pena, tendência a isolamento, etc). Entretanto, quando a identificação de um transtorno mental ocorre de forma adequada, isso permite que seu portador tenha uma melhor compreensão do seu problema, o que favorece no desenvolvimento de estratégias para melhoria da funcionalidade e da autoestima, bem como na indicação de tratamento com medicamentos e/ou psicoterapia”.

Quando buscar ajuda?

“De uma forma geral, se houver sofrimento emocional, mudanças de comportamento, perda de funcionalidade social e no trabalho, prejuízo da qualidade de relações interpessoais, temos indícios da existência de transtornos mentais. É importante ressaltar que os transtornos mentais variam em intensidade e manifestações clínicas e que os perfis desses pacientes são bastante heterogêneos. Contudo, tratamentos com o psiquiatra e/ou psicólogo trazem benefícios.”

Prevenção

“Especialmente buscar o equilíbrio nas diversas áreas da vida (saúde, relações sociais e afetivas, trabalho, espiritualidade, realizações pessoais, lazer etc). Medidas para a manutenção do bem-estar como evitar o estresse prolongado, atividade física regular, meditação, alimentação saudável, terapia, sono adequado atuam na prevenção dos transtornos mentais. Outro aspecto primordial é a identificação precoce desses transtornos. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, melhores serão os resultados.”

Fonte: Andrea Pontes Lima, médica psiquiatra.