Na última semana, uma doença que não registrava óbitos desde 1997 voltou a preocupar. O sarampo, que é altamente contagioso, foi responsável pela morte de um adulto e dois bebês no estado de São Paulo. Os bebês tiveram pneumonia, complicação comum do sarampo.
A situação é bem diferente de 2016, quando o Brasil chegou a receber certificação da Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS pela eliminação da doença. Naquele ano, o país foi considerado a primeira zona livre da doença em todo o mundo.
De acordo com informações do G1, este ano, somente em São Paulo, são quase 2.500 casos confirmados de sarampo. O último balanço nacional do Ministério da Saúde, feito de 19 de maio a 10 de agosto, aponta que 99% dos casos confirmados da doença foram no estado paulista.
O Sempre Bem traz informações que podem ajudar a manter o sarampo longe da sua família.
O que é o sarampo?
O sarampo é uma doença infecciosa grave que pode até ser fatal. Ele é causado por um vírus, mas é possível evitá-lo com uma medida simples: a vacina. Sua transmissão ocorre quando a pessoa infectada fala, tosse, espirra ou respira próximo de outras pessoas.
O sarampo pode ser transmitido entre quatro dias antes e quatro dias depois do aparecimento das manchas vermelhas pelo corpo. A doença é tão contagiosa que uma única pessoa infectada pode irradiá-la para 90% das pessoas próximas que não estejam imunizadas.
Sintomas
Os principais sinais do sarampo são febre alta acompanhada de tosse, irritação nos olhos, mal-estar intenso e manchas vermelhas, que podem ocorrer após 3 ou 5 dias dos primeiros sintomas. Quando a febre persiste depois que as manchas aparecem, é bom ficar alerta, pois ela pode ser um indicativo de gravidade, especialmente em crianças com menos de 5 anos.
- Veja também este vídeo em que especialistas falam da importância da (Imunização)
Complicações do sarampo
O sarampo pode causar algumas complicações, desencadeando outras doenças que podem levar à morte. A depender da fase da vida, esses problemas se manifestam de formas distintas. As informações a seguir são do Ministério da Saúde.
Crianças
- Pneumonia - A cada 20 crianças com a doença, cerca de 1 pode apresentar pneumonia, causa mais comum de morte por sarampo em crianças pequenas.
- Otite média aguda (infecção no ouvido) - De 10 crianças com sarampo, cerca de 1 pode ter perda auditiva permanente.
- Encefalite aguda - 1 em cada 1.000 crianças pode desenvolver essa complicação e 10% destas podem morrer.
- Morte - A cada 1.000 crianças doentes, cerca de 1 a 3 podem morrer por causa de complicações.
Adultos
- Pneumonia.
Gestantes
- Pode ocorrer parto prematuro e o bebê pode nascer com baixo peso quando a doença afeta mulher em idade fértil (10 a 49 anos) não vacinada antes da gravidez.
Vacina contra o sarampo
A principal forma de prevenção do sarampo é por meio da vacinação. Os critérios de indicação da vacina analisam aspectos como idade, características clínicas da doença, ocorrência anterior da doença durante a vida, ocorrência de surtos, além de outros aspectos epidemiológicos.
Nesse período de surto, o Ministério da Saúde está mandando doses extras da vacina para diversos municípios do Brasil. A recomendação do MS é que crianças de 6 a 11 meses devem tomar a vacina, a chamada “dose zero”. Os responsáveis só precisam procurar os postos de saúde com o cartão de vacinação dos pequenos.
Quando se vacinar?
- Dose zero: devido ao aumento de casos de sarampo em alguns estados, todas as crianças de 6 meses a menores de 1 ano devem ser vacinadas (dose extra).
- Primeira dose: crianças que completarem 12 meses (1 ano).
- Segunda dose: aos 15 meses de idade, última dose por toda a vida.
Casos especiais
Tomou apenas uma dose até os 29 anos de idade:
- Quem faz parte dessa faixa etária e recebeu apenas uma dose, recomenda-se completar a imunização com a segunda dose da vacina.
Não tomou nenhuma dose, perdeu o cartão ou não lembra?
- De 1 a 29 anos - São necessárias duas doses.
- De 30 a 49 anos - Apenas uma dose.
Gravidez
Durante a gestação, a vacina é contraindicada, pois a imunidade da mulher tende a diminuir nesse período. Como o sistema imunológico fica mais vulnerável e a vacina é produzida com o vírus vivo do sarampo (apesar de atenuado), a gestante pode desenvolver a doença ou complicações.
O ideal é que a mulher tome todas as doses da vacina antes de engravidar, e prossiga com toda a rotina prevista no Calendário Nacional de Vacinação atualizada, para se proteger e manter a saúde do bebê.
Tipos de vacina
A vacina que previne o sarampo está disponível em diferentes apresentações. Todas atuam na prevenção da doença, mas é o profissional de saúde que deve aplicar a mais adequada para cada pessoa, levando em consideração a idade, situação epidemiológica, entre outros fatores. Conheça os tipos de vacina:
- Dupla viral - Defende o organismo dos vírus do sarampo e da rubéola; e pode ser utilizada em situação de surto para o bloqueio vacinal.
- Tríplice viral - Imuniza contra os vírus do sarampo, da caxumba e da rubéola.
- Tetra viral - Protege dos vírus que causam sarampo, caxumba, rubéola e varicela, também conhecida como catapora.
Tratamento
Como não existe um tratamento específico para o sarampo, os remédios recomendados são para diminuir o desconforto causado pelos sintomas da doença. Ainda assim, qualquer medicamento deve ser administrado por orientação médica. A automedicação é perigosa e deve ser evitada!
Caso apresente algum dos sintomas do sarampo, procure o serviço de saúde mais próximo e siga à risca a recomendação médica.
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Fonte: Ministério da Saúde | G1 | El País