AH, essa dor que não para! De acordo com a Sociedade Internacional de Cefaleia, existem mais de 200 tipos de cefaleias em várias regiões da cabeça e com diferentes causas. Entre as principais estão a cefaleia tensional, que pode ocorrer por má postura, estresse, ansiedade ou má posição durante o sono, e a dor de cabeça por sinusite, dor que, na maioria dos casos, piora quando a pessoa abaixa a cabeça ou se deita.
Alguns tipos de dor de cabeça podem ainda aparecer acompanhados por outros sintomas. Entre os mais de 200 tipos de cefaleias identificados, a enxaqueca é um deles. Geralmente acontece como uma dor latejante só em um lado da cabeça, mas também pode acontecer nos dois lados. A enxaqueca merece uma atenção especial!
ENXAQUECA ATINGE MAIS DE 30 MILHÕES DE PESSOAS NO BRASIL
Episódios de dores de cabeça fortes, na fase adulta, são mais frequentes nas mulheres. Mudar o estilo vida e adquirir hábitos saudáveis podem diminuir os efeitos da enxaqueca.
Para a designer gráfica Alice Penaforte, as dores fortes que tanto incomodavam foram diagnosticadas como enxaqueca. “Crises fortes que vinham semanalmente e às vezes diariamente. As crises não passavam com analgésicos comuns e muitas vezes vinham acompanhadas de náuseas e de uma alteração visual”, relata ela.
15% DOS BRASILEIROS TÊM ENXAQUECA
A enxaqueca é um grande incômodo na vida de quem enfrenta o problema. A Alice já sofre com a doença há três anos e sabe bem como ela impacta no dia a dia.
“Como trabalho no computador o dia inteiro com criação e preciso de muita concentração, então minha produtividade caía demais. O barulho e a claridade são insuportáveis para quem está na crise. Até a altura da voz de uma pessoa incomoda. Você acaba se tornando uma pessoa irritada”, desabafa a designer.
APROXIMADAMENTE 3% DE QUEM TEM ENXAQUECA APRESENTA SINTOMAS DIÁRIOS
Vale esclarecer que a enxaqueca é uma doença biológica, genética e hereditária. “Costumo dizer que só tem enxaqueca quem pode, não é quem quer, não, ou seja, só tem enxaqueca quem tem o defeito genético e um cérebro predisposto. Na grande maioria das vezes, as chamadas crises de enxaqueca não dependem de comida, bebida, estresse, hormônios, menstruação etc.”, declara o neurologista João José Carvalho.
De acordo com o Ministério da Saúde, a enxaqueca atinge, em média, 15% dos brasileiros, o que representa aproximadamente 31 milhões de pessoas. Nas crianças, de 3% a 10% também têm a doença. Depois da puberdade, o índice é maior entre as meninas. Na fase adulta, a enxaqueca chega a até 25% das mulheres, mais do que o dobro quando comparado aos homens.
O MAIOR ÍNDICE DA DOENÇA AFETA PESSOAS ENTRE 25 E 45 ANOS
A enxaqueca não tem cura, portanto, deve-se procurar um médico para indicar o melhor tratamento.
"Para os períodos de crise, prescrevemos medicações para o controle da dor e dos sintomas associados. Analgésicos comuns (dipirona, paracetamol etc.), anti-inflamatórios (cetoprofeno, naproxeno sódico etc.) e os chamados triptanos (sumatriptano, naratriptano, zolmitriptano e rizatriptano) são as medicações mais utilizadas", destaca o especialista.
PRINCIPAIS SINTOMAS
Dor em apenas um lado da cabeça
Dor latejante de intensidade moderada a forte
Piora da dor com esforço físico
Dor seguida de enjoo e/ou vômito
Dor seguida de intolerância à luz e barulho
DICAS PARA DIMINUIR O PROBLEMA
Tente desestressar
Pratique atividade física
Durma bem
Faça compressa de gelo
*Este artigo encontra-se originalmente publicado na edição 32 da revista Pague Menos Sempre Bem, que tem a Claudia Leitte na capa.