Conscientização da Obesidade infantil
Obesidade não tem cura e sim, tratamento
Atualizado em:
Por: Criz Campos
Uma besteirinha aqui, um pouco de comida a mais ali, um refrigerante com aquele lanche nada saudável, guloseimas de vez em sempre, com a promessa do "é só hoje" ... e de repente, o diagnóstico: obesidade.
A obesidade é uma doença perigosa e que merece bastante atenção.
Cada vez mais o número de crianças e adolescentes com obesidade, chama atenção
De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, a cada três crianças e adolescentes, uma está acima do peso
É preciso muita atenção com as gordurinhas que muitas vezes são motivo de alegria entre a própria família, porque uma criança obesa, se não bem cuidada, pode se tornar um adulto obeso e sofrer várias consequências.
Principais consequências da obesidade:
- Doenças cardiovasculares
- Pressão alta
- Diabetes
- Depressão
- Artrose
- Câncer
- Gordura no sangue
- doença de vesícula biliar
- Ansiedade
- Apnéia do sono
A obesidade aumenta também o risco de bullying, isolamento social, baixa autoestima e até suicídio, completa a endocrinologista Monica Reis Palmanhani.
De acordo com a UNICEF, desde o ano 2000, a proporção de crianças obesas no mundo, dobrou. Já no Brasil, estudos apontam um crescimento de mais de quatro vezes, há trinta e dois anos, entre crianças de 5 à 9 anos de idade
É importante um olhar atento dos pais. "Quando a criança passa a adotar hábitos alimentares ruins ou sedentários, é importante procurar um médico. A percepção exclusivamente dos pais em acharem que seus filhos estão ou não acima do peso muitas vezes não é suficiente", destaca a médica.
Sobrepeso ou obesidade?
Nos adultos, o método mais usado é o cálculo do IMC (Índice de Massa Corpórea), em que o IMC acima de 25, indica sobrepeso e acima de 30, obesidade.
Para menores de 18 anos, depois do cálculo do IMC, os valores devem ser avaliados em um gráfico, de acordo com a idade e o sexo. Apenas um médico é capaz de determinar se uma criança ou adolescente está com sobrepeso ou obesidade. Por isso é importante uma visita regualar ao especialista.
Fatores de risco para a obesidade:
- Dieta rica em gordura
- Alimentos industrializado
- Sedentarismo
- Estresse
- Histórico familiar de obesidade
- Doenças Hormonais
- Medicamentos com corticoides
"Além disso, filhos de mães com diabetes, interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo e crianças prematuras são também fatores de risco para obesidade", completa a endocrinologista
Obesidade X Pandemia
O isolamento social, por causa da pandemia do coronavírus, acabou diminuindo o ritmo das atividades do dia-a-dia e contribuindo com o sedentarismo. Com as crianças mais em casa, alguns hábitos como comer com mais constância e ficar mais tempo sentado foram intensificados, mas é preciso não deixar isso cair na rotina. Mesmo em tempos de pandemia é preciso ter uma rotina de vida saudável e, para isso, o apoio da família é fundamental.
Prevenindo a obesidade infantil
- Prática de exercícios físicos
- Alimentação saudável
- Redução do tempo de tela
(troque o celular por brincadeiras que estimulem o movimento)
Engajamento familiar
Para um resultado eficiente, é preciso o engajamento da família. Sabe aquele ditado 'o exemplo deve vir de casa'? É exatamente isso. Para melhorar a saúde das crianças, os pais e familiares devem dar o exemplo e de quebra, além da melhora na saúde das crianças, todos saem ganhando.
"É importante que o tratamento comece o quanto antes e na dúvida se seu filho está acima do peso, converse com o médico que poderá ajudar no diagnóstico e indicar o melhor tratamento", pontua a Dra. Monica
Fonte: Dra Monica Reis Palmanhani, endocrinologista.