Conheça o ECMO, tratamento usado contra COVID-19

Por: Ladinne Campi

Nos últimos o 40 dias, o Brasil vem acompanhando o drama vivido pelo ator Paulo Gustavo em decorrência da Covid-19. Desde sua internação, muitas foram as notícias a cerca do quadro clínico que, atualmente, envolve estado crítico e internação na UTI.

Nas redes sociais, seu marido, Thales Bretas, explicou que o motivo da entubação do ator se deu pela dificuldade de respirar. Desde então, o protocolo de tratamento de Paulo Gustavo envolve a terapia por ECMO (Oxigenação por Membrana Extracospórea).

O QUE É ECMO?

Trata-se de um pulmão e um coração artificiais que, através de tubos fora do corpo, são utilizados com o intuito de poupar os órgãos do paciente. Estima-se que, na luta contra a Covid-19, já foram realizadas mais de 2 mil ECMOS em todo o mundo, sendo que 55% dos casos resultaram na completa recuperação. O ECMO pode ser benéfico em casos de:

* Insuficiência respiratória hipoxêmica;

* Insuficiência respiratória hipercápnica;

* Choque cardiogênico;

* Parada cardíaca.

É importante pontuar que o ECMO não trata a doença e nem os danos. Na verdade, ele atua como um repouso para o pulmão. A técnica envolve o suporte de uma equipe multidisciplinar composta por perfusionistas, fisioterapeutas, enfermeiros, técnico de enfermagem além de, claro, médicos de diversas especialidades.

O ECMO não é indicado para pacientes muito idosos, uma vez que seus efeitos colaterais podem ser maiores do que os benefícios. Os riscos envolvem desde sangramento durante a manutenção da ECMO à trombose no sangue e infecção.

Por ser uma alternativa custosa e inacessível à maioria da população, especialistas ressaltam que o mais importante é contar com CTIs (Centros de Terapias Intensivas) equipadas e profissionais treinados nos hospitais.

Segundo a assessoria de imprensa de Paulo Gustavo, o ator vem apresentando, pouco a pouco, evolução em seu quadro, mostrando-se consciente, respondendo a pequenos estímulos e recuperando as funções pulmonares. Apesar da situação ainda ser considerada grave, ele encontra-se estável.

A Covid-19 ataca o pulmão, iniciando uma grave inflamação capaz de afetar os alvéolos, responsáveis pela troca gasosa. Como estratégia de defesa, o organismo enche os alvéolos com líquido, comprometendo a troca gasosa e minimizando o recebimento de oxigênio no sangue. Além disso, o gás carbônico, considerado tóxico, não consegue ser eliminado, causando falta de ar. A inflamação também favorece a entrada de bactérias no pulmão, levando a quadros de pneumonia.

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