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Quais são os métodos contraceptivos: conheça e entenda

O uso de métodos anticoncepcionais foi uma conquista importante para a liberdade sexual feminina, já que permite evitar gestações indesejadas e confere mais autonomia em relação ao próprio corpo.

Embora algumas maneiras sejam mais conhecidas, há vários modos que podem ser empenhados para essa função. Você deve estar se perguntando, então: “E quais são os métodos contraceptivos?”.

Por isso, elencamos neste conteúdo os tipos de dispositivos que buscam impedir a fecundação e explicamos como eles funcionam. Siga na leitura e confira cada um deles!

Tipos de métodos contraceptivos

De maneira geral, os métodos contraceptivos podem ser divididos em dois tipos. Os reversíveis são aqueles em que é possível retomar a fertilidade após a suspensão do uso, como os comportamentais e de barreira.

Já os definitivos são os capazes de promover a esterilidade, isto é, a impossibilidade de reprodução, seja do homem ou da mulher, e envolvem a realização de cirurgias.

Além dessas categorias citadas acima, os métodos podem ser classificados conforme a maneira como atuam. Eles podem ser comportamentais, de barreira, hormonais, intrauterinos e cirúrgicos. A seguir, explicaremos o funcionamento de cada um deles!

Métodos contraceptivos comportamentais

Os métodos contraceptivos comportamentais se baseiam na observação dos sinais do corpo feminino durante o ciclo menstrual. Por isso, envolvem a abstinência sexual durante alguns períodos.

Os métodos comportamentais consistem em praticar a abstinência sexual em determinados períodos, a partir da observação do ciclo menstrual e de sinais do corpo.

São táticas que não têm custo e nem efeitos colaterais. No entanto, apresentam altas taxas de falhas, não levam em conta as irregularidades que podem ocorrer com o ciclo menstrual e não protegem contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

A tabelinha, também chamada de Ogino-Knaus ou método rítmico, é um dos métodos comportamentais. Ela consiste no monitoramento e registro do ciclo menstrual, para o cálculo do período fértil. Assim, a mulher pode evitar as relações sexuais durante esses dias para prevenir a gravidez.

Outra possibilidade é a observação do aspecto do muco cervical, fluido produzido pelo colo do útero e um dos principais componentes do corrimento vaginal. Durante a ovulação, essa secreção, que costuma ser espessa e turva, fica mais clara e escorregadia, como a clara de ovo, facilitando o deslocamento dos espermatozoides. A ideia é não manter relações nos dias em que o muco está com essa aparência.

O método da temperatura basal se fundamenta nas alterações da temperatura corporal feminina ocorridas após a ovulação, geralmente um aumento de 0,3 a 0,8°C. Para termos de comparação, é preciso, então, monitorar a temperatura diariamente em repouso, para notar o acréscimo.

O monitoramento da temperatura corporal é uma das possibilidades de utilizar aspectos do ciclo menstrual para tentar evitar a gravidez.

Outra prática muito conhecida, que também figura como método contraceptivo comportamental, é o coito interrompido. Ele é baseado na retirada do pênis da vagina antes da ejaculação. Um ponto que deve ser ressaltado, e contribui para o índice considerável de falhas desse modo, é que o fluido seminal também pode contar com espermatozoides.

Além disso, por vezes, não é possível ter certeza que não houve nem um pouco de ejaculação dentro da vagina, já que o controle do momento de liberação do esperma pode ser dificultoso e impreciso.

Métodos contraceptivos de barreira

Os métodos contraceptivos de barreira buscam impedir a fecundação por meio da obstrução física ou química, impossibilitando a entrada dos espermatozoides no canal cervical. As taxas de eficiência dependem do método específico utilizado — e se é associado a algum outro —, mas de modo geral são bem mais altas que as dos comportamentais.

O principal dispositivo de barreira é o preservativo, que pode ser tanto masculino como feminino. Além de não contar com efeitos sistêmicos, o método protege contra as ISTs e contribui para a prevenção do câncer de colo de útero.

Os cuidados que devem ser tomados são em relação ao armazenamento dos preservativos, à atenção ao seu prazo de validade, ao tipo de lubrificante que será utilizado — no caso de itens feitos de látex, é preciso que sejam à base de água —, à adequação do tamanho, às instruções de colocação e a não utilização simultânea de preventivos, já que assim pode haver o rompimento.

O preservativo, também chamado de camisinha, é um dos métodos contraceptivos mais difundidos.

Outro método de barreira é o diafragma, disco flexível que deve ser acondicionado na vagina, cobrindo o colo uterino, para impedir a chegada dos espermatozoides ao útero. É recomendado o uso do dispositivo em associação com espermicidas. O diafragma pode durar até 3 anos, se utilizado e preservado de maneira correta, mas deve ser substituído sempre que apresentar defeitos. Esse não é um método que previne ISTs.

Já mencionados, os espermicidas também são um método contraceptivo de barreira. Esses produtos químicos são compostos por substâncias capazes de imobilizar ou destruir os espermatozoides. Eles podem ser encontrados sob forma de cremes, géis, espumas, películas e supositórios e devem ser inseridos no fundo da vagina, perto do colo do útero.

É importante ressaltar que não é recomendada sua utilização de modo isolado, já que sua eficácia individual é baixa. Geralmente o uso é associado com o preservativo ou com o diafragma. Espermicidas também não funcionam como proteção contra ISTs.

• Veja também: Idade reprodutiva do homem e da mulher

Métodos contraceptivos hormonais

E o que são os contraceptivos hormonais? Esse tipo de método de anticoncepção tem como base a forma sintética de hormônios, normalmente estrogênio e/ou progesterona, e atua inibindo a ovulação ou causando o espessamento do muco cervical, impedindo que os espermatozoides cheguem ao colo do útero.

São métodos bem difundidos e altamente eficazes, se utilizados da maneira correta e indicada. No entanto, é preciso lembrar que eles não previnem as ISTs.

O principal deles é a pílula anticoncepcional, que impede a liberação de óvulos pelos ovários, fazendo com que a mulher deixe de passar pelo período fértil. O tratamento é feito de forma contínua e os comprimidos devem ser ingeridos todos os dias e nos mesmos horários para manter a eficácia, exigindo muita atenção e compromisso.

A pílula anticoncepcional é o principal método contraceptivo hormonal.

Entre as vantagens desse método, destacam-se a melhora da pele, a diminuição dos sintomas da síndrome pré-menstrual e a regulação do ciclo. Algumas das desvantagens são as alterações na coagulação do sangue, a possível retenção de líquido, além da probabilidade de diminuição da libido.

Outra possibilidade de contraceptivo hormonal é a injeção anticoncepcional. Existem aplicações com frequência mensal, mais comuns, e outras que são trimestrais. É uma opção com altos índices de eficácia e que funciona bem para quem não gosta de tomar a pílula diariamente.

O adesivo anticoncepcional também é um método contraceptivo hormonal. O item é aplicado diretamente na pele e libera os hormônios que inibem a liberação do óvulo, engrossam o muco cervical e deixam o endométrio impróprio para a fixação de embriões.

O primeiro adesivo deve ser colado no primeiro dia da menstruação e os demais de acordo com a recomendação da bula e/ou do médico ginecologista, respeitando as devidas pausas.

Um outro contraceptivo hormonal é o anel vaginal, considerado um dos métodos mais eficazes. O item é feito de silicone flexível e ao ser inserido na vagina libera os hormônios que impedem a ovulação. O dispositivo deve permanecer dentro do corpo durante 21 dias e o novo ciclo deve ser iniciado conforme a orientação médica ou da bula.

Embora pouco conhecido, o anel vaginal é um dos métodos contraceptivos mais eficazes.

O implante contraceptivo também é uma possibilidade de método de contracepção hormonal. Embora não seja tão popular no Brasil, o procedimento tem uma taxa de eficácia alta e pode garantir até três anos sem preocupações em relação à gravidez. O dispositivo tem um aspecto semelhante a um palito de fósforo e é implantado sob a pele com anestesia local.

Há ainda a pílula contraceptiva de emergência, mais conhecida como pílula do dia seguinte. Esse tipo de dispositivo de anticoncepção deve ser utilizado somente em último caso, quando houver uma relação sexual desprotegida.

O ideal é que a medicação seja tomada o quanto antes, mas é possível ingeri-la em até 72h. O único problema é que a eficácia vai diminuindo com o passar do tempo. Atualmente, a versão mais comum é a com dose única, mas também há contraceptivos de emergência sob forma de dois comprimidos.

Esse medicamento bloqueia a ovulação, caso a mulher ainda não tenha ovulado; impede a formação do endométrio gravídico e causa alterações no útero para que o espermatozoide não consiga adentrar ao óvulo. Sendo assim, se a fecundação já tiver ocorrido, ele não tem efeito.

É importante lembrar que há inúmeros modos de evitar a gravidez, como os já elencados, e a pílula do dia seguinte não é um método que deve ser utilizado de forma recorrente.

A pílula do dia seguinte deve ser utilizada apenas em emergências.

Métodos contraceptivos intrauterinos

Como o próprio nome já diz, os métodos intrauterinos são os que são alocados dentro do útero. Eles são conhecidos por sua alta eficácia e por ter uma duração prolongada. Existem dois tipos de Dispositivo Intrauterino (DIU): hormonais e não hormonais.

Os DIUs não hormonais são normalmente feitos de cobre, mas há também versões de prata com cobre. Seu funcionamento se baseia na alteração do muco cervical e na diminuição da mobilidade dos espermatozoides, impedindo a fecundação. Sendo assim, não há mudanças na ovulação. Dependendo do modelo utilizado, o DIU não hormonal pode permanecer no útero por até 10 anos.

Os DIUs hormonais, por sua vez, também impedem a passagem dos espermatozoides, mas têm uma média de duração de 5 anos. A diferença de funcionamento é que eles liberam doses contínuas de progesterona, impedindo a fixação do óvulo, por conta do afinamento do endométrio, e tornando o muco cervical mais espesso. Esse tipo de dispositivo pode causar alterações no ciclo menstrual.

A inserção de ambos é realizada por médicos ginecologistas e pode ser realizada tanto no consultório como no centro cirúrgico. A recomendação é que o procedimento ocorra durante o período de menstruação. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, os DIUs podem ser utilizados por mulheres que nunca engravidaram.

• Recomendado para você: Entenda a diferença entre os tipos de DIU

Tanto o DIU de cobre como sua versão hormonal duram por vários anos.

Métodos contraceptivos cirúrgicos

Os métodos contraceptivos cirúrgicos são também chamados de definitivos ou permanentes e podem ser realizados em homens e mulheres. Eles impedem de forma definitiva o contato entre os espermatozoides e o óvulo.

Os índices de eficácia das cirurgias são bem altos, mas há uma indicação de reflexão a respeito de sua realização, já que as chances de fecundação após os procedimentos são baixas, mesmo realizando reversões.

A cirurgia feminina é chamada de laqueadura e consiste na interrupção das tubas uterinas, cortando-as e/ou amarrando-as. Assim, os espermatozoides deixam de conseguir passar por elas. A intervenção é simples e pode ser realizada por via abdominal ou vaginal.

Já a cirurgia masculina é conhecida como vasectomia e se baseia no corte e retirada de um pedaço de cada um dos dois canais que levam os espermatozoides dos testículos até o pênis. É um procedimento descomplicado, que pode ser realizado, inclusive, no próprio consultório médico.

Os métodos cirúrgicos promovem a esterilização dos indivíduos.

Ambas as intervenções são ofertadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pois contribuem para o planejamento familiar. As condições de realização são ter mais de 25 anos ou, pelo menos, dois filhos vivos; o respeito ao prazo de 60 dias entre a manifestação de vontade e o ato cirúrgico; e a declaração por escrito do desejo de realização.

No entanto, caso a pessoa seja casada, faz-se necessária também a demonstração expressa de consentimento pelo cônjuge.

A cirurgia de laqueadura pode ser solicitada ainda por mulheres por conta dos riscos à vida e/ou à saúde próprios ou do futuro concepto caso engravidem, necessitando apenas do atestado de dois médicos.

Como escolher o adequado para você?

A melhor maneira de escolher um método contraceptivo é realizando uma consulta ginecológica. Cada organismo possui particularidades e cada mulher sabe quais são seus incômodos ou desejos em relação aos anticoncepcionais.

Com a avaliação médica, é possível saber quais são as opções mais seguras para você e que se adequam às suas necessidades.

Os métodos contraceptivos foram uma enorme conquista para as mulheres e possibilitam evitar a gravidez, contribuindo para a autonomia e para o planejamento familiar. Conhecer os tipos e saber como eles atuam é uma ótima maneira de buscar o modo que vai de encontro aos seus anseios.

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