Saúde dos ossos: dicas para preservá-la

O que você anda fazendo pelos seus ossos? Parte importantíssima do nosso corpo, os ossos se formam ainda no útero materno e passam por diversas transformações ao longo de toda a vida: da infância até a melhor idade.

Cuidar da saúde dos ossos é extremamente importante para garantir qualidade de vida e mobilidade com o avançar da idade. Esse texto explica como se dão os processos de renovação óssea, quais são as principais doenças que podem acometer esses órgãos e, é claro, dicas para mantê-los saudáveis. Siga na leitura!

Remodelação óssea: entenda

Assim como todas as outras estruturas do corpo, os ossos estão sempre se renovando. A todo o momento células estão morrendo para que outras, novas, ocupem seu lugar. As que participam do processo de renovação óssea são os osteoclastos e os osteoblastos, cada um com suas funções.

Os osteoclastos são responsáveis por absorver os sais minerais e eliminar partes do tecido ósseo velho. Dessa forma, criam-se pequenos buracos que devem, então, ser preenchidos por tecido novo — e aí entram os osteoblastos, que os preenchem com o cálcio absorvido pelo organismo.

Os ossos estão em constante renovação, e tecidos novos devem substituir o espaço deixado pelos tecidos velhos.

Esse processo de renovação dos ossos acontece ao longo de toda a vida, com maior ou menor intensidade, e os hormônios têm um papel muito importante nisso. É por isso que a tendência é de que os ossos passem a ficar mais frágeis ao longo do envelhecimento, tendo em vista as baixas hormonais que acontecem com o passar dos anos.

Principais doenças ósseas

Se a saúde dos ossos não estiver em dia, essas são algumas das condições que podem aparecer com o avançar da idade:

Osteoporose

A osteoporose é uma condição na qual os ossos começam a ficar porosos e, portanto, mais frágeis e suscetíveis a fraturas. Isso acontece porque o processo natural de envelhecimento desequilibra a velocidade com que os osteoblastos conseguem repor os buracos deixados pelos osteoclastos, e isso faz com que o osso comece, aos poucos, a ficar cheio de pequenos poros.

A doença costuma se apresentar mais cedo para as mulheres por conta das baixas hormonais vivenciadas na menopausa: o estrogênio é um hormônio essencial para a fixação do cálcio no organismo, e sua queda brusca acentua o desequilíbrio na renovação óssea.

No caso dos homens, por sua vez, o problema costuma começar a acontecer mais tarde, quando o envelhecimento afeta a produção de testosterona.

Osteopenia

A osteopenia é um estágio anterior à osteoporose, quando a densidade óssea começa a mostrar sinais de queda — mas ainda não tão expressiva. É considerado um quadro de osteopenia quando a perda de volume ósseo está entre 10 e 15%, e seu diagnóstico é muito importante para evitar sua evolução para os casos de osteoporose (em que essa perda pode chegar a 25%).

A osteopenia e a osteoporose podem ser diagnosticadas por meio de um exame chamado “densitometria óssea”.

Osteoartrose

A osteoartrose, mais comumente chamada apenas por artrose, é uma doença crônica que afeta as articulações, danificando a cartilagem que cobre a superfície dos ossos. O avançar da condição pode passar a comprometer, também, outras estruturas das articulações, como os ligamentos, e os sintomas vão desde inchaços e dores até grandes limitações de movimento que comprometem bastante a qualidade de vida do paciente.

Suas causas também estão relacionadas a fatores como o envelhecimento e as baixas hormonais.

Os ossos em cada fase da vida: pontos de atenção

Os ossos passam por diferentes momentos ao longo da vida e, com isso, suas necessidades também se alteram:

Primeiros anos de vida

Nos primeiros anos de vida, o leite materno é importante na formação óssea do bebê. Para a nutricionista Andressa Fontes, “não existe alimento tão completo quanto o leite. Ele deve ser prioridade, exceto quando realmente não for possível”.

Fases ósseas

Em fases como a infância e adolescência, há uma ascensão da massa óssea e muscular. Por isso é um período que deve ser bem aproveitado, onde a criança e/ou jovem precisa ser estimulado a fazer atividade física com regularidade, além de diminuir o tempo de tela, televisão, tablet e celular.

É muito importante que as crianças e adolescentes sejam estimulados a se movimentar, para impulsionar a saúde dos ossos nessa fase da vida.

Na idade adulta, deve-se manter o pico tanto em relação à massa óssea, quanto à massa muscular, fazendo exercícios que tenham impacto.

Terceira idade

É na terceira idade que aparece a maioria dos problemas em relação aos ossos. As principais doenças são osteopenia e osteoporose, que estão relacionadas à diminuição da massa óssea. Isso acontece devido ao processo de envelhecimento, podendo ser melhorado por meio da prática de atividade física e nutrição adequada.

Como cuidar da saúde dos ossos

Alguns hábitos saudáveis fazem toda a diferença no cuidado com os ossos a longo prazo. Confira:

Mantenha uma alimentação balanceada

Uma alimentação equilibrada e saudável é fundamental para o bom funcionamento do organismo como um todo, afinal de contas, o corpo é uma máquina que precisa do combustível adequado (que vem por meio dos nutrientes).

Quando falamos da saúde óssea, é importante ficar de olho em alimentos que contenham cálcio, fósforo e magnésio. O cálcio e o fósforo se combinam para formar o tecido ósseo, enquanto o magnésio impacta na absorção da vitamina D que, por sua vez, impacta na absorção do cálcio.

Além dos laticínios, o suco de laranja é uma grande fonte de cálcio. O magnésio e o fósforo, por sua vez, podem ser encontrados em diversas frutas, vegetais e grãos.

Os laticínios são a principal fonte de cálcio na alimentação.

Monitore os níveis de vitamina D

A vitamina D é essencial para a absorção de cálcio pelo organismo e a forma de garanti-la é se expondo ao sol por cerca de 20 minutos diários, sem protetor: mas para que isso seja feito com segurança, escolha bem os horários! O ideal é que seja antes das 10h da manhã.

Monitorar os níveis da vitamina no organismo por meio de um exame de sangue é importante para saber se é necessário suplementá-la.

Pratique exercícios físicos regulares

Os exercícios físicos são extremamente importantes para manter o corpo em movimento e torná-lo mais resistente. Não são só os músculos que se fortalecem com as práticas: os ossos também são muito beneficiados, especialmente por atividades como a musculação, a caminhada, a corrida e a dança.

Evite o sobrepeso

O peso excessivo no corpo sobrecarrega o sistema musculoesquelético. Além disso, o acúmulo de gordura no organismo é um fator de risco a mais para o desenvolvimento de doenças como a artrose, por danificar as cartilagens que ficam sobre os ossos e prejudicar as articulações.

Faça exames periódicos

Os exames regulares são a forma mais segura de acompanharmos o que está acontecendo por dentro do nosso corpo. Enquanto os de sangue monitoram os níveis de nutrientes, os específicos, como a densitometria óssea, ajudam em um possível diagnóstico precoce de osteopenia que evite a evolução da condição.

Por isso, manter os exames em dia é uma ótima forma de observar a saúde mais de perto e entender rapidamente se é preciso fazer alguma mudança de hábitos e comportamentos.

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