Logo Sempre Bem
Ícone de busca
Ícone do ecommerce
Ícone de busca

O Diabetes Mais Comum na Infância é o Tipo 1

O Diabetes tipo 1 é o mais propenso a surgir no período da infância e pode desencadear outros problemas de saúde. Saiba quais são as possíveis causas da doença, os sintomas iniciais e como é o tratamento para as crianças. Confira na matéria!

O diabetes é considerado uma epidemia mundial, e não é uma doença que afeta apenas adultos. Crianças e adolescentes também podem adquirir diabetes. A repórter Criz Campos ajuda a identificar os sintomas do diabetes infantil. Confira!

Causas do diabetes tipo 1

Segundo a endocrinologista Mariana Chaves, existem múltiplas causas para o diabetes tipo 1, que é o diabetes infantil. Entre as principais, podemos citar as causas genéticas e as mutações, em que a criança tem uma predisposição ao diabetes ao longo da vida. 

O pâncreas é um órgão do corpo que produz insulina. Em pessoas normais, ele produz insulina de acordo com o que o indivíduo come. Uma criança que não produz insulina, não tem como processar os alimentos. 

Complicações

“Se eu não tenho insulina, o açúcar vai ficar no sangue. Isso traz inúmeras complicações, como problemas de vista em longo prazo, em que os pacientes podem perder a visão; problemas renais, ficando dependentes de hemodiálise; riscos aumentados de ter um AVC e infarto; complicações na circulação, podendo formar úlceras ou feridas no pé”, cita Mariana.

Leia também (Diabetes: dieta é essencial para evitar complicações)

Por isso, a criança precisa receber insulina de fora para compensar essa falta de açúcar e fazer o papel do pâncreas, pegando o açúcar no sangue e depois vai processar.

Diabetes infantil

A Letícia Emanuelli descobriu que tinha diabetes com 4 anos, e hoje está com 12. Isso foi um choque para ela, que era muito pequena e via todo mundo comendo doces e, às vezes, não podia comer. “No início, tive muita restrição. Eu não ia para aniversários porque não tinha ‘coisas’ zero açúcar, também não podia comer alimentos com muito carboidrato”, fala.

Principais sinais

Para a endocrinologista, na criança é um pouco diferente do adulto. O quadro costuma aparecer de uma forma mais fulminante e mais grave, em que a criança já é praticamente hospitalizada. 

Mas existem alguns sinais que os pais podem ficar atentos, como “sede excessiva, urinar com maior frequência, fome insaciável e perda de peso”, acrescenta Natasha Albuquerque, nutricionista.

Leia também (Diabetes: 16 milhões de pessoas têm a doença no Brasil)

Nesses casos, os pais já devem suspeitar que pode ter alguma alteração da glicose, por isso, é importante levar a criança a um posto de saúde e um médico para fazer um exame. Mas, muitas vezes, esses sinais não aparecem ou aparecem de forma sutil.

Sintomas do diabetes

Sobre os sintomas que teve, Letícia lembrou que na madrugada bebia muita água e fazia muito xixi, além do cansaço que sentia durantes os exercícios de balé. “Ela teve uma perda muito rápida de peso, mas não passava pela minha cabeça que era diabetes. Foi uma surpresa pra gente, porque não tinha ninguém na família com diabetes”, revela Adriana Emanuelli, mãe de Letícia.

Existe uma série de fatores que ainda não são tão conclusivos, que podem desencadear o diabetes na infância. “O fator externo ou ambiental vai ajudar a favorecer o aparecimento dessa doença. Se a criança tem uma infecção viral e uma predisposição genética, é comum que ela venha a desenvolver ou manifestar o diabetes naquele momento”, ressalta a nutricionista.

Saiba mais no vídeo (Dossiê da Diabetes: o que é importante saber sobre ela)

Tratamento

Letícia Emanuelli lida de forma normal e tranquila em relação ao diabetes, porque hoje já entende mais sobre a medição e tomar insulina, e não precisa mais da ajuda da mãe para realizar esses processos. 

Sobre o andamento do seu tratamento, a pré-adolescente afirmou que seu tratamento evoluiu muito por causa da tecnologia. “Hoje eu uso libre. É tipo um adesivo que tem uma agulha dentro para medir a glicemia”, aborda. Há também um aparelho que mede a glicose no sangue por meio de uma picada no dedo.

De acordo Adriana, isso oferece maior liberdade, pois ela pega o celular, passa no libre e vê a quantidade de glicose. Sem dúvida, é uma forma melhor de controlar o diabetes, deixando-a com mais senso de responsabilidade, independente e com mais autonomia com a vida e com a saúde dela.

“Na verdade, o tratamento da Letícia vai envolver toda a família. Não existe o tratamento dela nem a comida dela”, comenta a endocrinologista. Para isso, sua família procurou comer de forma mais saudável para apoiá-la. 

Conteúdos relacionados

Por Que A Pele do Diabético É Diferente?Saúde Bucal do Diabético: cuidados essenciaisGlicemia: a importância do controle glicêmico

Matéria originalmente veiculada no programa de 17 de novembro de 2019.

Você pode gostar

Guia sobre diabetes: o que você precisa saber
Saúde

Guia sobre diabetes: o que você precisa saber

PodSempre: Sheila Mello conta sobre assédio que sua filha sofreu na escola
Mente e Comportamento

PodSempre: Sheila Mello conta sobre assédio que sua filha sofreu na escola

PodSempre: Solange Almeida fala sobre carreira, gordofobia e cigarro eletrônico
Mente e Comportamento

PodSempre: Solange Almeida fala sobre carreira, gordofobia e cigarro eletrônico