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Medicina e tecnologia: tratamentos personalizados

A inteligência artificial está do lado da medicina para orientar o tratamento de doenças graves

Na era da informação, a medicina vai ganhando uma nova etapa na sua história e é até possível que a ciência esteja perto de criar um diagnóstico personalizado - sem se basear em estudos com outras pessoas.

De acordo com a médica e consultora de saúde da IBM Mariana Perroni, o desafio atual consiste em compactar todas as informações de saúde, que dobram a cada ano. A medicina moderna tem focado no armazenamento dessas informações de forma inteligente para que os estudos se mantenham atualizados. Para dar conta de todas as novidades que surgem na área, um médico precisaria estudar mais de 20 horas por dia, todos os dias da semana.

"A oncologia é uma das especialidades em que é mais difícil se manter atualizado. São cerca de 75 mil artigos científicos novos por ano, ou seja: não é fácil para os médicos se manterem atualizados e escolham o melhor plano de tratamento para o paciente", diz a profissional.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Felizmente, através da inteligência artificial é possível fazer com que sistemas de computação cognitiva consigam ler todos os dados do paciente, cruzem as informações com a literatura científica e direcionem quais são os planos de tratamento que têm mais chances de dar certo.

No plano de tratamento personalizado, os pacientes não seriam diagnosticados apenas pelos sintomas clínicos padronizados. "É o que temos de tendência para a evolução da medicina. A gente sai do modelo de tratar as pessoas de acordo com aquilo que funciona para a maioria e passa a tratar aquilo que é relevante para cada pessoa", explica Mariana.

A médica exemplifica: "No caso do câncer, começamos a tratar a pessoa não só pelo tipo, mas levamos em conta o seu estilo de vida, composição genética e os sintomas na hora de definir o tratamento".

WATSON: O QUE É?

Trata-se de uma plataforma de inteligência artificial com diversos serviços que ajudam o médico a tomar decisões mais personalizadas: alternativas relevantes em termos de tratamento e de dados do paciente, para que ele consiga ser empoderado a tomar uma decisão que traga mais chances de cura para a doença do paciente, ou até mesmo para prevenir.

O grande desafio é transformar os dados em conhecimento, um trabalho que vem sendo feito com a ajuda de multiprofissionais em um "casamento" da tecnologia com a medicina.

Mas, afinal... A inteligência artificial vai substituir os médicos?

A resposta é negativa. "A tecnologia nunca vai substituir um médico. O que vai mudar é que os médicos que usam ferramentas de tecnologia e inteligência artificial vão substituir aqueles que não usam, porque, hoje, temos um novo paradigma ético. Os pacientes preferem profissionais que usam absolutamente toda a informação disponível sobre sua saúde, toda a informação científica na hora de tomar uma decisão", acredita Mariana.

Qual é o grande benefício do tratamento personalizado?

Ferramentas de suporte à decisão não fazem diagnóstico. "A partir do momento que um diagnóstico foi feito, começa o grande desafio, que consiste em decidir o que fazer com cada paciente. Hoje em dia, considerando a explosão da informações científicas e de informações de saúde geradas por cada paciente, essa tecnologia vai ajudar o médico a escolher, juntamente com o paciente, qual o melhor tratamento", finaliza.

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