Alergias na primavera: como se cuidar e prevenir a rinite alérgica
Alergias na primavera: você sofre com elas? Para muitas pessoas, a chegada da estação é sinônimo de sintomas recorrentes, que incluem coriza, tosse seca, espirros, irritação e coceira nos olhos e congestão nasal.
A estação das flores traz consigo a maior concentração de pólen no ar, e a alergia a esse elemento das plantas é uma das mais frequentes nessa época. Dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) revelam que moradores da Região Sul são os mais atingidos por esse tipo de alergia: 22% das crianças e 25% dos adultos apresentam sensibilização ao pólen.
Neste artigo, você fica sabendo mais sobre as alergias na primavera, como preveni-las e quais os tratamentos mais eficazes. Confira!
Por que temos mais alergias na primavera?
As alergias são doenças respiratórias desencadeadas por alérgenos, e na primavera eles estão abundantes. O pólen é o grande responsável pelos sintomas em crianças e adultos, que incluem rinite e conjuntivite. A poeira, composta principalmente por ácaros, é outro condutor de alergias.
Como a primavera é a estação das flores e dos ventos, esses dois alérgenos são dispersados com mais facilidade. Resultado: pólen e poeira vão estimular o sistema imunológico de quem já tem predisposição a apresentar os sintomas clássicos: rinite alérgica, tosse, espirros, asma e dificuldade respiratória.
O pólen é produzido pelas flores e carregado pelo vento, pela água e por animais (especialmente as abelhas), para a fecundação e a formação de frutos e sementes. Mas não é qualquer pólen que desencadeia alergias.
As gramíneas, a exemplo do capim, são a principal causa de alergia a pólen no Brasil, segundo a Asbai. Por ser uma espécie de planta comum nos Estados do Sul, vem daí a explicação para o maior índice de sensibilização ao pólen estar nessa região. O principal causador é o azevém (Lolium multiflorum).
Tipos de alergias comuns na primavera
Já que estamos falando sobre alergia a pólen, vamos começar por ela. Essas pequenas partículas provocam reações inflamatórias, caracterizadas por espirros, irritação e coceira nos olhos, no nariz e na garganta, congestão nasal e tosse alérgica. Casos mais graves podem desencadear asma, chiado no peito e dificuldade para respirar.
Pessoas com doença polínica, como também chamamos a alergia a pólen, veem os sintomas surgirem, geralmente, em setembro, com maior incidência em outubro e novembro — justamente durante a primavera. Também é possível que os sinais persistam até dezembro ou janeiro.
A prevenção desse tipo de alergia é difícil, uma vez que evitar ou diminuir a exposição a ambientes externos nem sempre é uma opção, pois as pessoas precisam se deslocar para atividades diárias, para o trabalho ou lazer.
Se os sintomas estiverem incomodando muito, a recomendação é permanecer em locais fechados com ar-condicionado ligado, manter as janelas fechadas nos automóveis, utilizar óculos quando se deslocar de moto ou bicicleta e evitar passeios em parques, cortar grama ou fazer trabalhos de jardinagem.
Segundo a Asbai, o tratamento é feito com medicamentos para o controle dos sintomas da alergia ao pólen e com vacinas específicas. Ambos devem ter acompanhamento médico.
Alergia a poeira
A poeira domiciliar é a principal causa da rinite alérgica. Essas partículas que temos dentro de casa são formadas por restos de pelos de animais domésticos, fungos, pele humana e ácaros, que são bactérias e organismos muito pequenos, invisíveis a olho nu, e os maiores causadores de alergia a poeira.
Existe mais de um tipo de ácaro, mas o que mais causa alergia é o que se alimenta de pele. Ele vive nos tecidos, junto às fibras de lençóis, colchões, mantas, travesseiros e roupas.
No caso de alergia a ácaros, o controle ambiental é uma forma eficaz de prevenção e é essencial para o sucesso do tratamento. É indicado retirar (pelo menos momentaneamente, durante as crises alérgicas) cortinas e tapetes do espaço, fazer a limpeza de colchões e travesseiros e deixar os cômodos ventilados.
Todas essas medidas podem ser combinadas com tratamentos prescritos pelo médico. Um deles é a imunoterapia, conforme explica a alergologista Paula Albuquerque: “Pela imunoterapia, conseguimos modificar o comportamento do sistema imunológico, sendo assim, um paciente que tem predisposição genética para ser alérgico e desenvolveu a alergia ao longo da vida, pode ter mudança do seu status e viver com mais qualidade”.
Outra opção é utilizar medicamentos. “Quando o paciente está com sintomas, usamos anti-histamínicos e corticóides”, diz Luiz Ricardo Martan, otorrinolaringologista, que faz um alerta sobre a utilização frequente de descongestionantes tópicos nasais. “Não use, porque podem levar ao vício, irritar a mucosa e agravar a obstrução do nariz.”
Alergia a pelos de animais
Dos pacientes com asma e rinite alérgica, entre 10% e 15% têm alergia a pelos de animais, segundo a Asbai. O índice é considerado baixo e a convivência com os pets é totalmente possível em pessoas alérgicas, desde que alguns cuidados sejam colocados em prática.
Um deles é aumentar a frequência dos banhos dos animais e também a escovação, que remove os pelinhos mortos. A escovação é ainda mais importante na primavera, porque é nessa estação que os gatos, principalmente, fazem a troca da pelagem e, por isso, soltam mais pelos.
Caso os sintomas da alergia estejam presentes, a saída é procurar tratamento médico e utilizar anti-histamínicos, corticoides e até vacinas para alergia.
Asma
A asma, segundo dados da Asbai, atinge 10% dos brasileiros e mata, aproximadamente, 2 mil pessoas por ano. Paula afirma que pacientes asmáticos que não estão com a condição sob controle podem ter complicações dos sintomas justamente em razão das alergias na primavera.
Ácaros, pólen, poeira, mofo e rinite, muito comuns na primavera, intensificam a inflamação das vias respiratórias, desencadeando chiado no peito, falta de ar, tosse e sensação de cansaço.
Sono e alergia
As alergias respiratórias influenciam a qualidade do sono, uma vez que os sintomas típicos podem fazer com que a noite de descanso seja bastante turbulenta. Para quem tem rinite alérgica, a obstrução nasal impede a respiração correta. “A respiração vai ser pela boca e causar ressecamento da mucosa da garganta e sensação de pigarro”, explica o otorrino. “Tudo isso vai aumentar a sonolência diurna.”
- Leia também: O que é alergia emocional? Conheça causas e sintomas
Confira os fatores ambientais que podem prejudicar o sono de quem tem alergias respiratórias!
- Ar-condicionado em temperatura muito baixa ou com filtro sujo
- Ventiladores com poeira
- Colchões e travesseiros velhos ou sujos
- Presença de elementos que acumlam poeira no quarto (cortinas, tapetes e pelúcias, por exemplo)
Dicas rápidas para prevenir alergias respiratórias
Listamos as dicas mais valiosas para prevenir os sintomas de alergia na primavera!
- Higienizar travesseiros, colchões, sofás e cortinas regularmente
- Passar pano ou aspirador no chão de casa (evitar vassouras para não levantar poeira)
- Evitar ambientes com poeira (ácaros), pelos de animais e pólen
- Trocar a roupa de cama toda semana
- Consumir alimentos saudáveis e vitaminas
- Vacinar-se contra a gripe
- Não fumar
- Lavar o nariz com soro fisiológico
- Não manipular o nariz com os dedos
- Evitar contato com pessoas doentes
- Estimular a imunidade
Não hesite em procurar atendimento de saúde se você está com sintomas de alergias na primavera. Você pode utilizar o Clinic Farma, da Pague Menos, e fazer seu teste de alergia, inclusive alimentar.
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