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Atividade física na juventude: sedentários e grudados a uma tela

Recentes pesquisas apontam que 80% dos jovens são sedentários. Esse número ganha maior relevância durante o isolamento social, devido à pandemia e aos atrativos eletrônicos, como smartphones.

Neste Sempre Bem, o cirurgião cardiovascular, Doutor Adriano Milanez, fala sobre a importância das atividades físicas para uma vida saudável em curto e longo prazo.

Além disso, daremos algumas dicas de alimentação balanceada, exercícios para combater o sedentarismo e melhorar a qualidade de vida. Confira.

Sedentarismo: jovens estão na mira

O aumento do sedentarismo entre crianças e adolescentes compromete a saúde a curto e longo prazo.

Uma pesquisa feita pela OMS revela que 80% dos jovens entre 11 e 17 anos, no mundo todo, são sedentários.

Esses dados ganham uma outra relevância quando levamos em conta a pandemia. De acordo com o cirurgião cardiovascular Adriano Milanez, a falta de atividade física pode levar a doenças como:

hipertensão;

• aumento dos níveis pressóricos;

• aumento do peso;

• aumento das gorduras abdominais;

• alterações no metabolismo;

alterações no sono;

• maior risco de desenvolver câncer;

Doenças como a aterosclerose, por exemplo, que é o acúmulo de gordura nos vasos, não acontece só em pacientes com idade avançada. O processo também pode iniciar durante a adolescência.

Para o farmacêutico da Pague Menos, Flávio Luiz Oliveira, o aumento do sedentarismo em jovens, tem forte relação com o estilo de vida moderno. "Hoje, gastamos menos energia nas atividades diárias. Em relação as crianças, acredito que o tempo de tela associado ao esquecimento das brincadeiras de ciranda, roda e correr contribuíram com sedentarismo."

Sobre o impacto da pandemia, Dr. Milanez pontua:

"Muitas das atividades eram feitas ao ar livre e, com as restrições, acaba diminuindo essa possibilidade. Fazer exercício dentro de casa pode comprometer os estímulos. Porém, precisamos lembrar que, na pandemia, a incidência de doenças cardiovasculares como diabetes, hipertensão e infarto continuam acontecendo e podem, inclusive, piorar."

O médico conta que não é raro receber pacientes jovens com quadro de obesidade, sedentarismo e níveis de pressão alta.

"Não é difícil evitar esse panorama: pare de fumar, pratique atividade física, coma menos sal... Pequenas coisas fazem a diferença e evitam tratamentos medicamentosos. Infelizmente, na pandemia as pessoas não estão mantendo uma alimentação adequada, exageram no consumo de álcool e esquecem de se movimentar".

Flávio lembra que, na Pague Menos, a atuação do Clinic Farma consiste em orientar sobre o consumo adequado de alimentos, a importância de continuar fazendo atividades físicas regulares, sem falar no projeto de acompanhamento de perda de peso.

"A boa notícia é que em algumas farmácias é possível realizar testes rápidos, como do colesterol, perfil lipídico e glicemia, onde rastreamos alterações e encaminhamos para o profissional médico. Recebemos pessoas de todas as faixas etárias, inclusive adolescentes e jovens adultos."

Dados alarmantes sobre o sedentarismo

Em todo o mundo, 77,6% dos meninos e 84,7% das meninas são sedentários. No Brasil, o número é ainda maior: 78% e 89,4%, respectivamente.

Dr. Milanez confessa que esses números são preocupantes, uma vez que nessa fase da vida, as crianças e jovens deveriam ser mais ativos. "Acredito que isso reflita muito a vida corrida dos pais. Essa proporção preocupa porque se reflete no aumento de doenças na fase adulta".

A ordem é não parar

Recomendações da OMS para evitar o sedentarismo na população jovem, envolvem investir em atividades aeróbicas, como correr, dançar, andar, pedalar, jogar bola, nadar e brincar. O que importa é estimular as crianças e os adolescentes a procurar atividades prazerosas.

"Os pais não devem fazer essa escolha. São os filhos que devem identificar o que lhes dá prazer. Dessa forma, será possível atingir a meta semanal de atividade física recomendada pela Organização Mundial de Saúde, que é de 60 minutos por dia, três vezes por semana", explica o cirurgião cardiovascular.

Se os jovens encontram-se desanimados, principalmente no período pandêmico, a dica é apostar em atividades possíveis de fazer em casa, como dança, jogar bola na varanda, nadar - se houver piscina em casa... "Ficar em isolamento não significa ficar parado, sentado ou deitado assistindo televisão, comendo guloseimas e consumindo bebendo bebidas alcoólicas", pontua o profissional.

História de superação

O estudante José Arnaldo Filho, de 13 anos, sempre praticou esportes. "Fiz natação, futebol e basquete. Quando começou a pandemia, a saída para não ficar parado foi aderir ao Beach Tennis, que mantém o distanciamento social e é feito em locais abertos. Isso me deixou mais seguro e trouxe motivação para continuar em movimento".

Quando perguntado sobre a importância de praticar atividades físicas, ele é enfático: "Em primeiro lugar, para a saúde. Também é muito bom para socializar com outras pessoas. Muitas pessoas tem preguiça de começar, mas basta dar o primeiro passo".

Sua mãe, a funcionária pública Patrícia Lira sempre foi a maior incentivadora. "A atividade física salva vidas. Melhora o lado físico e até o mental. Nesse momento, com as crianças estudando on-line e ficando mais em casa, o esporte só vem a acrescentar", acredita.

Para o cirurgião cardiovascular Adriano Milanez, de fato, o incentivo dos pais é extremamente importante.

"É claro que os pais tem uma vida atribulada, mas é importante que também se incluam nas atividades. A recomendação da OMS pontua 300 minutos semanais, mas, se não houver tempo, isso pode ser reduzido pela metade. Uma atividade aeróbica intensa, feita por 40 minutos, duas vezes por semana, já é muito bom para a saúde".

O farmacêutico da Pague Menos Flávio Luiz Oliveira indica, ainda, manter uma boa hidratação e um sono reparador. Já o Dr. Milanez finaliza recomendando a diminuição do tempo de tela, considerado um vilão. "Esse tempo deve ser transformado em atividades mais saudáveis, de preferência aquelas que envolvam toda a família".

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