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Dossiê da vacina BCG: tudo o que você deve saber

A vacina BCG já tem um século e, desde então, reduziu diversas mortes e casos graves da tuberculose. Saiba mais sobre essa dose!


Atualizado em:

Tempo estimado: 6 min

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Dossiê da vacina BCG: tudo o que você deve saber

Há cem anos, os cientistas franceses Léon Calmette e Alphonse Guérin desenvolveram a vacina BCG, sigla para Bacilo de Calmette e Guérin. O imunizante foi essencial para o controle da tuberculose e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos últimos 20 houve redução de 30% das mortes causadas pela doença

Muitos anos após essa enorme contribuição para a saúde pública, a vacina BCG faz parte do programa de vacinação infantil como um imunizante obrigatório — aliás, é ele que causa a famosa marquinha no braço, que praticamente todos nós temos. 

No dossiê de hoje, você vai conferir o que é a vacina BCG, qual a importância e outras informações essenciais sobre a dose. Boa leitura!

O que é a vacina BCG?

Esta é a vacina responsável por proteger contra a tuberculose, doença contagiosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. Desenvolvido em 1921, o imunizante é feito a partir da bactéria Mycobacterium bovis, que é a versão bovina da doença, conhecida como BCG. 

Os cientistas perceberam que o enfraquecimento da bactéria bovina da doença gerava uma resposta imune em nosso organismo e, desde então, ela faz parte da nossa carteirinha de vacinas. 

História

Provavelmente você já ouviu falar que a tuberculose era considerada o mal do século 19 e de mais da metade do 20. O título não foi à toa: a doença matou diversas pessoas pelo mundo. Muitos poetas, inclusive, sofreram com a fatalidade e, por isso, o tema inspirou muitos poemas, como “Mocidade e Morte”, do brasileiro Castro Alves. 

Só depois de muitos anos, em 1921, é que surgiu a vacina BCG, desenvolvida depois de uma década de estudos realizados pelos cientistas Léon Calmette e Alphonse Guérin.

Em 1927, o imunizante chegou ao Brasil e, inicialmente, a aplicação era via oral, até que, após 1970, passou a ser intradérmica.  

Atualmente, no nosso país, a BCG é considerada uma das vacinas com mais adesão pela população e, por mês, o Ministério da Saúde disponibiliza 1 milhão de doses para todo o território. 

Mesmo sendo uma vacina com tanta adesão, em 2020, foi registrada queda da cobertura vacinal, com índice de 73,51% — número menor que os dos anos anteriores, considerando que em 2017 o indicador era de 96,2%. 

Para pesquisadores, a justificativa da queda são: disseminação de notícias falsas, menos ênfase na recomendação do imunizante e, também, desinteresse por parte dos pais.

Vacina BCG: para que serve e qual a importância?

Como comentamos, a tuberculose é uma doença contagiosa e, também, com grandes riscos de morte — as bactérias se movem pela corrente sanguínea e ficam espalhadas por todo o corpo. 

Ela é transmitida por meio da fala, da tosse e do espirro — portanto, pelo ar — e é altamente transmissível. 

Apesar de não ser tão eficaz protegendo adultos contra a tuberculose, nas crianças, a vacina é essencial. Isso porque é extremamente efetiva contra casos graves da doença nos pequenos (tuberculose miliar e meningite tuberculosa), assim como na prevenção de sequelas deixadas pela doença. 

Quando falamos em vacinas, é sempre necessário ressaltar que elas são essenciais para a saúde pública. Ter a carteirinha em dia é sinônimo de cuidar bem de você, mas também de todas as pessoas da sua comunidade. 

A BCG é importante para prevenir mortalidade infantil por tuberculose e é por isso que, antes mesmo de sair da maternidade, o bebê já é imunizado. Afinal, se o neném tivesse contato com alguém com tuberculose, os riscos de ser contaminado e falecer são altíssimos. 

No Brasil, a doença é muito preocupante, especialmente em grupos vulneráveis, como pessoas em situação de rua, indígenas e pacientes com HIV

Vacina bcg
As notícias falsas contribuem para a queda nos números da vacinação. 

Qual a idade para tomar a vacina BCG?

O Ministério da Saúde recomenda que a BCG seja aplicada em recém-nascidos, mas também pode ser oferecida a crianças de até 4 anos, que nunca foram imunizadas com ela.  A dose é única. 

Os recém-nascidos, para receber o imunizante, devem ter 2 kg ou mais e precisam estar com boa saúde. A vacina não é indicada em casos de imunodeficiência, baixo peso, febre, desnutrição, presença de doenças crônicas e tratamentos com corticóides. 

Se você é um adulto que nunca recebeu o imunizante, não é recomendada a vacinação. Entretanto, há exceções para os que moram com pacientes com hanseníase. Porém, antes de receber a dose, é necessário fazer um exame PPD (para identificar se há infecção de tuberculose) e, caso o resultado seja negativo, está liberada a vacina.

Efeitos colaterais da vacina BCG

As reações adversas podem acontecer, mas vale lembrar que nenhum efeito colateral supera o impacto negativo causado pela doença. Ou seja, vacinar é necessário, uma vez que a tuberculose pode ser fatal. 

As reações mais comuns são a cicatriz de até 1 cm de diâmetro onde a dose foi aplicada (em geral, no braço direito) e pequena úlcera que gera secreção até finalizar o processo de cicatrização.

Vacina BCG
A marquinha é uma reação comum.

Em adultos, é notado que os efeitos colaterais são muito mais fortes. 

A famosa marquinha

Uma dúvida comum sobre as reações da BCG é “a vacina só reage quando fica a marquinha no braço?” Não, isso é um mito! Nem todas as pessoas vão ficar com a cicatriz e, ainda assim, o imunizante foi eficaz. 

Desde 2019, a OMS recomenda que não é necessário aplicar uma segunda dose em quem não tem a cicatriz — anteriormente a esse pronunciamento, era necessário. 

Estudos apontam que uma segunda dose da BCG não mostra diferença na imunidade e, portanto, essa ideia foi descartada. 

Onde encontrar a vacina BCG?

A vacina BCG é distribuída gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, geralmente, é aplicada após o nascimento ou nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Outra opção é adquirir de forma particular.

Se você chegou até aqui, compreende a importância dos pequenos serem vacinados o quanto antes, preferencialmente dentro da maternidade. Essa é uma forma segura de protegê-los dos riscos e garantir qualidade de vida para eles. 

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