Sopro no coração: Quando se preocupar?
O ruído é consequência do estreitamento da válvula mitral. Mesmo assim, o sopro no coração não é considerado doença.
Por: Ladinne Campi
Problemas cardíacos costumam causar medo e deixar sequelas, mas pouca gente sabe que o sopro no coração é mais comum do que se imagina. Estima-se que 40% a 50% das crianças saudáveis apresentam o sintoma, que nem sempre compromete o seu desenvolvimento.
Já nos adultos, o problema pode ser oriundo de complicações nas válvulas cardíacas ou sequelas de cardiopatias causadas por febre reumática durante a infância. Mas não para por aí: doenças como endocardite, calcificação da válvula, prolapso da válvula mitral e doenças degenerativas também podem ser gatilhos para a condição.
De forma simples, como o nome da doença sugere, trata-se de um sopro causado pela passagem de sangue reduzida de uma válvula cardíaca (temos quatro). De fato, assemelha-se ao som de um sopro e as suspeitas começam a partir dos seguintes sintomas:
• Dores no peito;
• Tosse persistente;
• Transpiração excessiva;
• Tonturas e desmaios;
• Fadiga;
• Língua, lábios e pontas dos dedos roxos;
• Ritmo acelerado do coração;
• Inchaço generalizado.
Em crianças, os sintomas incluem, ainda, a perda da fome e do peso e problemas no desenvolvimento.
Geralmente, o diagnóstico é feito a partir das características do som, mas, em alguns casos, faz-se necessária a realização de exames complementares. Já o tratamento para a maioria dos cardiopatas congênitos inclui cirurgia, exceto em casos leves.
Infelizmente, não se trata de um problema prevenível, mas um estilo de vida saudável, que inclui a prática regular de exercícios físicos e alimentação balanceada são favoráveis à saúde do coração.