Saúde da criança: o que fazer para proteger?

Por: Ladinne Campi

Durante a infância, o sistema imunológico não está suficientemente desenvolvido e as crianças são alvo de inúmeras doenças. Por isso, a atenção dos papais e mamães deve ser redobrada.

A visita ao pediatra começa no primeiro mês de vida e deve ser mensal até o primeiro ano. Passam a ser trimestrais no segundo ano, semestrais entre 3 e 7 anos e anuais após os 8 anos. Durante as consultas, o médico deve avaliar o desenvolvimento (habilidades motoras, cognitivas e sociais), crescimento (ganho de peso e estatura) e alimentação da criança.

Outro ponto que merece destaque é o calendário vacinal, que indica a idade para cada dose de vacina. Crianças devem receber as vacinas:

• Vacina BCG - Formas graves de Tuberculose;

• Vacina Pentavalente - Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite e Haemophilus Influenza do Tipo B, responsável por um tipo de Meningite;

• Vacina Poliomelite 1,2,3 (VOP/VIP) - Poliomielite ou Paralisia Infantil;

• Vacina Rotavírus Humano G1P1 (VORH);

• Vacina Difteria, Tétano, Pertussis (DTP), Difteria e Tétano (dT) e Difteria, Tétano, Pertussis acelular (dTpa) - Combinação da vacina contra difteria, tétano e coqueluche;

• Vacina Pneumocócica 10 valente (Pncc 10) - Meningite, Otite média aguda, Sinusite, Pneumonia, Bacteremia;

• Vacina Meningocócica C Conjugada (MncC) - Tipo grave de Meningite e quadros de Sepse;

• Vacina Febre Amarela;

• Vacina Sarampo, Caxuma, Rubéola (tríplice viral - SCR) + Varicela (tetra viral - SCRV);

• Vacina Hepatite A;

• Vacina Hepatite B;

• Vacina Papilomavírus Humano (HPV).

A alimentação dos pequenos também merece destaque, começando pela amamentação, que deve ser exclusiva até os seis meses de vida. O aleitamento materno reduz em 13% a mortalidade até os cinco anos, evita diarreia e infecções respiratórias, diminui o risco de alergias, diabetes, colesterol alto e hipertensão.

Após esse período, os cuidadores devem estimular o consumo de frutas, verduras e legumes, evitando produtos industrializados como: café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e guloseimas em geral.

Neste período de pandemia, também é importante caprichar nos cuidados. A pediatra Vanuza Chagas alerta que as crianças devem evitar levar a mão à boca, higienizar as mãos com álcool em gel e usar a máscara de proteção. "Em crianças, os sintomas da Covid-19 se confundem com sintomas gripais: coriza e presença de secreção. Os pais devem ficar alerta, medindo a temperatura da criança. Ao sinal de febre elevada por mais de três dias, conjuntivite, desconforto respiratório, cansaço e aparecimento de manchas na pele, recomenda-se procurar um médico, pois podem ser complicações da Covid-19".

Diante do risco de contaminação presente nos hospitais e postos de saúde, a pediatra indica o uso da telemedicina: "Em várias situações, o uso da telemedicina tem se aplicado de forma favorável e positiva. Nos sintomas iniciais, para receber orientações quanto ao uso de antitérmicos e lavagem nasal é muito importante lançar mão deste recurso".

A consultora de recursos humanos Kellen Andrade se orgulha de dizer que toma todos os cuidados com os dois filhos. "Cuido da hidratação com água e suco, do consumo de alimentos com vitamina C para evitar gripes e alergias, além de fazer lavagem nasal todos os dias para evitar que a mucosa do nariz resseque. Também evito lavar o cabelo dos pequenos durante a tarde e noite para que eles não durmam de cabelo molhado".

A pediatra Vanuza Chagas explica que, além desses cuidados, as famílias devem continuar seguindo o isolamento social. "Ainda temos muitos casos de Covid-19, por isso, essa e todas as medidas de higiene precisam permanecer vigentes".

Fonte: Vanuza Chagas (pediatra).