Por: Criz Campos
Um estudo recém publicado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Instituto D'Or de Ensino e Pesquisa (IDOR) aponta que a reinfecção por Covid pode ser mais grave, mesmo sem variantes, ou seja, pessoas que foram infectadas anteriormente podem não desenvolver imunidade contra o vírus e serem infectadas, o que pode gerar uma resposta inflamatória mais intensa e sintomática.
De acordo com o infectologista Guilherme Henn, esse fenômeno é conhecido há bastante tempo e acontece em muitas doenças infecciosas. " De forma geral, as infecções subsequentes têm uma probabilidade maior de evoluírem para complicações em relação à primeira infecção, mas é importante ressaltar que isso não é uma regra, apenas uma observação epidemiológica. Um indivíduo pode ter uma forma grave já no primeiro episódio, bem como ter formas leves em todas as demais oportunidades e vice-versa. Não necessariamente o segundo episódio de Covid será pior que o primeiro".
Por que isso acontece?
Não há uma explicação específica para isso, mas tudo indica que tenha a ver com a imunidade. "Na Covid-19 a maior parte das complicações é resultado de uma resposta desregulada, muito intensa, do sistema imunológico à presença do vírus, gerando uma inflamação excessiva - este é o mecanismo fundamental da piora clínica que caracteriza a segunda semana da doença nos pacientes que complicam. Esta resposta imunológica exacerbada tem origem, em grande medida, em fatores genéticos que são pouco compreendidos até o momento.
Na maioria das pessoas, após a primeira infecção, o sistema imunológico “aprende” a lidar com o microrganismo, para eliminá-lo quando reexposto futuramente; contudo, em algumas pessoas, ele pode “se estressar” demais nesse segundo contato, levando a uma inflamação mais intensa (e, portanto, a mais complicações) em relação ao primeiro episódio. explica Dr. Guilherme".
A reinfecção após a vacina
É possível se reinfectar com a mesma cepa depois de vacinado por duas razões. "Em primeiro lugar, a função principal das vacinas contra a Covid-19 é prevenir formas graves da doença e óbitos; o efeito de prevenir a infecção é moderado. O segundo motivo é que a imunidade adquirida por uma infecção por um coronavírus é caracteristicamente temporária, dura alguns meses, podendo ir de poucas semanas até, aproximadamente, 2 anos. Depois deste período, que varia de pessoa para pessoa, a imunidade contra o microrganismo vai enfraquecendo até que ficamos suscetíveis novamente", pontua o médico.
A eficácia, das duas vacinas que estão sendo mais utilizadas no Brasil até o momento, é em média de 50-70%, ou seja, uma pessoa vacinada com as duas doses, quando reexposta à mesma variante ao vírus que a infectou anteriormente, tem a probabilidade de 30 à 50% de se infectar novamente; porém, o risco de desenvolver a forma grave diminui muito, para provavelmente, menos que 5%.
Previna-se!
O melhor remédio contra a Covid-19 é a prevenção, portanto, mesmo depois das duas doses da vacina tomadas é preciso continuar seguindo os protocolos de segurança
- Lave bem as mãos
- Use álcool em gel
- Use máscara
- Mantenha o distanciamento social
- Vacine-se
- Se puder, fique em casa
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Fonte: infectologista Guilherme Henn
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