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Os riscos da hipertensão durante a gravidez

A hipertensão na gravidez pode acarretar riscos para a saúde da mãe e do bebê, por isso, é importante conhecer os sintomas, tipos e tratamentos adequados para garantir uma gestação tranquila e saudável!


Atualizado em:

Tempo estimado: 8 min

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Os riscos da hipertensão durante a gravidez

Entenda o que é hipertensão na gravidez e os riscos que ela traz para a saúde da gestante.

Gravidez não é doença, mas é preciso cuidados específicos para que todo o período de gestação seja seguro para a mamãe e para o bebê. Em 26 de abril, é celebrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial.

Ter um dia de referência nacional mostra o quanto o problema é sério e precisa de entendimento e conscientização para evitar consequências graves, sobretudo, quando uma vida está sendo gerada.

Neste artigo, o Sempre Bem vem lembrar os riscos da pressão arterial elevada nessa fase. Logo, o acompanhamento pré-natal faz toda a diferença para diagnosticar e tratar esse problema. Continue lendo para saber o que é, quais os sintomas e riscos, tipos e tratamentos, além de como evitar a hipertensão arterial na gravidez!

O que é hipertensão gestacional?

A hipertensão durante a gravidez é uma forma dessa doença exclusiva desse período, que surge depois da 20ª semana de gestação em mulheres que nunca tiveram o problema e não apresentam sintomas de pré-eclâmpsia.

Normalmente, ela desaparece logo nas primeiras semanas após o parto, primeira ou segunda semana, mas, se até a 12ª semana a pressão ainda estiver alterada, a mamãe passa a ser considerada hipertensa.

Além disso, também é conhecida como doença hipertensiva específica, sendo mais comum nos seguintes casos: gestantes com sobrepeso, histórico familiar ou pessoal de pré-eclâmpsia na primeira gravidez, gestação gemelar (de gêmeos), adolescência e após aos 35 anos, e em mulheres de etnia negra.

Mesmo sendo um problema bem menos grave do que a pré-eclâmpsia, o aumento da pressão durante a gravidez pode trazer prejuízos à saúde da grávida e do bebê. Assim, a pressão alta na gravidez apresenta maior risco de alterações no fluxo sanguíneo na placenta, redução do crescimento fetal, descolamento precoce da placenta e parto prematuro.

Vale lembrar que a pressão arterial está alta quando a aferição aponta 14/9 mmHg. Se a pressão não ultrapassar os limites de 16/11 mmHg, o caso é de menor risco, porém, se for maior que esse número, passa a ser tratado como grave a hipertensão durante a gravidez.

Ademais, esse problema é um fator de risco para que no futuro as mulheres desenvolvam um quadro de hipertensão arterial, ainda que tenham apresentado normalização da pressão arterial após o parto. A longo prazo, elas acabam sendo 4 vezes mais propensas a desenvolver a versão crônica.

Quais os sintomas e riscos?

A hipertensão é responsável por diversos problemas de saúde e, acontecendo em um período de tantas mudanças no corpo e no organismo como a gravidez, pode significar riscos sérios para a mãe e para o feto. 

Desse modo, com a pressão sanguínea muito alta há a ocorrência de dores de cabeça e abdominais, visão comprometida com pontos brilhantes e inchaço em todo o corpo. Esses são sinais de que o quadro da gestante é sério e precisa de cuidados médicos rapidamente, já que cerca de 1/3 das gestantes com hipertensão durante a gravidez, correm o risco de evoluir para o quadro de pré-eclâmpsia, que é extremamente grave. 

Por isso, é muito importante que a grávida seja observada cuidadosamente durante toda a gestação, com monitoramento frequente de proteinúria (perda de proteínas na urina) que é um fator verificado por meio do exame de urina.

Além disso, existem características clínicas que indicam alerta ao risco de progressão da hipertensão gestacional para pré-eclâmpsia, como: aparecimento da hipertensão antes da 34ª semana de gestação, níveis de ácido úrico elevados e alterações no fluxo da artéria uterina, detectáveis por ultrassom doppler.

Como prevenir?

Apesar de ter fatores diversos, a prevenção para a ocorrência de hipertensão na gravidez passa por uma receita bem conhecida: alimentação equilibrada, pouco sal, atividades físicas e aferição regular para identificar oscilações.

Também é importante ficar de olho nos hábitos alimentares e no ganho de peso. Dê preferência a prática de exercícios físicos, sem exageros e uma dieta rica em ácido fólico, que é um nutriente com ação vasodilatadora e pobre em sal.

Ademais, procure sempre especialistas para que você tenha a melhor orientação e acompanhamento. Ao aferir a pressão arterial com regularidade, a gestante saberá se os níveis estão satisfatórios ou se será necessária alguma intervenção mais drástica.

Ainda, é fundamental eliminar o consumo de bebidas alcoólicas, pois o álcool por si só já é nocivo à saúde e quando consumido durante a gravidez pode aumentar os riscos.

Quais os tipos e como tratar cada um deles?

A hipertensão na gravidez é dividida por tipos e em cada uma delas as características são diferentes, exigindo acompanhamento médico e tratamento de acordo com a evolução dos casos.

Veja como se desenvolvem as formas de hipertensão na gravidez e qual o tratamento mais adequado!

1- Hipertensão na gravidez com menor gravidade - pressão arterial menor que 16/11 mmHg

Grande parte das grávidas com hipertensão apresenta níveis de pressão arterial abaixo de 160/110 mmHg. Nesse tipo, não é necessário ficar de repouso na cama, mas é recomendada uma redução nas atividades do dia a dia.

Também é preciso evitar exercício físico e, se as atividades profissionais forem muito estressantes ou exaustivas, o ideal é o afastamento. 

O acompanhamento médico deve acontecer semanal ou bissemanalmente, para medir a pressão arterial e a excreção de proteínas na urina, medidas preventivas que visam identificar precocemente o risco de evolução para pré-eclâmpsia.

Além disso, a gestante é orientada a aferir sua pressão arterial diariamente em casa. Como não traz risco para a mãe nem para o bebê, o tratamento não inclui medicamentos anti-hipertensivos.

Entretanto, preciso ficar atento para que não ultrapasse essa medida, porque pode evoluir para o modo mais grave, que demanda maiores cuidados e acompanhamento médico.

2- Hipertensão gestacional grave - pressão arterial maior que 16/11 mmHg

A hipertensão na gravidez é grave e normalmente apresenta taxas de complicação semelhantes às da pré-eclâmpsia nas futuras mamães. Por esse motivo, deve ficar atenta e seguir as recomendações do médico à risca.

Nesses casos, o uso de anti-hipertensivos é indicado, bem como a antecipação do parto, que deve ocorrer entre a 34ª e a 36ª semana de gestação. Quando o quadro se agrava antes de completar 34 semanas, é recomendada a internação hospitalar para que se faça o controle da pressão arterial e monitoramento do feto.

Assim, leva a gravidez de modo seguro até, no mínimo, a 34ª semana. Nunca é demais lembrar que qualquer medicamento durante a gravidez deve ser indicado pelo seu obstetra ou cardiologista, para evitar uma piora ou desenvolvimento de outros problemas graves

3- Hipertensão crônica preexistente

Qualquer pessoa que tenha valores da pressão arterial frequentemente acima de 14/9 mmHg, já é considerada hipertensa. Logo, a hipertensão na gravidez é considerada preexistente, caso esse quadro já exista antes de engravidar.

Dessa maneira, uma mulher nessas condições, continuará hipertensa durante a gestação. Ainda, se considera preexistente a alteração na pressão arterial que ocorreu anteriormente à 20ª semana.

Nesse caso, os especialistas entendem que a mulher já era hipertensa antes da gestação, mas não sabia. Por isso, é importante controlar e regular a pressão para evitar complicações e riscos na fase final da gestação.

4- Pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia é quando a hipertensão surge após a 20ª semana de gravidez e vem associada à perda de proteínas na urina, usualmente chamada de proteinúria e exige um acompanhamento rigoroso, pois muitas vezes pode ser assintomática.

Ademais, uma situação em que a hipertensão na gravidez surge após a 20ª semana de gestação e está associada a problemas renais, do fígado, sistema nervoso central ou queda no número de plaquetas, também pode ser pré-eclâmpsia.

Logo, o tratamento para pacientes grávidas e com pré-eclâmpsia, é o repouso e controle frequente da pressão arterial. Dessa forma, a prática de atividade física compatível, a suspensão do sal na alimentação e medicamentos controlados sob prescrição médica, são muito comuns para esse tipo de caso.

5- Pré-eclâmpsia superposta à hipertensão crônica

Esse tipo de pré-eclâmpsia ocorre em mulheres previamente hipertensas. Acredita-se que a doença ocorra por causa de problemas no desenvolvimento dos vasos da placenta no início da gravidez, período em que ela está se implantando no útero.

Desse modo, à medida que a gravidez evolui e a placenta aumenta, a ausência de uma vascularização adequada leva a uma passagem sanguínea insuficiente, o que pode ocasionar isquemia placentária.

Consequentemente, com a falta de circulação adequada, a placenta produz uma série de substâncias que, ao caírem nos vasos sanguíneos maternos, causam o descontrole da pressão arterial e lesão nos rins.

Portanto, o tratamento segue as mesmas práticas da pré-eclâmpsia, com intensificação do controle, considerando a gravidade que pode ocasionar na saúde da gestante e do feto, podendo acarretar problemas sérios.

6- Eclâmpsia

Imagino que a essa altura você deve estar se perguntando o que é de fato a eclâmpsia, certo? O que caracteriza a eclâmpsia é a presença de uma ou mais crises convulsivas em uma grávida diagnosticada com pré-eclâmpsia.

Apesar do que os nomes das doenças possam sugerir, a eclâmpsia não é a evolução da pré-eclâmpsia, mas sim a primeira é uma forma mais grave da segunda. É preciso ter atenção redobrada nesse caso, pois, se a pressão não for controlada, é recorrido ao aceleramento do parto para diminuir o risco de morte da mãe e do bebê.

Por fim, a hipertensão na gravidez traz riscos para a mãe e para o bebê, porém com o acompanhamento adequado é possível controlar as taxas e ter uma gestação saudável para vivenciar com tranquilidade uma experiência incrível como essa.

Se você gostou desse post e está preocupada em ter uma gestação sem problemas, aproveite a visita em nosso blog para ver como a hipertensão é uma bomba silenciosa!