Logo Sempre Bem
Ícone de busca
Ícone do ecommerce
Ícone de busca

Obesidade infantil: causas, riscos e como cuidar

O sobrepeso é um problema sério entre crianças. Por isso, neste post, você vai entender mais sobre obesidade, causas e tratamento.


Atualizado em:

Tempo estimado: 7 min

Facebook
Twitter
WhatsApp
Obesidade infantil: causas, riscos e como cuidar

Doces, comidas gordurosas, refrigerantes, batatas fritas… Você já parou para pensar nos impactos desses hábitos alimentares na vida das crianças? A resposta se revela em índices que colocam a obesidade infantil na lista dos problemas de saúde pública no Brasil — uma em cada dez crianças brasileiras de até 5 anos está acima do peso ideal, segundo dados do Ministério da Saúde. 

Por isso, neste conteúdo, vamos abordar o tema obesidade infantil: causas, tratamento, sinais e muito mais. Siga a leitura! 

O que é obesidade infantil?

A obesidade infantil acomete crianças até 12 anos e é caracterizada pelo excesso de peso para a idade. O diagnóstico pode ser feito por meio do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), que considera idade, altura e peso. 

Os pequenos, geralmente, têm bastante facilidade para ganhar peso, uma vez que existem diversas causas que contribuem com isso, como sedentarismo, estilo de vida da família, refeições não balanceadas e pouca preocupação com exercícios físicos. 

A obesidade é considerada uma doença crônica e, também, multifatorial, ou seja, depende de diversos fatores para existir e, dessa forma, não é válido dizer que “a pessoa é obesa porque quer e tem falta de vontade”. Essa afirmação não é verdadeira e, ao longo do texto, entenderá o porquê. 

Vale explicar que a obesidade tem diferentes tipos de grau, divididos em 1, 2 e 3. Os últimos estágios são os mais graves e, geralmente, é quando surgem os sintomas, assim como outras doenças associadas. 

Por que se preocupar?

Crianças com obesidade têm 80% de chances de se tornar um adulto obeso, segundo o Ministério da Saúde.

Estudo realizado pelo Imperial College London e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que, caso a obesidade continue crescendo nos níveis das últimas décadas, em cinco anos haverá mais crianças e adolescentes obesos do que com baixo peso no mundo.

Além disso, a obesidade infantil está relacionada a outras 26 doenças crônicas que deixaram de ser exclusivas de adultos. Atualmente, cada vez mais crianças já têm problemas de diabetes tipo 2, pressão alta e colesterol elevado. Coração, rins e cérebro também podem ser afetados por esse mal.

Você já pensou que, na história recente, é a primeira vez que uma geração tem perspectiva de vida menor e pior que a dos pais? 

Veja mais sobre obesidade infantil no vídeo abaixo:

Obesidade infantil: causas

Como citamos, a obesidade infantojuvenil é multifatorial e isso faz com que falar da doença não seja tão simples, pois existem muitas questões envolvidas — sim, vai além da alimentação. 

Alimentação

A alimentação, de fato, é um dos primeiros fatores que vem à cabeça, por isso, vamos começar por ela. Não há dúvidas de que cardápios ricos em comidas industrializadas, gordurosas e repletas de açúcar não são nada saudáveis. 

Por vezes, a alimentação inadequada já é algo comum dentro da família e, obviamente, reflete nos pequenos. Os lanchinhos, por exemplo, são refeições que merecem atenção, porque são justo neles que comidas nada saudáveis são inseridas. 

Sedentarismo

Cada vez mais as crianças têm fácil acesso às tecnologias. Para alguns pais, os pequenos com telas são sinônimo de sossego ao fim de um dia cheio de trabalho, entretanto, isso desestimula a brincadeira e leva ao sedentarismo. 

Crianças e adolescentes, assim como os adultos, precisam de movimento. Brincadeiras e exercícios físicos são essenciais para evitar o sedentarismo e, consequentemente, a obesidade. 

Ansiedade e depressão

Falar de ansiedade e depressão entre crianças e adolescentes ainda é um tabu. Ignorar o fato de que distúrbios psicológicos também podem acontecer entre os pequenos só agrava a situação e faz com que sinais passem despercebidos.

Nem sempre o sedentarismo e a alimentação são os fatores que mais pesam na obesidade, em alguns casos, a depressão e ansiedade podem ser o estímulo para que a criança coma descontroladamente, buscando uma fuga dos próprios sentimentos.

Fatores genéticos e hormonais

Por último, não poderíamos deixar de listar a genética e os hormônios. Isso prova, novamente, que obesidade nem sempre tem a ver com comportamentos ou hábitos. 

O desequilíbrio de alguns hormônios pode fazer com que a criança fique mais propensa a engordar.  Do mesmo jeito que a genética também contribui. 

Obesidade infantil causas
O sobrepeso infantil pode fazer com que a criança tenha baixa autoestima e prefira se isolar. 

Obesidade infantil: consequências

Já explicamos anteriormente que a obesidade pode gerar doenças associadas. Agora, vamos explicar com mais detalhes quais manifestações podem surgir.

  • Doenças cardiovasculares
  • Pressão alta
  • Diabetes
  • Depressão
  • Artrose
  • Câncer
  • Gordura no sangue
  • Doença de vesícula biliar
  • Ansiedade
  • Apneia do sono

A obesidade aumenta também o risco de bullying, isolamento social, baixa autoestima e até suicídio, completa a endocrinologista Monica Reis Palmanhani.

O que fazer para mudar esse cenário?

Primeiramente, é muito importante que os pais tenham consciência que não é um processo fácil, pois requer mudança de hábitos, diagnósticos e, até mesmo, idas ao psicólogo para trabalhar as emoções da criança. 

Paciência é a chave, e acolhimento também. Oprimir o pequeno cada vez que ele não conseguir cumprir o plano ou fazer comentários sobre a aparência não vão ajudar em nada, pelo contrário, vão causar frustração, culpa e desestímulo. 

Comece por ir a profissionais de saúde. Nutricionista, psicólogo e médicos são grandes aliados nesse processo e têm papel fundamental para que a mudança de vida do seu filho seja saudável e segura, sem dietas restritivas. 

A prática de exercício físico também é uma grande aliada, então, que tal ajudar os pequenos a encontrarem algo que eles gostem? Uma atividade prazerosa é essencial para mantê-los motivados. Futebol, dança, academia, corrida, luta, tudo é válido e faz a diferença. 

Mudar a rotina da família também é importante. Afinal, pais são exemplos para os filhos e devem se comportar como tal. Desligar a televisão e apostar em tempo de qualidade, com brincadeiras, passeios e atividades físicas juntos, pode ajudar a criança a se sentir acolhida e mais motivada. 

Por último, a alimentação. Não é de hoje que o Ministério da Saúde tem apostado em ações para estimular a atividade física, o aleitamento materno e a mudança de hábitos alimentares.

Além de aumentar o aleitamento materno durante a infância, é preciso limitar a ingestão de alimentos, como refrigerantes, sucos artificiais, produtos industrializados e fast food. Essas medidas ajudarão muito a manter a qualidade alimentar e evitar a obesidade infantil.  

Outras estratégias, já adotadas por muitas escolas, são os cuidados com o lanche e a merenda, com auxílio de nutricionistas, que fazem toda a diferença, já que constituem grande parte das refeições feitas pelos pequenos. 

Obesidade infantil causas
Estratégias para melhorar a alimentação das crianças são implementadas para combater a obesidade infantojuvenil no Brasil.

Lanche das crianças

Você estava achando que a gente ia esquecer de te dar dicas para preparar o lanche dos pequenos levarem pra escola? Claro que não, né! 

De uma maneira geral, os lanches das crianças devem ser compostos por alimentos de cada grupo alimentar. A nutricionista infantil Rochele Riquet indica uma fonte de proteína (iogurte, queijo, leite), uma fruta fonte de vitaminas e minerais (tanto in natura quanto o suco sem açúcar) e um carboidrato como fonte de energia (pães e cereais).

1ª Lancheira: Água de coco, melancia, ovo de codorna, biscoito integral

2ª Lancheira: Pera, queijo, pão integral (com queijo ou patê)

3ª Lancheira: Suco integral sem açúcar (sem aditivos), uvas, chips caseiros de macaxeira

4ª Lancheira: Iogurte, maçã, bolinho de banana com cacau

5ª Lancheira: Morangos, iogurte grego caseiro, oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas)

Com essas dicas, esperamos ter te orientado sobre os primeiros passos para ajudar o seu filho. Novamente, ressaltamos a importância da paciência e do acolhimento, para que o processo não faça mal à criança, o que não é desejado.