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O que é depressão pós-parto? Entenda os sinais e o tratamento

Você sabe o que é depressão pós-parto? Neste post vamos explicar sintomas da doença, causas e tratamento. Confira!


Atualizado em:

Tempo estimado: 9 min

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O que é depressão pós-parto? Entenda os sinais e o tratamento

A família toda está feliz com a chegada do novo bebê mas, por alguma razão, você não consegue compartilhar e vivenciar isso. Mesmo sabendo que este é um dos momentos mais esperados por todas as mamães, tudo o que está dentro de você é uma grande tristeza. Esse cenário descreve a sua realidade? Se sim, chegou o momento de entender o que é depressão pós-parto.

Antes de tudo, nós queremos te dizer que você não precisa ter medo de falar sobre isso ou sentir culpa. A depressão pós-parto não é uma situação isolada e, na verdade, é mais comum do que imaginamos, embora exista tanto tabu ao redor desse assunto — uma em cada quatro mães são atingidas pela doença.

Para familiares, amigos e, principalmente, mães, criamos este conteúdo que explica sobre a questão e outras dúvidas comuns em relação ao assunto.

O que é depressão pós-parto?

A depressão pós-parto acontece, geralmente, entre a quarta e a oitava semana após o parto — embora também possa ocorrer até o primeiro ano desse período — e é marcada por um sentimento enorme de tristeza e que pode, inclusive, prejudicar a relação entre mãe e filho.

Além do sentimento de tristeza, a mulher vivencia a falta de vontade de cuidar do bebê, assim como de conviver com ele. Também pode acontecer o contrário, onde há o excesso de proteção com o pequenino. Em casos mais raros, a nova mamãe chega a vivenciar a psicose pós-parto, onde aparecem delírios, visões e surtos psicóticos.

Depressão gestacional, pós-parto ou pós-parto tardia?

Você pode ter ouvido falar desses três termos e talvez tenha ficado um pouco confusa. Afinal, qual a diferença entre eles?

A depressão gestacional, como o nome explica, ocorre durante a gestação e pode prolongar-se, tornando-se uma depressão pós-parto. Nesse quadro, os sintomas são basicamente os mesmos e os motivos para que isso aconteça estão atrelados a falta de apoio, solidão e, até mesmo, à baixa condição financeira.

Já a depressão pós-parto tardia acontece alguns meses depois do nascimento do bebê (mais do que o esperado), e pode vir acompanhada de ansiedade, estresse com o neném, ataque de pânico, falta de empatia com o filho, isolamento social e sentimento de culpa, entre outros.

Entender como é a depressão pós-parto é importante para diferenciá-la de outras doenças.

Sintomas de depressão pós-parto

Os sintomas de depressão pós-parto nem sempre são reconhecidos de primeira, uma vez que eles são facilmente confundidos pela chamada baby blues, termo que caracteriza o sentimento de tristeza, irritabilidade e desânimo nas mulheres puérperas, mas que acontece de forma “mais leve” e é intercalado por momentos de alegria.

A partir da quarta semana após o parto, se os sentimentos persistirem ou tornarem-se mais graves, é importante dizer que isso é um alerta.

Alguns sintomas comuns são:

  • Desânimo constante
  • Sentimento de culpa
  • Alterações de sono
  • Ideações suicidas
  • Excesso de proteção
  • Diminuição de libido e apetite
  • Ideias obsessivas ou supervalorizadas
  • Diminuição do nível de funcionamento mental

O que causa depressão pós-parto?

A depressão pós-parto pode ser causada por uma série de fatores, desde as mudanças hormonais até às psicológicas. Ou seja, não há uma causa única, e sim diversos pontos que, juntos, geram esse quadro.

Mães com pouco suporte, histórico de depressão, baixa autoestima, rotina com bastante estresse e problemas no relacionamento são alguns dos fatores, como aponta pesquisa. Em casais onde a gravidez não foi planejada, as chances de depressão pós-parto são maiores.

Papel da família durante a depressão pós-parto

Como foi explicado ao longo do texto, a ausência do apoio familiar e, até mesmo de amigos, faz toda a diferença para a saúde mental da mulher nessa etapa e pode ter muito impacto em um caso de depressão.

Isso porque ainda há famílias em que falar desse assunto é um grande tabu, especialmente pela crença de que a gravidez e a chegada de um filho são momentos que, necessariamente, devem ser vividos com imensa felicidade — e sabemos que, na realidade, essa etapa da vida é vivenciada de diferentes formas, já que muitos fatores influenciam nessa percepção, como pudemos ler anteriormente.

O papel do companheiro ou da companheira da mulher é indispensável, tanto para dar apoio emocional como em todas as tarefas da casa. É importante lembrar que a puérpera está em um momento delicado, vivenciando ansiedade, medos, dificuldades, além de estar mais vulnerável para fazer as atividades de antes. Aliás, vale ressaltar que qualquer trabalho doméstico pertence a ambos. Portanto, nada de sobrecarregar a sua parceira!

Se não houver um companheiro ou companheira, a família e os amigos tornam-se ainda mais importantes, pois são essenciais para amparar a mulher e proporcionar essa segurança emocional e de ajudar no que for necessário.

A família é muito importante e deve entender como identificar depressão pós-parto.

Outra forma de estar presente emocionalmente é se atentar a todos os sintomas e ao comportamento da puérpera. Talvez ela não consiga perceber que começou a demonstrar os primeiros sinais de depressão pós-parto e, portanto, é essencial que as pessoas envolvidas nessa rede de apoio estejam bem informadas, pois essa é uma das melhores ferramentas para ajudar alguém.

Além dessas formas de auxiliar, vale destacar a importância do afeto. Ele fará com que a mulher se sinta mais segura, acolhida e que possa ter sentimentos positivos dentro de si. Portanto, ao invés de ter uma postura de julgamento e de repreender, prefira ser o porto seguro dessa pessoa.

Não menos importante é a ajuda financeira. Para mães solo ou adolescentes, ajudar economicamente é crucial. Isso porque a mulher pode se sentir extremamente culpada, estressada, angustiada e ansiosa por não conseguir ter dinheiro para suprir todas as necessidades do bebê, como higiene pessoal, médico, roupas etc.

Novamente, não cabe olhar de forma pejorativa para essa mulher, e muito menos vê-la como alguém irresponsável. É necessário entender em quais pontos ela precisa de ajuda financeira, verificar o que ela e o bebê precisam, além de estudar formas de como cada familiar pode se envolver para não deixar faltar nada.

Tratamento para depressão pós-parto

Até agora compreendemos os sintomas, as causas e qual o papel da rede de apoio. Vamos, então, entender o que esperar do tratamento para a depressão pós-parto.

Em grande parte, os remédios são importantes para o tratamento da doença, para auxiliar com o sono e humor. Isso significa que o psiquiatra é um profissional que entra em ação nesse momento.

Além dele, tem acompanhamento psicológico. A terapia é essencial para que a mulher possa desabafar e cuidar das próprias emoções, assim como ter a oportunidade de desenvolver um olhar diferente sobre a situação e sobre si mesma, já que na maior parte das vezes a puérpera deixa de olhar para si e foca tudo em seu bebê.

Se você está precisando conversar com um psicólogo o quanto antes, não deixe de acessar o serviço de teleconsultas da Pague Menos. Nesse espaço, é possível encontrar, até mesmo, atendimento 24h.

Aqui, voltam a entrar em ação a família ou os amigos, para auxiliar com outras tarefas e que, consequentemente, a mulher tenha mais tempo para dormir, comer bem, relaxar e fazer alguma atividade que gosta. Além disso, vale incentivar o exercício físico, pois ele é um grande aliado do bem-estar e do combate à depressão.

A depressão pós-parto tem cura graças aos tratamentos psicológicos e a pequenas ações no dia a dia, como dormir melhor.

Mitos sobre a depressão pós-parto

Entender o que é a depressão pós-parto faz muita diferença, assim como conhecer mitos que rodeiam a doença e que podem prejudicar ainda mais o bem-estar da mamãe. Por isso, separamos alguns para você conferir.

Tristeza pós-parto é normal e passageira

Não é bem verdade! De fato, grande parte das mulheres vivenciam a tristeza desse período, o chamado puerpério, e, geralmente, ele passa sozinho. Mas a depressão não acontece dessa forma e é importantíssimo saber disso.

Quando o sentimento vai além de um mês, isso já é um alerta de que a mulher precisa de ajuda. A depressão não é simples e precisa da intervenção de profissionais da saúde.

A mulher com depressão pós-parto não ama o bebê

Apesar dessa ideia ser bastante prevalente, ela não é verdade. A mulher pode sim ter dificuldades em criar vínculo com o próprio filho, mas isso não significa que não o ame ou que nunca o amará. A depressão gera muitas dificuldades em lidar com os próprios sentimentos e, quando tratada, devolverá à mamãe uma saúde emocional mais equilibrada.

Depressão pós-parto é "coisa de mulher fraca"

Claramente não! Explicamos ao longo do texto que muitos fatores podem afetar a mãe, e nenhum deles tem a ver com traços da personalidade da mulher. Até mesmo porque não existe nenhuma escala de “força e fraqueza”, correto?

Essa ideia de mulher fraca é uma forma de culpabilizar a puérpera por algo de que ela não tem culpa e está fora de seu alcance.

Depressão é frescura, eu tive filhos e nunca passei por isso

Mulheres de gerações passadas enfrentaram muitos tabus relacionados a crenças sociais, o que pode fazer com que elas pensem que é “frescura” e que nunca passaram por isso ou não conhecem ninguém, logo não é real — o mesmo pode vir de homens.

Vimos ao longo do texto que nem todas as mulheres passam pela depressão pós-parto, e isso não significa que não exista.

A depressão, qualquer que seja o tipo, é uma doença que merece atenção e é bastante séria, levando todos os anos pessoas ao suicídio.

Compreender e reconhecer o que é depressão pós-parto é fundamental para garantir o bem-estar da mulher. Por isso, aproveitamos e convidamos você para baixar gratuitamente o nosso e-book “Ansiedade e depressão”, para conhecer mais aspectos da doença. Clique no banner abaixo!