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Novembro Azul

Novembro Azul é o mês da campanha mundial de conscientização sobre o câncer de próstata. Entenda mais sobre o assunto!


Atualizado em:

Tempo estimado: 7 min

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Novembro Azul

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, ficando atrás, apenas, do câncer de pele não-melanoma, e a principal causa de mortes. Durante o ano de 2020, estima-se que foram registrados 65.840 novos casos, o que corresponde a 29,2% dos tumores diagnosticados em indivíduos do sexo masculino. No mesmo ano, foram registradas 15.983 mortes: cerca de 43 por dia.

Os números são alarmantes, mas a doença pode ser controlada. Por conta disso, acontece a campanha do Novembro Azul, que, durante todo o mês de novembro, visa promover a conscientização sobre a saúde masculina e, principalmente, sobre o câncer de próstata. Siga na leitura para conferir mais sobre o assunto.

Conteúdo atualizado em: 25/10/2021

Novembro Azul: objetivos da campanha

O movimento Novembro Azul nasceu na Austrália em 2003, com o objetivo de chamar a atenção da população masculina para a prevenção e o diagnóstico precoce das doenças que os atingem. Para entender sua necessidade, é só dar uma olhada nos dados abaixo:

Estatísticas sobre a saúde masculina

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) divulgada pelo IBGE em 2020, a porcentagem de mulheres que realizou uma consulta médica em 2019 havia sido de 82,3%, em contraste com a taxa de apenas 69,4% entre os homens. Além disso, quando fazem uma autoavaliação de sua saúde, 70,4% dos homens tendem a considerá-la muito boa.

Se juntarmos esses dados, não é difícil perceber o quanto os homens têm menos tendência a buscar acompanhamento médico que as mulheres, muito por conta de tabus carregados ao longo dos anos de que eles precisam “ser fortes”.

Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde mostrou que os homens vivem, em média, 7,1 anos a menos que as mulheres. Entre os motivos dessa significativa diferença na expectativa de vida estão o fato de que ele, geralmente, têm mais medo de descobrir doenças, não procuram os serviços de saúde, não seguem os tratamentos recomendados e, também muitas vezes, apenas acreditam que nunca vão adoecer e, portanto, não se cuidam.

Em 2019, segundo a PNS, apenas 69,4% dos homens realizaram uma consulta médica.

No campo da saúde sexual, as coisas ficam ainda mais complicadas, já que os tabus relacionados a corpo e a virilidade acabam afastando ainda mais os homens dos consultórios: de acordo com pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 51% dos homens nunca consultaram um especialista da área. A título de comparação, pesquisa da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) mostra que 80% das mulheres vão ao ginecologista com frequência.

Embora tenha o objetivo amplo de incentivar o homem a buscar mais atendimento de saúde, o Novembro Azul acaba focando muitas de suas ações na conscientização da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata.

O câncer de próstata

A próstata é uma glândula presente apenas no corpo biologicamente masculino e se localiza logo abaixo da bexiga. Mesmo pequenina e pesando cerca de 20g, ela tem uma função bastante importante no sistema reprodutor masculino: a de produzir o líquido prostático que, em conjunto com o líquido seminal, forma o sêmem, que nutre os espermatozóides e ajuda na sua locomoção.

O câncer de próstata é causado por uma multiplicação anormal das células locais, que acabam, então, dando origem a um tumor. A doença está muito relacionada à terceira idade, já que cerca de 75% dos casos registrados em todo mundo ocorrem em indivíduos com mais de 65 anos. A partir dos 50 anos de idade, no entanto, os homens já passam a ser considerados grupo de risco.

O câncer de próstata é causado por uma multiplicação desordenada das células da glândula, formando um tumor.

Além da idade, hereditariedade, hábitos alimentares, estilo de vida, excesso de gordura corporal e exposição constante a determinados componentes químicos também são considerados fatores de risco.

Sintomas do câncer de próstata

Como muitos outros cânceres, o de próstata é bastante silencioso em sua fase inicial. Os sintomas, em geral, começam a aparecer apenas em fases mais avançadas da doença. São eles:

Necessidade de urinar com mais frequência

  • Dor ao urinar
  • Dor na ejaculação
  • Fluxo urinário fraco
  • Presença de sangue na urina ou no sêmem
  • Disfunção erétil

Nos casos ainda mais avançados, o câncer de próstata também pode provocar dor óssea e insuficiência renal.

É justamente, no entanto, por conta de seu início tão silencioso que é necessário fazer exames periódicos para investigá-lo. O diagnóstico precoce salva vidas!

Diagnóstico do câncer de próstata

O diagnóstico do câncer de próstata pode ser confirmado, somente, por meio de uma biópsia prostática, realizada via transretal e guiada por ultrassonografia. A indicação da necessidade dessa biópsia, no entanto, depende de outros dois exames.

Um desses é o exame de sangue que mede a dosagem do antígeno prostático específico (PSA). O outro é o toque retal, que é realizado em consultório com um especialista em urologia ou proctologia. Temido por muitos, ele é um exame simples, rápido e indolor que consegue rastrear precocemente a presença de alterações na glândula.

De acordo com a Fundação do Câncer, é recomendado que os homens realizem esses exames anualmente a partir dos 50 anos ou a partir dos 40, em casos em que existe histórico familiar da doença.

O câncer de próstata é diagnosticado por meio de uma biópsia, mas são os exames de sangue e de toque que revelam a sua necessidade.

Como é feito o tratamento?

O tratamento recomendado para o câncer de próstata depende de fatores muito importantes, como o nível de avanço da doença e a idade/expectativa de vida do paciente. Questões como a probabilidade de cura que cada opção oferece e a disponibilidade do paciente em relação aos efeitos colaterais também são levadas em consideração e, portanto, essa é uma decisão muito singular a cada caso.

A recomendação geral do Inca é que nos casos em que a doença está localizada na glândula e não se espalhou para outros órgãos seja feita a cirurgia de remoção e protocolos de radioterapia e tratamento hormonal, a depender do nível de avanço. Quando o câncer já é considerado metastático, ou seja, já se espalhou para outras partes do corpo, o mais recomendado é a terapia hormonal.

Também conhecida como terapia de privação de andrógeno, a terapia hormonal atua reduzindo os níveis de hormônios masculinos no organismo. Ao ser recomendada nos casos de câncer, ela tem o objetivo de atrapalhar a atuação desses hormônios na estimulação do crescimento das células da próstata, incluindo as cancerígenas.

Apesar de sugerir esses protocolos, o site do Inca deixa bastante claro que cada caso é um caso e, portanto, a escolha do tratamento deve ser totalmente individualizada e discutida entre médico e paciente.

Não existe uma resposta certa quando falamos sobre tratamento: cada caso é um caso e deve ser analisado individualmente. O médico e o paciente devem, juntos, analisar as opções.

E afinal, câncer de próstata tem cura? Essa é uma resposta que também depende de inúmeros fatores, tanto relacionados ao avanço da doença como à idade do paciente e sua situação de saúde global. Segundo especialistas, nos casos de diagnóstico precoce, a chance de cura da doença chega a 90%.

Prevenção do câncer de próstata

Manter uma vida equilibrada é sempre um fator de risco a menos quando falamos de câncer: se alimentar de maneira saudável, praticar atividades físicas regularmente, não fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas ajudam na manutenção da saúde global do indivíduo.

Além disso, não há nada que se possa fazer especificamente para prevenir o aparecimento do câncer de próstata — o que se pode prevenir é o seu avanço desenfreado, por meio do diagnóstico precoce e dos tratamentos adequados.

Por conta disso, o ideal é, sempre, identificá-lo o mais cedo possível por meio dos exames periódicos.

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