Mulheres de fases: as dores femininas ao longo da vida

As fases da mulher apresentam diversos problemas e dores características de um período vivenciado. Para evitar que se tornem crônicas e incômodas é essencial buscar ajuda especializada.

Assim, ao longo da vida as fases da mulher se desenham, desencadeando transformações no corpo e na mente. Por isso, é fundamental se atentar para os cuidados mantendo a saúde sempre em dia, para evitar as terríveis dores femininas.

De acordo com uma pesquisa realizada com mais de 72 mil pessoas pelo centro médico da Universidade de Stanford nos EUA, em quase todas as doenças citadas, as mulheres relataram sentir dor mais intensa do que os homens.

Neste post você vai conhecer as fases da mulher, da adolescência à vida adulta, suas dores e sintomas durante o processo. Continue lendo para saber quais são os principais problemas e como lidar com as dores para uma saúde plena!

Adolescência

Essa é a fase do início do amadurecimento feminino, é quando os hormônios estão mais sensíveis e causam as transformações no corpo. "A adolescência é considerada, por definição, de 12 a 19 anos, mas as mudanças no corpo podem começar bem antes", explica Juliana Risso, ginecologista.

Desse modo, a menstruação é a preparação do endométrio, sendo possível sentir dores intensas durante o ciclo menstrual. Logo, as cólicas se iniciam por volta de dois anos, após a primeira menstruação e são mais intensas na adolescência.

Algumas garotas também apresentam um fluxo menstrual intenso. Dessa forma, as mudanças nos níveis de hormônios, perda ou ganho de peso, alterações na alimentação e rotinas de exercícios exageradas, são algumas das causas.

Fase adulta

Nessa fase, é importante uma rotina de acompanhamento ginecológico. Com vida sexual ativa, é preciso mais atenção e cuidado.

Fazem parte desses cuidados: exames regulares, papanicolau, mamografia que pode ajudar a diagnosticar precocemente o câncer de colo de útero, câncer de mama e ajudar a tratá-lo de forma mais eficaz, aumentando as chances de cura.  Além desses, há outros exames que ajudam a diagnosticar DSTs, entre outras patologias.

Ademais, a TPM, para muitas, é companheira, uma fase difícil. Durante esse período, podem aparecer sintomas psicológicos e físicos, que desaparecem no primeiro dia do fluxo menstrual e, em algumas mulheres, somente com o fim do fluxo.

Assim, a principal causa da TPM é a alteração hormonal durante o período menstrual, que interfere no sistema nervoso central. Ainda, algumas mulheres também afirmam sentir vontade de comer doces, especialmente chocolates, durante esse período. 

Para se ter uma ideia, 45% das mulheres apresentam compulsão por doces durante a tensão pré-menstrual.

Menopausa

Menopausa é o nome que se dá à última menstruação. Em geral, ocorre entre os 45 e os 55 anos. Antes disso, é chamada de menopausa prematura ou precoce.

Nessa fase, também é comum aparecerem alguns desconfortos. Ondas de calor, "aumento de peso, atrofia vaginal e diminuição da libido, alterações do sono, podendo causar até depressão, ansiedade, entre outros, mas não significa que todas as mulheres vão sentir, cada uma é um ser individual", ainda destaca a ginecologista.

Por isso, a reposição hormonal ajuda a aliviar os sintomas físicos, psíquicos e os relacionados com os órgãos genitais no climatério. Além disso, funciona como proteção contra a osteoporose e assegura melhor qualidade de vida para a mulher.

A vilã osteoporose

Com a idade, vem o enfraquecimento ósseo, a osteoporose. Doença caracterizada pela redução da massa óssea, "quando muito severa, pode ocasionar fraturas principalmente nas vértebras, no colo do fêmur e no punho", destaca Maria Inês Queiroga, reumatologista do Rio de Janeiro.

Desse modo, o tratamento consiste em reposição de cálcio, vitamina D, exposição à luz solar, exercícios físicos, principalmente caminhada e musculação, e medicamentos que atuam reduzindo a atividade das células reabsortivas (osteoclásticas) ou aqueles que aumentem a atividade das células formadoras (osteoblásticas).

Cresce a incidência de doenças cardíacas em mulheres

A falta de atividade física e dieta inadequada levam à obesidade, que é um dos fatores de risco mais preocupantes. Ademais, quando são fumantes, o risco de doença cardiovascular aumenta 25%, comparado a homens nessa condição.

Portanto, com o envelhecimento da população e a mudança do estilo de vida, as doenças cardiovasculares passaram a liderar as causas de mortalidade feminina. Por isso, a prevenção é crucial para evitar a evolução de um quadro e risco de morte.

Prisão de ventre ou constipação

Atinge até 30% da população, sendo mais comum em mulheres. Embora fácil de prevenir e de tratar, ela afeta negativamente a qualidade de vida. Isso ocorre devido à influência dos hormônios. Antes da menstruação, por exemplo, muitas mulheres notam alteração do funcionamento do intestino.

Logo, alguns alimentos à base de fibras, presentes nas frutas, verduras, legumes e grãos, podem ajudar, sempre combinados ao consumo de bastante líquido. Mas, em alguns casos é preciso buscar ajuda médica.

Dores femininas

Dor é uma experiência sensorial ou emocional desagradável que ocorre em diferentes graus de intensidade.

As dores femininas podem ter origens variadas, causam um sofrimento intenso e recorrente, que pode se arrastar por anos sem diagnóstico e interferir na autoestima e na qualidade de vida das mulheres. Por isso, é indicado procurar um médico para saber a causa da dor. Vamos conhecê-las?

A principal dor feminina é a cólica menstrual afeta 75% das mulheres. 

Cólica menstrual

Dor pélvica, acompanhada por vezes de náuseas, vômitos, tonturas, dores de cabeça e desmaios, levando à incapacidade produtiva da mulher. Além disso, afeta principalmente as adolescentes e mulheres jovens, melhorando com a idade adulta e após partos. Outra estatística relevante é que em 59% das mulheres, a cólica menstrual vem acompanhada de dores de cabeça e 46% delas, há dores nas costas.

Melhor tratamento

exercícios físicos;

calor em região pélvica (compressas ou bolsas térmicas);

métodos contraceptivos de uso contínuo;

medicamentos (anti-inflamatórios não esteroides, analgésicos).

Endometriose

Essa dor acontece na região pélvica, sendo uma doença inflamatória, principalmente durante o período reprodutivo da vida da mulher. Segundo a ginecologista, "existe relação com o fator hereditário, imunidade, estresse e ansiedade".

Melhor tratamento

Endometriose inicial: anticoncepcional combinado de progesterona.

Endometriose avançada ou profunda: tratamento cirúrgico e complementação clínica.

Enxaqueca menstrual

Geralmente, essa dor de cabeça começa uns dois dias antes e pode durar até dois dias depois do início da menstruação. É causada pela queda nas concentrações de estrógeno. 

"É uma dor de cabeça que pulsa, latejante e unilateral. Aumenta na presença da luz e pode ser acompanhada de náuseas e, às vezes, vômitos", destaca a ginecologista Edla Amaral.

Tratamento

Segundo a profissional, a triptana de ação rápida por via oral em comprimidos, administrada no início da crise de enxaqueca e anti-inflamatório.

Dor na coluna

A dor na coluna é uma das campeãs de queixas entre as mulheres, junto com a enxaqueca. É um tipo de dor que pode estar associada à má postura, tabagismo, tarefas domésticas, gravidez ou sedentarismo.

Tratamento

É importante, antes de adotar qualquer medida, identificar as causas das dores na coluna e nas costas. O automedicamento, seja por pesquisas na internet ou indicação de pessoas próximas, é um vilão para quem pensa que um remédio para dor pode ser o suficiente.

Dessa maneira, a melhor forma de tratar uma dor na região das costas é buscar ajuda especializada para uma investigação mais completa. Pode ser que algumas mudanças de hábitos e postura resolvam muitas dessas dores.

Salto alto

Por acharem bonito ou até por adequações no trabalho, as mulheres não abandonam o salto, mesmo com seus defeitos. O uso do salto concentra o peso de quem o usa apenas na ponta do pé, duplicando a carga que os ossos da região conseguem suportar, e o resultado disso é a dor.

E quanto mais alto, pior! O uso diário desses sapatos pode estar prejudicando a sua saúde. Portanto, tente intercalar e evitar o uso contínuo.

O peso da bolsa

As bolsas fazem a alegria das mulheres, mas o excesso de peso pode provocar uma série de problemas. 

Essa prática é extremamente prejudicial à postura corporal. Carregar muito peso nas costas ou em um dos ombros prejudica de uma só vez a musculatura lombar, coluna, pescoço, ombros, braços e quadril.

Confira onde dói mais:

ombros: 65%;

costas: 22%;

pescoço: 11%;

braço: 2%.

Dicas para a mulher lidar com as dores e manter a saúde em dia

Não é fácil viver com dores e as fases da mulher trazem incômodos que, em muitos casos, podem ser evitados ou minimizados. O primeiro passo para lidar com esses incômodos é buscar ajuda especializada, receber o diagnóstico correto e iniciar tratamentos adequados.

Logo, evite se automedicar e invista na boa alimentação, além de atividades físicas regulares. Já que alimentos gordurosos e sedentarismo completo, deixam o organismo e corpo mais suscetíveis a dores.

Os casos extremos, de dor intensa e incontrolável exigem medicamentos, mas somente um profissional será capaz de avaliar, por exame clínico ou laboratorial, o que aplicar em cada caso.

Portanto, passar anos a fio sob o domínio de dores, ninguém merece! É para abalar o equilíbrio psicológico de qualquer uma, gerar impactos físicos, emocionais e se tornar um fator estressante.

Por isso, as fases da mulher são também de aprendizado sobre o corpo e a mente. Cada uma reage de uma maneira diferente, tendo como base os problemas que afetam seu organismo, para saber lidar com as dores crônicas e persistentes.

Então, meninas, além de trabalhar a mente, vamos botar o corpo para mexer. Os exercícios físicos ajudam a fortalecer a musculatura e, consequentemente, o corpo, para minimizar as dores femininas.

Além disso, você pode contar com o AME (Atendimento de Medicamentos Especiais) da Pague Menos, que fornece medicamentos inovadores, que tratam doenças de alta complexidade, como a enxaqueca muito forte ou endometriose, por exemplo. 

Gostou? Esse artigo encontra-se originalmente publicado na edição 33 da revista Pague Menos Sempre Bem, que tem como capa Bruna Lombardi. Acesse e saiba mais!