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Intolerância à lactose x aplv: saiba a diferença

Enquanto a intolerância à lactose é um distúrbio digestivo, a alergia à proteína do leite de vaca causa reações de leves, como urticárias, a graves, como choque anafilático


Atualizado em:

Tempo estimado: 6 min

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Intolerância à lactose x aplv: saiba a diferença

Quem nunca ouviu falar em intolerância à lactose? E em alergia à proteína do leite de vaca - APLV? Os distúrbios e alergias alimentares são muitos e variam de forma e intensidade de pessoa pra pessoa. Neste dia 7 de maio, Dia Nacional de Prevenção da Alergia, o Sempre Bem vem esclarecer as diferenças entre a intolerância à lactose e a APLV, ambas relacionadas, de alguma forma, ao consumo do leite.

O que é intolerância à lactose

A intolerância à lactose é um distúrbio no sistema digestivo que se caracteriza pela incapacidade total ou parcial de o organismo digerir o açúcar do leite e seus derivados, como iogurtes, queijos e outros laticínios. Ela acontece porque o intestino delgado deixa de produzir, ou produz em quantidade insuficiente, a lactase, enzima responsável por quebrar as moléculas de lactose e transformá-la em glucose e galactose.

Você sabia que a intolerância à lactose pode acontecer por motivos diferentes? Os médicos apontam três tipos distintos.

Intolerância congênita - é a forma mais rara, porém mais crônica, de intolerância à lactose. Acontece quando a criança já nasce com o problema, resultante de uma predisposição genética.

Intolerância primária - é o tipo mais comum, resultado da diminuição na produção da enzima lactase no decorrer da vida, à medida que a pessoa vai ficando mais velha.  

Intolerância secundária - é quando a produção da lactase é interrompida por algum problema secundário, como infecção intestinal, cirurgias, síndrome do intestino irritável, entre outros. Normalmente, depois de concluir o tratamento, o organismo volta a produzir a lactase. 

Sintomas

A intolerância à lactose não é considerada uma doença, mas sim uma deficiência do organismo em produzir a lactase. Ainda assim, ela provoca algumas reações que podem ajudar na identificação do problema. Eventos de desconforto abdominal, como inchaço e gases no aparelho digestivo, diarreia, náuseas, entre outros, sempre após a ingestão de laticínios podem ser um sinal de alerta.

É preciso ficar atento aos sintomas, mas somente a avaliação médica pode confirmar um diagnóstico de intolerância à lactose. O ideal é que o indivíduo que apresente qualquer um dos sinais do problema anote em que situação o sentiu para relatar ao especialista. A suspeita de intolerância à lactose acontece quando a pessoa apresenta sintomas depois de consumir produtos lácteos.

O diagnóstico demora cerca de três a quatro semanas para se confirmar. Nesse período, é avaliado se os sintomas desaparecem com uma dieta sem laticínios e se retornam quando a pessoa volta a consumir leite e seus derivados. A partir daí, é recomendado o tratamento.

Como tratar a intolerância

O controle da intolerância à lactose pode ser feito a partir de dieta, bastando evitar alimentos contendo este açúcar, principalmente os laticínios. Iogurtes e queijos normalmente são bem tolerados, por possuírem quantidades reduzidas de lactose - o iogurte, inclusive, contém lactase graças à ação dos lactobacilos.

Hoje em dia, já é possível encontrar diversos produtos zero lactose para atender às necessidades específicas do público com esse distúrbio alimentar. Também é importante ficar atento à nutrição, pois, ao evitar os laticínios, a ingestão de cálcio deve ser feita de outras formas, geralmente por meio de suplementos.

Ah, e se quiser comer aquela pizza ou qualquer outro alimento que contenha lactose, vale a pena fazer uso de suplementos da enzima lactase, que estão disponíveis em farmácias sem necessidade de prescrição médica.

Agora que você já sabe bem o que é a intolerância à lactose, entenda o que é a alergia à proteína do leite de vaca, ou simplesmente APLV. 

APLV - Alergia à Proteína do Leite de Vaca

A alergia à proteína do leite de vaca é diferente da intolerância à lactose. Ao contrário da intolerância à lactose, pessoas com alergia a leite de vaca podem, sim, digerir o leite apropriadamente. A diferença é que, ao fazer essa digestão, o sistema imunológico reage às proteínas do leite, causando desde urticárias a reações alérgicas súbitas e graves.

Mais comum em crianças, a APLV é causada porque o organismo apresenta sensibilidade a alguma proteína presente no alimento. Os motivos para as crianças serem afetadas por alergias alimentares derivadas do consumo do leite de vaca são dois, segundo especialistas:

O alimento é muito consumido.

O leite de vaca contém mais de 20 elementos proteicos, portanto tem alto potencial alergênico. 

Sintomas da APLV

É importante saber quais sintomas diferenciam a APLV da intolerância à lactose. A APLV ocorre geralmente antes do primeiro ano de vida do bebê, quando começa a introdução de outros alimentos, além do aleitamento materno. Se houver reação alérgica ao leite antes desse período, é recomendado que a mãe retire leite e derivados da alimentação.

Saiba onde se manifestam os principais sintomas e de que forma:

Pele - urticária, erupção cutânea, coceira, ressecamento e descamação, inchaço nas pálpebras e/ou lábios.

Sistema respiratório - coriza, respiração difícil, sibilo e tosse, desde que não estejam associados a infecções.

Sistema digestivo - diarreia, vômitos, cólicas intensas, constipação, dificuldade para engolir e refluxo.

Outros - pouco ganho de peso, crescimento lento, choque anafilático, entre outros.

Mas é preciso lembrar que esses sintomas podem estar associados a outras causas ou ter origem fisiológica. Isso significa que, mesmo que a criança apresente um ou mais deles, não é suficiente para caracterizar a APLV.

Tratamento

A criança com APLV não deve ter em sua dieta qualquer alimento que contenha a proteína do leite de vaca. É importante salientar que a alergia é causada pela proteína alimentar em si, e não pela quantidade ingerida. Por isso, uma pequena porção pode causar a reação alérgica. Quando a alergia afeta bebês em fase de amamentação, é a mãe que deve adotar uma dieta restritiva, indicada pelo pediatra.

Estima-se que a alergia seja resolvida entre os três e cinco anos de idade em cerca de 80% das crianças. Mesmo nesses casos, a reintrodução de alimentos com a proteína do leite precisa ser supervisionada pelo médico.

Agora, que você já conhece a diferença entre a intolerância à lactose e a APLV, fica mais fácil repassar os sintomas para uma avaliação médica adequada.

 

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Fonte: minhavida | Alergia à Proteína do Leite de Vaca