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Hepatite: conheça os tipos e tratamentos

Uma doença silenciosa e distribuída em tipos que provoca sérios danos à saúde, podendo levar a doenças mais graves e até à morte.


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Tempo estimado: 8 min

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Hepatite: conheça os tipos e tratamentos

O dia 29 de julho é mundialmente dedicado à luta contra as hepatites virais e, no Brasil, ações para sua prevenção e controle são realizadas ao longo de todo o mês – os tipos de hepatite viral mais comuns são A, B, C e D.

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), no Boletim Epidemiológico 2020 entre 1999 e 2019, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 673.389 casos confirmados de hepatites virais no Brasil.

O MS também revela que, somente em 2018, foram confirmadas 371 ocorrências no Ceará, sendo 175 de hepatite B e 196 do tipo C, formas crônicas da patologia. O assunto é sério e para se unir à luta contra as hepatites virais, o Sempre Bem conversou com o infectologista Carlos Jaime, do Hospital Prontocárdio, no Ceará.

Saiba neste artigo o que é a hepatite, os tipos da doença, como se dá contágio, quais os sintomas, diagnóstico, tratamento, se tem cura e formas de prevenção de cada uma delas!

O que é hepatite?

Hepatite é a inflamação do fígado, que pode ser causada por vírus, pelo uso excessivo de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Em alguns casos, são doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas.

O fígado é o órgão principal no processo metabólico do organismo. Uma inflamação nele causa diversos prejuízos ao funcionamento do corpo. “Um dos impactos da hepatite no ser humano é a redução do tamanho do fígado. Quando há disfunção nesse órgão, a pessoa pode ter fraqueza generalizada, perda de peso, apatia e distúrbio de coagulação do sangue, ou seja, o indivíduo pode sofrer com sangramentos”, explica Carlos Jaime.

Olhos amarelados, perda de peso, inchaço nas pernas, cirrose – esses são apenas alguns sintomas e consequências da hepatite. Cada forma é causada por um vírus diferente, e o modo de transmissão também varia.

Quais são os tipos de hepatite?

A hepatite se desdobra em tipos com características e causas diferentes. Conheça mais sobre cada uma delas!

Hepatite A

Causada pelo vírus da hepatite tipo A (HAV), ela é transmissível e pode ser contraída por meio da água e alimentos contaminados ou relação sexual sem o uso de proteção adequada.Seu potencial de cura espontânea é de mais de 90%, sendo que o vírus é eliminado nas fezes.

Hepatite B

A hepatite do tipo B, também chamada de soro-homóloga, é transmitida via fluídos corporais, causada pelo vírus HBV. As formas de contágio vão desde relação sexual sem preservativo, drogas injetáveis a material de corte e cirurgia esterilizados incorretamente (lâmina de barbear, alicate, bisturi, espátula).É possível impedir sua evolução caso a pessoa infectada receba uma injeção de imunoglobulina e a vacina específica em até 72h após o contágio. Caso não ocorra, é fundamental procurar ajuda especializada.

Hepatite C

Assim como a do tipo B, a hepatite C também é transmitida pelos fluídos corporais, porém é causada pelo vírus HCV. As formas de contágio são também as drogas injetáveis, materiais não esterilizados e relação sexual não protegida, sendo esse o meio mais raro.Com o tratamento adequado uma pessoa infectada tem cerca de 95% de chances de ser curada. É crucial buscar tratamento rápido, pois um quadro agravado pode evoluir para cirrose ou câncer de fígado.

Hepatite alcoólica

O consumo persistente e abusivo de álcool – chamado de droga hepatotóxica – pode causar hepatite. Quando em fase crônica estimula o surgimento de problemas mais graves como cirrose e falência hepática.O tratamento para esse tipo consiste na suspensão completa do uso de álcool.

Hepatite medicamentosa

Muitos medicamentos, incluindo os fitoterápicos, quando usados de forma prolongada, costumam afetar o fígado e possivelmente acarretar a hepatite medicamentosa.A melhor forma de tratamento é a realização de exames regulares para conferir o impacto nas funções hepáticas para que o médico avalie se é necessário suspender o uso.

Hepatite autoimune

Quando o sistema imunológico apresenta falhas e não reconhece suas próprias células, elas se tornam estranhas. Nesse estágio, o sistema reage e produz anticorpos que atacam o fígado comprometendo seu funcionamento.As mulheres são as mais afetadas, podendo esse tipo de hepatite se tornar crônica — um quadro inflamatório prolongado, por mais de 6 meses — se não for tratada a tempo.

Como se dá o contágio em termos gerais?

As hepatites podem ser transmitidas de diferentes formas. O especialista destaca que o tipo A, por exemplo, é ocasionado por problemas de higiene sanitária e pessoal, por via oral-fecal. Objetos contaminados, como agulhas, lâminas de barbear ou depilar e alicates de unha transmitem os vírus B e C pelo contato com o sangue.

A hepatite B também é transmitida sexualmente, assim, “pode acontecer o contágio intrauterino, que ocorre quando a mãe transmite para o feto”, alerta o médico. As demais formas — alcoólica, medicamentosa e autoimune — se desenvolvem, não por contágio, mas situações específicas, já descritas.

Quais são os sintomas da doença?

Os principais sintomas da hepatite são:

  • amarelidão na pele e nos olhos;
  • fraqueza muscular;
  • falta de apetite;
  • diarreia em alguns indivíduos.

O infectologista ainda alerta a possibilidade de distúrbios de coagulação do sangue, nos casos mais graves, e alterações no metabolismo de toxinas do corpo, o que leva à disfunção neurológica, febre, perda de peso, empachamento, náuseas e vômitos.

As hepatites crônicas são doenças silenciosas. De acordo com Carlos Jaime, “na grande maioria dos casos, os pacientes não apresentam sintomas. Quando o corpo começa a mostrar algum sinal, é possível que a doença já tenha comprometido a função do fígado. Por isso é importante o diagnóstico precoce com tratamento adequado”, afirma.

Como diagnosticar?

Para detectar o problema, a primeira etapa é a consulta médica, com exame físico e anamnese bem-feitos. É a partir disso que o médico vai determinar a hipótese da hepatite e solicitar os exames específicos.

Sorologias para os vírus A, B e C, por meio de exames de sangue e ultrassom do abdome são alguns testes iniciais para avaliar a função do fígado, a anatomia dele e possíveis causas do acometimento.

O diagnóstico precoce pode evitar as complicações da doença, como a cirrose e a necessidade de substituição do órgão. “Existem muitos casos de transplante do fígado devido a sua falência, quando a doença já está bem avançada. Isso sem contar com o risco de desenvolver câncer de fígado, que a infecção crônica pode ocasionar”, ressalta o infectologista.

Como tratar a hepatite?

O médico reforça que, atualmente, o tratamento para hepatite viral do tipo C, por exemplo, pode ter eficácia bem elevada, acima de 90% dos casos, quando detectada e tratada precocemente. Antigamente, a taxa de cura era de apenas 40%.

A maioria das hepatites são tratadas com sintomáticos, ou seja, medicamentos que agem sobre os sintomas para reduzi-los. Porém, a depender do tipo da doença, deve-se usar medicação específica.

Para tratar hepatite A, são usados antieméticos para náuseas, remédios para dor e hidratação para os que estão desidratados. Já as formas crônicas virais, causadas pelos vírus B e C, têm antivirais específicos para o tratamento”, detalha.

Como prevenir?

Tão importante quanto detectar e tratar as hepatites, é preveni-las, pois os prejuízos que elas causam à saúde, como você já viu, não são poucos. Atitudes simples de higiene pessoal e noções de educação sexual podem fazer com que esse problema fique no passado de vez.

O uso de preservativos, o não compartilhamento de agulhas contaminadas, o não uso de objetos que tiveram em contato com sangue de paciente infectado e a vacinação contra hepatite B são estratégias que ajudam na prevenção, diminuindo drasticamente o número de casos da doença”, conclui o médico.

Para se prevenir do tipo A do vírus, cuja transmissão é fecal-oral, é importante o acesso a saneamento básico e a adoção de medidas de higiene pessoal, como lavar as mãos de forma correta. O uso de preservativos protege contra os vírus B e D. Além disso, há vacinas que protegem contra os tipos A e B. Para combater a hepatite C ainda não há imunização.

Afinal, a hepatite tem cura?

Cada tipo de hepatite apresenta um comportamento e potencialidade de cura, podendo alcançar a totalidade ou uma perspectiva acima dos 90%. Quando detectada em fase inicial, é possível encontrar tratamentos e medicamentos adequados e eficazes.

Portanto, é importante, além de contar com a ajuda especializada, atentar para o fato de existirem medicamentos especiais e inovadores que tratam doenças de alta complexidade como a hepatite.

Foi pensando nisso que a Pague Menos criou o AME, serviço disponível em várias das suas lojas com toda a estrutura e tecnologia necessária de armazenamento e controle desses medicamentos, de acordo com os critérios e exigências do Ministério da Saúde.

É possível que uma pessoa portadora de hepatite tenha uma vida saudável a partir de cuidados que vão desde os exames de rotina, buscar ajuda especializada e seguir rigorosamente as recomendações médicas sobre o uso de medicamentos eficazes.

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