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Febre Amarela

No Brasil o surto da doença é o maior desde 1980


Atualizado em:

Tempo estimado: 5 min

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Febre Amarela

A febre amarela é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus. Comum em macacos, a doença é transmitida por mosquitos (inclusive o Aedes aegypti) e pode levar à morte em uma semana se não for tratada rapidamente. Existem dois tipos de transmissão, a silvestre e a urbana. A diferença entre os ciclos de transmissão se encontra apenas no mosquito transmissor, uma vez que o vírus e os sintomas são os mesmos.

Os sintomas da febre amarela incluem dor de cabeça, febre de início súbito, calafrios, dores nas costas, náusea, vômito, fadiga e fraqueza. Nos casos mais graves, o paciente também desenvolve tom amarelado no corpo e no branco dos olhos, hemorragia e insuficiência dos órgãos. Não existem tratamentos específicos para a doença. O tratamento é apenas sintomático com analgésicos e antitérmicos.

Para evitar a doença a população deve se vacinar. No Brasil é feito um esquema de duas doses da vacina: um aos nove meses de idade e outra nos quatro anos. Outra medida que deve ser tomada pela população em áreas de surto, é o uso de repelentes de insetos, mosqueteiros e roupas que cubram o corpo.

Vale, ainda, evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão urbana da doença. A população deve tomar cuidado com recipientes que acumulem água limpa e parada, tal como caixa d’água, garrafas e pneus, uma vez que são nesses locais que a fêmea do mosquito encontra as condições ideais para depositar seus ovos.

Febre Amarela X Gravidez
Um surto de febre amarela silvestre tem assustado a população da região nordeste de Minas Gerais. Até agora já foram registrados 272 casos suspeitos em 38 municípios da região. E essa súbita difusão da doença tem tirado o sono de muitas grávidas da região; isso se deu pelo fato de a doença ser transmitida no meio urbano pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo responsável por disseminar a zika. Mas, apesar do que algumas futuras mamães acreditam, a febre amarela não tem relação clara com a má formação do feto, tal como acontece na zika e na microcefalia.

Porém, segundo o especialista em medicina fetal Paulo Alexandre Chinen, o ideal é que as gestantes mantenham distância das regiões afetadas pelo surto da doença. Isso porque a febre amarela é considerada grave e 20% das pessoas que a contraem têm a forma severa, com febre alta, icterícia e sangramentos, o que pode levar ao óbito.

“No caso de a viagem ser imprescindível ou em casos de mulheres que moram nesses locais, deve ser avaliado o risco da imunização em relação ao benefício”, orienta o Dr. Chinen. A decisão de se vacinar ou não deve ser tomada em comum acordo entre a gestante e o seu obstetra. Paulo Alexandre aponta que o ideal é que a mulher adie a viagem para as áreas endêmicas para que não precise ser vacinada, já que a imunização é feita com vírus vivo, atenuado, e entre as reações à vacina constam febre e mal-estar.

Se a gestante optar por se imunizar, a vacina deve ser aplicada após o primeiro trimestre de gestação. Lembrando que a grávida imunizada deve ser acompanhada de perto pelo seu obstetra, que vai ficar atento a qualquer alteração que possa ocorrer.

Confira alguns fatos envolvendo gravidez e febre amarela:
• Gestantes devem evitar ou adiar a viagem para as áreas de alto risco de contágio da doença;
• A grávida deve avaliar com o médico obstetra os riscos da vacina, para si e para o bebê, em caso de viagem inadiável ou residência em uma região afetada pelo surto;
• Mesmo com possíveis reações, já que a vacina é produzida com o vírus atenuado, a grávida deve lembrar que pode ser muito pior ficar suscetível a pegar uma infecção com o vírus forte;
• Apesar de os trabalhos mostrarem que não existem riscos maiores para a formação do bebê, para quem está tentando engravidar e vai para as regiões endêmicas, a orientação é esperar um mês após a vacinação para tentar a concepção;
• É imprescindível usar repelentes, roupas com mangas longas e calças, para proteger os braços e pernas das picadas dos mosquitos. Além disso, é aconselhável manter as casas ou apartamentos com as portas e janelas fechadas ou com telas;
• Para os bebês, a vacina é indicada a partir dos seis meses de idade quando a criança reside em uma área em que há morte de macacos com suspeita de febre amarela e na área em que há casos de febre amarela silvestre. Mas, fora dessas situações, o calendário de vacinações indica a partir de nove meses de idade.