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Convivendo com o refluxo: aprenda a conquistar seu bem-estar


Atualizado em:

Tempo estimado: 5 min

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Convivendo com o refluxo: aprenda a conquistar seu bem-estar

O dia mal começa e já listamos a sequência de tarefas que pretendemos realizar: escovar os dentes, tomar banho, separar a roupa que vai usar, preparar o café da manhã… Porém, alguns problemas de saúde, como o refluxo, pode nos obrigar a repensar no que comer. E isso não é o fim do mundo, afinal, é possível conviver com ele e ter qualidade de vida.

Um mapeamento realizado pela Federação Brasileira de Gastroenterologia revelou que 51% dos entrevistados afirmaram sofrer semanalmente com refluxo gastroesofágico, além de queimação e azia, que podem ser indícios do problema. O levantamento ouviu mais de três mil pessoas de todas as regiões do Brasil.

Hoje, o Sempre Bem explica mais sobre esse distúrbio e ensina a conviver com ele sem pânico.

O que é refluxo?

A doença do refluxo gastroesofágico, ou apenas refluxo, é o retorno involuntário do conteúdo do estômago para o esôfago. É mais comum acontecer logo após as refeições, mas quando ocorre em excesso, o suco gástrico, que é extremamente ácido, afeta o esôfago, causando inflamação e até lesões nas cordas vocais e faringe.

Causas

Quando comemos, uma válvula chamada esfíncter se abre para a entrada de alimentos e se fecha para impedir a passagem dos ácidos estomacais para o esôfago. Se essa fibra muscular não funcionar corretamente, pode ocorrer a subida do ácido gástrico. Uma alteração que pode ocasionar o problema é a hérnia de hiato, deslocamento do estômago que pode causar dor ao ponto de ser confundida com infarto.

Sintomas

Os principais sinais da doença são tosse seca, regurgitação, pigarro, rouquidão, afta, azia, queimação que pode alcançar a garganta, sinusite, otite, dor torácica intensa, entre outros.

Leia também o artigo (Azia ou má digestão? Entenda a diferença e os cuidados)

Diagnóstico

Para detectar a doença, é necessário uma consulta com especialista e a realização de exames. Além do relato clínico dos sintomas, a pHmetria e a endoscopia digestiva alta são fundamentais para um diagnóstico preciso. 

Fatores de risco

Alguns fatores aumentam o risco de apresentar episódios ou crises de refluxo, como: 

  • - Ganho de peso;
  • - Comer muito antes de deitar;
  • - Consumir alimentos ácidos, como molho de tomate, bebidas alcoólicas ou gasosas, chá mate, chá preto, café, entre outros.

Tratamento

O tratamento para a doença pode ser clínico ou, em casos mais graves, cirúrgico, mas o especialista é quem deve indicar tanto um quanto o outro. Os medicamentos para refluxo agem para reduzir a produção de ácido estomacal. Além disso, é importante perder peso (quando o paciente está com sobrepeso ou obesidade), evitar alimentos que pioram o problema e praticar atividade física. 

Já a cirurgia é recomendada nos casos de hérnia de hiato ou quando a pessoa não apresenta resultados satisfatórios com o tratamento clínico, pois o contato repetido do ácido gástrico pode ocasionar esofagite grave, alterando as células que revestem o esôfago e dando origem a tumores malignos.

Hábitos para melhorar e prevenir as crises

Uma etapa indispensável no tratamento e prevenção de crises é a mudança no estilo de vida, adaptando a dieta e os hábitos do cotidiano. Por isso, listamos 8 dicas que vão fazer a diferença no seu bem-estar.

1. Alimente-se em pequenas quantidades

O estômago muito cheio pode estimular episódios de refluxo. O ideal é fazer mais refeições ao dia, a cada três horas, em porções fracionadas. 

2. Evite a ingestão líquidos durante as refeições

Os sucos (especialmente os cítricos) e outros líquidos devem ficar longe de pessoas com o problema durante as refeições, pois enchem demais o estômago.

Veja também a matéria (Prevenindo o Refluxo: mudança de hábitos é fundamental)

3. Fuja de bebidas gasosas

Refrigerantes e água com gás são inimigos de quem tem refluxo, pois o excesso de gases no tubo digestivo causa distensão no abdômen. 

4. Reduza a ingestão de frituras

As frituras são vilãs da saúde como um todo. No caso do refluxo, o alto teor de gordura contido nelas pode causar empachamento, estimulando a volta dos alimentos.

5. Diminua o consumo de chocolate, cigarro e café

Esses alimentos contêm substâncias que relaxam o esfíncter, facilitando a regurgitação. 

6. Troque condimentos por ervas aromáticas 

Alguns condimentos, como pimentas, podem elevar o fluxo de ácido estomacal. As ervas aromáticas são uma boa opção para garantir sabor ao preparar os alimentos.

7. Não se deite logo após se alimentar

Aquela sonequinha depois do almoço, assim como dormir logo após o jantar, pode piorar o refluxo. Isso porque há uma ausência de gravidade que facilita o retorno do conteúdo gástrico quando estamos deitados. Uma recomendação para quem sofre com o problema é elevar a cabeceira da cama.

8. Opte por roupas confortáveis  

Peças de roupa que apertam a região abdominal causam uma maior pressão, estimulando que os alimentos façam o caminho contrário. Portanto, evite as calças justas, cintos e cintas no seu dia a dia. 

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Referências: Ministério da Saúde | Drauzio Varella | Manual MSD