Cenários da vacinação contra COVID no Brasil
Aderência da primeira dose pela maioria da população e dose de reforço para adultos indica que cenário da vacinação será positivo em 2022
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Por: Ladinne Campi
Desde o dia 18 de janeiro de 2021, quando a primeira vacina contra a Covid-19 foi aplicada em São Paulo, os brasileiros foram tomados pelo sentimento de alívio e esperança. O país avança, diariamente, em número de imunizados e até meados de dezembro, o Brasil conta com:
• 160.206.836 pessoas imunizadas com a primeira dose (75,1% da população);
• 139.989.809 pessoas totalmente imunizadas;
• 300.194.645 total de doses aplicadas.
Mesmo com números expressivos, autoridades e profissionais da saúde seguem batendo na mesma tecla: medidas de proteção devem continuar, inclusive, em pessoas que completaram o esquema vacinal. A recomendação é que a população continue usando máscaras, higienizando as mãos, respeitando a etiqueta respiratória, além de manter a higiene e evitar aglomerações. Essas medidas são fundamentais para impedir o surgimento de novas variantes da doença.
O que podemos ver na prática foi que a redução da transmissão do vírus Sars-CoV-2 depende de um número expressivo de pessoas vacinadas: mais de 70% da população. Além disso, as vacinas disponíveis no Brasil são eficazes após duas doses, com intervalo entre ambas. Em outras palavras, significa que o organismo não cria anticorpos imediatamente, pois não existe imunidade instantânea.
A dose de reforço, entretanto, foi incorporada nos últimos meses a fim de potencializar os efeitos da vacina. No mês de novembro, o Ministério da Saúde autorizou os brasileiros a tomarem a terceira dose cinco meses após a segunda. Até então, a recomendação envolvia idosos, profissionais da saúde e imunossuprimidos (pessoas com problemas no sistema imunológico).
Dessa forma, todos os brasileiros com mais de 18 anos têm liberação para receber a terceira dose das vacinas CoronaVac, Pfizer e AstraZeneca nos 38 mil postos de saúde presentes no território brasileiro. Para aqueles que tomaram a dose única da Janssen, a indicação é tomar uma segunda dose após dois meses e a dose de reforço (terceira dose) após cinco meses.
Autoridades recomendam seguir a Secretaria de Saúde de cada estado, que contam com calendários próprios, seguindo orientações do governo federal. Outra recomendação baseia-se no esquema de vacinação heteróloga, com doses diferentes.
Ainda em relação à população já imunizada (mesmo com as três doses), sabe-se que este público pode continuar transmitindo o vírus de outras formas, como por exemplo através do ambiente, uma vez que superfícies contaminadas também são um foco de contaminação em potencial. Além disso, a vacina não apresenta evidências que evite a transmissão da Covid-19, oferecendo, portanto, uma diminuição nos sintomas graves.
Mais uma vez, faz-se necessário reforçar as medidas de biossegurança, além das citadas acima:
• Mantenha os ambientes limpos e ventilados;
• Mantenha uma alimentação equilibrada e duma bem;
• Mantenha distância de um metro e meio de outras pessoas;
• Não compartilhe objetos de uso pessoal;
• Higienize objetos usados com frequência, como celular e brinquedos;
• Não toque nos olhos, nariz, boca ou na máscara de proteção sem que as mãos estejam devidamente higienizadas.
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