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Educação financeira para crianças: como ensinar os seus filhos?

A educação financeira para crianças é essencial para que os pequenos sejam adultos conscientes. Confira como fazer isso!


Atualizado em:

Tempo estimado: 7 min

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Educação financeira para crianças: como ensinar os seus filhos?

Educação financeira para crianças também existe, você sabia? Isso mesmo! Os pequenos devem começar desde cedo a compreender o valor do dinheiro e, também, como economizar, organizar-se, entre outros aspectos que são importantes para quem quer fazer as pazes com as finanças e ter mais tranquilidade.

As crianças até podem não ter acesso às instituições financeiras e às dificuldades enfrentadas pelos adultos, mas, com a ajuda do cofrinho, é possível ensinar a elas princípios básicos e, com o tempo e maturidade, educar para conceitos mais complexos. Continue a leitura e saiba como implementar isso no dia a dia dos pequenos!

A importância da educação financeira para crianças

O índice de endividados no Brasil chegou aos 77,7%, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Esse é o maior número em 12 anos, ou seja, desde o início da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência (Peic), em 2010.

A pesquisa aponta que o principal vilão do endividamento das famílias é o cartão de crédito, ferramenta importante para a vida de muitas pessoas, mas, se não for usada com cautela, pode trazer consequências sérias. 

É aqui que a educação financeira entra como um pilar importante para prevenir o endividamento — não que isso seja uma regra para todas as famílias, afinal, vale lembrar que muitas pessoas, durante a pandemia, perderam os empregos e o poder aquisitivo. Agora, precisam sobreviver à crise e inflação alta, muitas vezes com a ajuda do cartão de crédito para parcelar a compra do mercado. 

A educação financeira é essencial para que as pessoas saibam o quanto recebem e o quanto podem gastar e poupar. É entender quais são os limites do seu bolso, a sua realidade e como viver de forma tranquila com os pés no chão. 

E isso deve ser ensinado desde a infância. Os pequenos podem, sim, começar a compreender o valor do dinheiro, como gastá-lo e a importância de poupar. O tradicional porquinho é mais do que bem-vindo nessa missão de educar os filhos e deixa o processo mais lúdico e divertido. 

Como ensinar educação financeira para crianças?

Você já compreendeu a importância da educação financeira para crianças e quer começar a implementá-la no dia a dia dos seus filhos? Confira, a seguir, dicas preciosas e fáceis para aderir. 

Educação financeira para crianças
O que é educação financeira para crianças? É uma forma lúdica de ensinar os pequenos a ter uma boa relação com o dinheiro.

1. Use o cofrinho

Já comentamos que o cofrinho pode ser o primeiro contato da criança com o controle financeiro. O ideal é explicar que, sempre que sobrar dinheiro, ele deve ser guardado ali. Aproveite para falar que todas as moedas, mesmo as de valor baixo, importam e, como diz o ditado, “de grão em grão a galinha enche o papo”.

Atualmente, é fácil encontrar opções de cofrinho. Há aqueles que são de lata, e só podem ser abertos quando ficam cheios, ou os com tampinha, que permitem o resgate do dinheiro a qualquer momento. O interessante é desafiar o pequeno a não gastar nada e conseguir encher o recipiente. 

Os cofrinhos feitos com garrafa PET são bastante interessantes, já que são transparentes e isso pode motivar a criança a alimentar a poupancinha. 

Para fazer um, basta fazer um corte no topo da garrafa, por onde passará o dinheiro. E, em seguida, lacrar bem a tampa. 

2. Aposte na mesada

Cuidar das finanças pessoais faz parte da aprendizagem sobre educação financeira. Por isso, ensine a criança a cuidar do seu próprio dinheiro. Ao dar uma mesada para os pequenos, atribua também responsabilidades e ensine-os a planejar como gastar.

Por exemplo, se há um brinquedo que o seu filho quer muito mas o valor é maior que a mesada, desafie-o a poupar dinheiro para o objetivo. Essa pequena atividade vai ensinar a criança a entender que algumas coisas requer planejamento e, até mesmo, abrir mão de outras. 

3. Ensine a diferença entre querer e precisar

Se para os adultos esse é um grande desafio, imagine para as crianças! Mas não é permitido desistir, hein! Então, sempre incentive seus filhos a refletir sobre o que eles querem e o que realmente precisam. Ter esse senso bem claro faz muita diferença na vida financeira de qualquer pessoa… grande ou pequena!

Essa também é uma forma de começar a ensinar as crianças a praticar o autocontrole, e a entender que, na vida, nem sempre podemos obedecer os nossos desejos. As necessidades devem vir em primeiro lugar. 

Aqui também há a oportunidade para o diálogo sobre consumo consciente e compras por impulso que, além de serem prejudiciais para o bolso, também é para a natureza

4. Eduque a criança para refletir sobre a valorização do dinheiro

A mesada não é um dinheiro que surge do nada ou, como se costuma dizer, “nasce em árvores”. Ela vem do trabalho da mãe e do pai, que dedicam horas por mês dentro de uma empresa para poder recebê-lo. As crianças devem saber isso. 

Educação financeira para crianças
Ter conversas com os pequenos para explicar os motivos da educação financeira é muito importante para que ele possa entender conceitos.

Entender que conquistar dinheiro é difícil e custa tempo é uma forma de fazer os pequenos começarem a refletir sobre a valorização do esforço dos pais e do trabalho. Essa é uma lição que acompanhará a criança até a vida adulta.

5. Inclua a criança nas decisões financeiras da família

Conforme o seu filho fica mais velho, ele pode ser incluído nas decisões financeiras da família. Quando os pais sentarem para fazer as contas de casa, convide o pequeno para acompanhar. É uma forma de compreender a organização e, também, de entender a importância do dinheiro para a manutenção das contas. 

Em outras pequenas decisões, como idas ao mercado, leve o seu filho e peça a opinião dele. Isso vai desenvolver o senso de responsabilidade e, também, de resolver problemas. Além de fazer a criança se sentir participante das situações da família. 

Educação financeira infantil para cada idade

Na hora de pensar na educação financeira das crianças, é importante considerar a idade delas. Alguns conceitos não vão ser tão claros para os pequenos mais novinhos, enquanto os mais velhos já são capazes de assimilar situações mais complexas. 

Uma boa idade para começar é aos quatro anos. Nessa faixa etária, é possível introduzir a ideia de encher o cofrinho e fazer brincadeiras lúdicas, como mercadinho ou lojinha, com dinheiro de brinquedo. 

A partir do período em que a criança entra na escola, aos seis, a brincadeira pode começar a ser um pouquinho mais complexa: inclua contas de somar e subtrair, e faça elas pensarem sobre o valor do dinheiro  na hora de comprar algo. 

A criança a partir dos seis já pode ponderar opções (já que começa a desenvolver a capacidade de resolver problemas e fazer contas), assim como definir objetivos.

Depois dos 10 anos, o seu filho já está mais maduro para pensar em dinheiro. É um bom momento para ele começar a acompanhar as contas de casa, tomar algumas decisões no mercado, entender o valor do dinheiro e do trabalho, entre outros. 

Após os 15, os adolescentes devem se tornar mais responsáveis ainda e saber lidar com o dinheiro que eles possuem. Aqui, eles já devem ter autonomia suficiente para gerenciar a mesada e ponderar os valores que foram ensinados ao longo dos anos.

É importante que os pais se afastem um pouco e deixem os filhos aprenderem com os erros e acertos, assim como se tornarem responsáveis. Claro, você sempre pode orientar, mas nunca decidir por eles. 

Educação financeira para crianças.
Os adolescentes podem lidar de forma mais complexa e, inclusive, aprender com as próprias escolhas.

Proporcionar educação financeira para as crianças é desafiador e, acima de tudo, exige que o maior exemplo do filho sejam os pais. Se a mãe e o pai não sabem lidar com dinheiro, dificilmente vão conseguir transmitir valores para os pequenos. Portanto, comece, antes de tudo, a mudar as suas atitudes e a olhar para o seu próprio dinheiro. 

E se você gosta de conteúdos sobre comportamento e família, continue a acompanhar o portal Sempre Bem, e fique por dentro de todas as novidades e dicas!